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O Estádio do Pacaembu receberá no próximo domingo a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior pela 32ª vez. Na comemoração do 461º aniversário da capital paulista, Corinthians e Botafogo-SP brigarão pelo título da principal competição nacional da categoria.

De um lado, o maior vencedor da competição. Do outro, a surpresa responsável por quebrar um tabu. Com grande fama nas categorias de base desde os tempos do “terrão”, o Corinthians brigará pelo nono título em sua 17ª final, enquanto o time de Ribeirão Preto, que garantiu sua vaga na decisão pela segunda vez após 32 anos, quer derrubar mais um grande para conquistar a taça inédita – em sua campanha no torneio, a Pantera venceu o xará carioca, Fluminense, Grêmio e Palmeiras.

A 46ª edição da Copinha teve início no dia 3 de janeiro. Durante o primeiro mês do ano, jovens de 104 equipes correram atrás de seu sonho de se tornar jogador de futebol competindo em diversas cidades do Estado. Restando apenas duas delas, a disputa se aproxima do fim e já deixa saudades.

Ao todo, foram disputados 186 jogos e o que não faltou foi gol. Com 610 marcados, a média do torneio é de 3,28 gols por partida. O maior responsável por deixar essa marca alta é justamente o Corinthians, que tem o melhor ataque da competição com 25 gols. Buscando ampliar o número, o time do Parque São Jorge também tem a chance de terminar a competição com 100% de aproveitamento, feito que só foi alcançado por cinco equipes – pelo próprio Corinthians, em 1999 e 2012; Atlético-MG, em 1976; Internacional, em 1980; Portuguesa, em 1991; e pelo São Paulo, em 2000.

A grande decisão entre Corinthians e Botafogo-SP será neste domingo, às 10h50, no Estádio do Pacaembu. Os ingressos para o jogo já podem ser adquiridos nesta sexta, no Ginásio do Ibirapuera, no Estádio Anacleto Campanella e no próprio Pacaembu. No sábado, as vendas serão feitas no Canindé, no Parque São Jorge e no Estádio da Rua Javari. Se todos os que forem disponibilizados não esgotarem, haverá venda no domingo, no Pacaembu.

Copinha: o celeiro de craques – Principal competição do Brasil para juniores, a Copa São Paulo é conhecida por revelar grandes talentos que em pouco tempo brilham no futebol profissional, o que faz aumentar ainda mais o interesse na competição.

Sempre há a expectativa de poder assistir nomes desconhecidos que podem se tornar os grandes nomes da modalidade no futuro. E a história mostra que isso realmente acontece. Em 1993, por exemplo, Rogério Ceni foi um dos destaques do São Paulo no título conquistado com a vitória sobre o Corinthians na decisão. Se já não bastasse a revelação de apenas um goleiro, a edição daquele ano também contou com Dida, que defendeu o Vitória, eliminado na semifinal justamente pelo Tricolor de Ceni.

Voltando ainda mais no tempo, lá em 1972, Falcão foi vice-campeão com o Internacional e logo deu início a uma carreira profissional brilhante, na qual conquistou três títulos do Campeonato Brasileiro e se tornou o “Rei de Roma” devido ao sucesso que fez no time europeu.

Entre os finalistas, o Corinthians, apesar de cair na semifinal em 1980, viu um de seus jogadores ser considerado o melhor do torneio. Tratava-se de Walter Casagrande, que, ao lado de outros grandes craques, fez parte da “Democracia Corintiana”.

Já o Botafogo-SP contou com um dos melhores jogadores de sua história justamente na edição de 1983, quando disputou sua última e única final. Na época, a Pantera contava com Raí, que logo foi comprado pelo São Paulo, equipe na qual se tornou ídolo.

Há ainda aqueles que não tiverem grande desempenho no torneio, mas que não demoraram a despontar e viraram grandes ícones. No passado recente, Kaká – ainda chamado de Cacá na época – ficou grande parte do tempo no banco de reservas do time são-paulino que foi vice-campeão em 2001. No final do ano, já pelo profissional, o meia vestia a camisa da Seleção Brasileira.

Situação semelhante aconteceu um ano depois. Em 2002, Robinho também não era escalado entre os titulares do time santista que não passou nem ao menos das oitavas de final. Apesar de não ser aproveitado na base, subiu para o profissional e foi o responsável pelas inesquecíveis pedaladas na final do Campeonato Brasileiro contra o Corinthians.

Em 2008, um garoto de 15 anos participava de sua primeira partida televisionada. Entrando no lugar de Paulo Henrique Ganso, pôde contribuir com um gol na vitória por 5 a 1 sobre o Barra do Garças. No jogo seguinte, contra o Nacional-SP, marcou mais um, porém os santistas caíram nas quartas de final ao perderem nos pênaltis para o Internacional-RS. O garoto, ainda tímido diante das câmeras, era Neymar, que hoje dispensa explicações.

Final da 46ª edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior
Corinthians x Botafogo-SP
Data: Domingo, 25 de janeiro
Horário: 10h50
Local: Estádio do Pacaembu

Texto: Lucas Mariano- lucasmariano@prefeitura.sp.gov.br
Imagens: Pedro Piva - pedropiva@prefeitura.sp.gov.br e Arquivo SEME
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