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Criado na virada do século XX, o escotismo surgiu para educar jovens por meio da aventura, disciplina e valores universais. Em 1907, o britânico Robert Baden-Powell reuniu 20 garotos na Ilha de Brownsea, na Inglaterra, para um acampamento experimental baseado em sua experiência militar. O sucesso levou à publicação de Scouting for Boys em 1908, e o movimento logo se espalhou, tornando-se a maior organização de educação não formal do mundo, presente em mais de 170 países.

O escotismo adota uma metodologia própria que alia atividades ao ar livre, trabalho em equipe, autossuficiência e desenvolvimento de habilidades práticas. Com o lema “Sempre Alerta”, prepara o jovem para a vida, promovendo responsabilidade, solidariedade e resiliência. Embora ocorra fora da escola, a educação escoteira é estruturada, com objetivos pedagógicos claros e progressão pessoal baseada no aprender fazendo, na convivência em equipe e em valores como lealdade, respeito, coragem e cidadania.

Para quem busca diversão e aventura sem sair da cidade de São Paulo, essa é a escolha perfeita. Em meio ao concreto e ao trânsito, o movimento escoteiro oferece algo raro, a chance de se reconectar com a natureza. Com as atividades ao ar livre, ele proporciona aos jovens um reencontro com suas raízes e ensina, de forma prática e coletiva, como viver em harmonia com o meio ambiente.

Segundo Reginaldo Kobayashi, presidente do grupo escoteiro São José, com sede no CERET, o movimento escoteiro é a melhor escolha para crianças e adolescentes, que querem experiências educativas, mas ao mesmo tempo radicais. “Escotismo oferece ao jovem experiências incríveis e de forma muito divertida e instrutiva. Temos um programa rico em conteúdo aplicado de uma forma dinâmica e atrativa. São inúmeras atividades incríveis que proporcionam aventuras com outras crianças de faixa etária aproximada, desenvolvendo de forma natural a boa convivência entre amigos, o trabalho em equipe e a liderança”.

O movimento escoteiro é dividido em ramos, que agrupam os jovens conforme sua faixa etária:
   • Lobinhos (6,5 a 10 anos) – Inspirados nas histórias de Mogli, o Menino Lobo, vivem em “alcateias” e aprendem valores por meio de jogos e histórias.
    • Escoteiros (11 a 14 anos) – Organizados em patrulhas, os escoteiros exploram o mundo com mais autonomia, acampam, aprendem primeiros socorros e se preparam para desafios maiores.
    • Seniores (15 a 17 anos) – Mais experientes, são incentivados a planejar atividades, desenvolver projetos sociais e atuar como líderes de suas equipes.
    •  Pioneiros (18 a 21 anos) – Jovens adultos que buscam aprofundar seu compromisso com o serviço comunitário, cidadania ativa e liderança.

Além dos ramos, existem os chamados módulos ou ramos especializados, que oferecem experiências adaptadas a diferentes ambientes e interesses:: o Módulo Básico, mais tradicional, com atividades terrestres como trilhas e acampamentos; o Escotismo do Ar, que aborda temas como aviação, meteorologia e aeromodelismo; e o Escotismo do Mar, focado em navegação, vela, canoagem e preservação dos recursos hídricos.

No Brasil, o escotismo chegou em 1910, pouco depois de sua criação. A União dos Escoteiros do Brasil (UEB) é a entidade nacional que coordena os grupos espalhados pelo país, sempre incentivando a formação de jovens éticos, críticos e participativos.

Se você se interessou pelo movimento, e quer participar, aqui vai a lista dos Centros Esportivos que residem grupos escoteiros: 
CE Lapa | GE Quarupe 
CERET | GE São José e GE Orzel Bialy
CE Pirituba | GE Águia Branca
CE Casa verde | GE Txukahamae

Texto: João Bueno | jbcastro@prefeitura.sp.gov.br