Secretaria Municipal de Esportes e Lazer
A força dos esportes urbanos na cidade
Skate, bike, patins e outras modalidades continuam ocupando as ruas, praças e pistas da cidade, reunindo praticantes de todas as idades. Além do exercício físico, esses esportes são também uma forma de convívio social, liberdade e ocupação do espaço público.
Mais do que um hobby, eles fazem parte da cultura urbana, um jeito de viver, falar e se expressar que surge nas ruas e vai se espalhando naturalmente. Grafite, hip-hop, dança de rua e os esportes urbanos fazem parte desse universo.
Otávio, de 45 anos, voltou a andar de bicicleta depois de décadas parado. “Parei nos anos 90 e voltei há cerca de um ano e meio. Mudei para o estilo dirt e estou me adaptando bem”, conta. Para fugir da correria do trânsito em São Paulo, ele frequenta o Centro de Esportes Radicais, que considera um espaço ideal para praticar. “Essa pista aqui é uma pista que eu gosto de vir andar, no meio de São Paulo, essa correria do trânsito, a gente tira um tempo para andar um pouco de bike.”
Otávio também observa o aumento de crianças e adolescentes no esporte. “Eu vejo bastantes crianças andando, tanto na BMX como na aro 26, e eu acho muito importante, porque acaba tirando um pouco a criança das telas para praticar esporte, ela está saindo, tem um tempo para ela se dedicar, andar, praticar um esporte que acho que de repente ela se identifica mais lá na frente.”
A prática nas ruas vai além do lazer, ela ajuda a desenvolver independência, criatividade e a sensação de pertencimento. Não é à toa que muitos atletas de alto rendimento saíram justamente desses espaços, fazendo manobras no asfalto e treinando nas calçadas.
Deivio Card, de 59 anos, anda de skate desde os anos 70. Para ele, os esportes urbanos ganharam muito com o surgimento de pistas e espaços apropriados. “Na nossa época não tinha nada disso. Hoje tem lugar seguro pra andar, e isso faz toda diferença”, diz. Ele acredita que o esporte tem um papel educativo. “O esporte é fundamental, principalmente pra poder auxiliar os jovens, na educação, em termos de conduta, caráter, que o esporte tem essa função.”
Desde 2006, Deivio também dá aulas de skate de forma voluntária. O foco atual do projeto é atender pessoas com deficiência. “Hoje dou aula para um aluno com cegueira total. É um desafio, mas o retorno é muito positivo. Inclusive, tenho usado esse espaço aqui para ajudar no reconhecimento dele. Por isso, reforço que espaços como esse são fundamentais. Quem dera se a cada praça, em cada lugar deserto, pudéssemos ter uma pista assim, como essa.”
Locais como o Centro de Esportes Radicais são essenciais para o desenvolvimento dessas modalidades. Com áreas preparadas para manobras e treinos, o local promove a prática segura e ajuda a manter viva a cultura que cresce cada vez mais.
Texto: Ana Brandine | abrandine@prefeitura.sp.gov.br
Fotos: Luiza Freire | lffrocha@prefeitura.gov.sp.br
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