Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa
Uma Finda Tarde de Eterno Amor faz sua estreia nos palcos no Teatro Alfredo Mesquita
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, promove a partir da próxima sexta-feira (28) o espetáculo teatral “Uma Finda Tarde de Eterno Amor”, estrelado e escrito por Renata Bortoleto, em parceria com Lu Lopes. Nos palcos do Teatro Alfredo Mesquita, em Santana, zona norte da cidade, a peça explora a palhaça Fólica procurando um novo amor, com esta busca a levando a outros caminhos, sobre os quais ela mesma nem poderia imaginar. A montagem segue em cartaz todas as sextas e sábados às 21h e nos domingos às 19h até a semana do dia 21 de julho, com ingressos a partir de R$15.
Explorando elementos do circo e do teatro, Renata Bortoleto é atriz e palhaça formada que, a partir de um curso complementar feito na época da pandemia, se reconectou às origens da palhaçaria, desenvolvendo seu primeiro trabalho ao lado de Lu Lopes, professora que ministrava a formação. “Essa conexão me reconectou à palhaçaria. Em 2022, eu fui fazer uma residência artística com a própria Lu Lopes, e foi nessa residência que eu comecei o trabalho”, comenta Renata, contando sobre o começo do desenvolvimento do que seria a peça “Uma Finda Tarde de Eterno Amor”. Um processo que durou cerca de três anos através de estudos da linguagem do circo e na busca do sentimento que sua personagem - a palhaça Fólica - transmite e seu caráter, dado à temática mais intimista.
Segundo a atriz, todo o arco dramático da peça fala sobre o amor, a descoberta da paixão e os interesses que buscamos em um relacionamento. A ideia veio a partir de um método que a co-autora Lu Lopes ensinou à Renata, um exercício que consiste em atividades que estimulam o reconhecimento de temas que vivem dentro de cada um, o que permitiu com que o amor fosse um tema interessante para a peça e necessário de ser dito pela visão da autora.
Renata Bortoleto acredita que, pelo tema, “Uma Finda Tarde de Eterno Amor” dialoga tanto com crianças quanto com adolescentes e adultos, inclusive de maneiras distintas. “Para o público mais jovem, a peça tem um potencial de conexão e identificação, justamente porque a Fólica vive esse lugar da busca pelo amor, que a gente vai reconhecendo esse sentimento, vai tentando compreender o que é sentir isso”, explica Renata, “E, por um outro lado, se a gente fala dos adultos, também podem conectar justamente porque a peça pode ser lida com a narrativa de quem já viveu, de quem já nutriu ilusões, já levou foras, já sofreu rejeição, ou já viveu plenamente amores, né?”. O lado mais fantasioso do espetáculo, representado pelos amigos da Fólica - um jacaré, um vagalume e um ácaro que vive no telhado de sua casa - é um atrativo para a criançada, mexendo com uma questão mais lúdica e divertida, também afirma a dramaturga e protagonista.
Com a busca por um amor que tanto sonhava, “Uma Finda Tarde de Eterno Amor” coloca o público sob a reflexão do conceito do amor nos dias de hoje e em tempos cada vez mais digitais, assim como o que nós próprios buscamos, projetamos e idealizamos dentro de um relacionamento amoroso - e se estamos correndo atrás dos nossos desejos.
“No processo, principalmente dramatúrgico e nos primeiros passos da montagem, eu senti esse tema como fora de moda, até desconectado dos novos tempos. Mas depois eu fui refletir sobre. Isso foi me dando uma outra luz, que é justamente porque está fora de moda que eu gostaria de abordar. Ou seja, um sentimento que é tão universal e ao mesmo tempo está tão desconectado das nossas pautas e reivindicações hoje, qual lugar que ele ganha? O amor romântico ainda existe? De que forma? Como ele se manifesta?”, finaliza Renata Bortoleto sobre as propostas da peça para o público.
Escrito por: Enzo Sapio
Serviço
Uma Finda Tarde de Eterno Amor
Linguagem: Teatro
Datas: 28/06 a 21/07
Horários: Sexta e sábado 21h; e domingo 19h
Duração: 50 minutos
Gênero: Livre
Preços: R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada).
Sinopse: Fólica mora num teatro abandonado com seus bichos: um jacaré mimado (seu animal de estimação), o ácaro que mora no teto mofado (uma espécie de “Deus” preguiçoso com quem troca reflexões) e uma sábia vagalume, uma inspiradora conselheira. Entre seus anseios, procura um amor que existe em sua cabeça, mas que nunca é realizado. Durante as cenas, ela se autoprojeta em possíveis pretendentes na plateia até que encontra um que chama sua atenção, Benjamin. Ela, então, apresenta para este suposto affaire tudo o que compõe o seu universo e, nesse processo, acaba acessando memórias, inseguranças, angústias e sentimentos antigos. Até que, em sensíveis diálogos com seus bichos (estes seres fantásticos que a ajudam a decifrar suas emoções), descobre que sua busca amorosa segue por outros caminhos, que nem ela mesma poderia imaginar.
Ficha técnica:
Elenco: Renata Bortoleto
Direção: Lu Lopes
Texto: Renata Bortoleto e Lu Lopes
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