Prefeitura de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) abre, nesta quarta-feira (28/10), consulta pública online para receber contribuições e sugestões da população para subsidiar propostas de melhorias  para a Rua Professor Otávio Mendes e a Praça Arquiteto Rodrigo Lefèvre, localizadas no bairro da Bela Vista, entre a Avenida Paulista e a Avenida Nove de Julho. As contribuições podem ser enviadas pela plataforma Participe+ até o dia 16 de novembro de 2025. 

Durante esse período, os cidadãos poderão acessar documentos de apoio, como a apresentação técnica da SMUL, o ofício apresentado pelo MASP sobre o trecho, que é acompanhado de proposta inicial de intervenção. Além disso, poderão registrar sugestões e comentários sobre a Rua Prof. Otávio Mendes e a Praça Arquiteto Rodrigo Lefèvre, bem como sobre a proposta apresentada pelo Museu. A população também poderá indicar demandas ou oportunidades para o local e propor soluções que atendam às expectativas de moradores, trabalhadores e visitantes da região.

A consulta pública é composta por nove perguntas, que têm o objetivo de compreender a percepção e o uso cotidiano da área por parte dos cidadãos. As questões tratam da relação das pessoas com o local, da forma como utilizam os espaços e da avaliação de aspectos urbanos, como a qualidade das calçadas, a segurança viária, a acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, a presença de áreas verdes e permeáveis e o estado de conservação do mobiliário urbano. Também é possível avaliar a proposta apresentada pelo MASP e propor novas ideias para o futuro desses espaços.

As contribuições serão recebidas, sistematizadas e avaliadas pela equipe técnica da SMUL, de modo a incorporar elementos da participação popular à versão final do projeto, conforme as práticas de transparência e governança participativa adotadas pela Prefeitura de São Paulo.

A abertura da consulta pública decorre de uma Manifestação de Interesse Social protocolada na SMUL pelo Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP). A instituição se propôs a colaborar com a Prefeitura oferecendo subsídios técnicos, estudos urbanísticos, conceitos e diretrizes para embasar o desenvolvimento de um projeto de requalificação para o local, além de se propor a realizar as obras e os serviços de manutenção do trecho pelo período de 30 anos.

Integrada ao programa “Repensando Espaços Públicos”, a iniciativa visa ampliar o aproveitamento do espaço público, conectar os dois edifícios do Museu de Arte de São Paulo (MASP) e qualificar o trecho urbano como via de pedestres, com ampliação de áreas verdes, melhoria da acessibilidade, novas soluções paisagísticas e instalação de mobiliário urbano.

Jardim do MASP

Localizados em uma área de aproximadamente 1.500 m², os espaços da Rua Prof. Otávio Mendes e da Praça Arquiteto Rodrigo Lefèvre compõem a conexão entre a Avenida Paulista e a Avenida Nove de Julho, região marcada pela presença do MASP com seus edifícios Lina Bo Bardi e Pietro Maria Bardi. A proposta de requalificação, batizada de "Jardim do MASP" pela instituição, busca transformar o caráter viário da via em uma via de convivência, com acessibilidade universal, permeabilidade do solo, arborização reforçada, iluminação qualificada e mobiliário urbano.

O trecho, interditado ao tráfego de veículos desde novembro de 2024, passa a ser pensado como espaço de convivência, circulação ativa e lazer, substituindo o uso predominantemente destinado aos automóveis. O projeto preliminar, apresentado pelo MASP como Proposta de Manifestação de Interesse Social (PMIS) e aprovado conceitualmente pela Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), prevê que o museu assuma a elaboração dos projetos técnicos, a execução das obras e a manutenção do espaço por 30 anos, sem custos para o poder público.

A ação reforça os objetivos do programa “Repensando Espaços Públicos”, que, a partir de parcerias com Organizações da Sociedade Civil, estimula o uso plural e qualificado dos espaços urbanos — voltados ao pedestre, ao lazer, à cultura e à mobilidade ativa — contribuindo para uma cidade mais acolhedora, segura e sustentável. A proposta está vinculada à Meta 52 do Plano de Metas da Prefeitura de São Paulo, que prevê a qualificação de praças, ruas e calçadas para promover o convívio social, fortalecer vínculos comunitários e valorizar o comércio e os serviços locais.