Prefeitura de São Paulo

A partir da Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU, realizada em 2006, um novo conceito de deficiência passou a ser adotado, a deficiência psicossocial que é aquela em que a pessoa desenvolve uma limitação, de longo prazo, em decorrência de um transtorno da ordem da saúde mental.

A própria Lei Brasileira de Inclusão (LBI) considera pessoa com deficiência “aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual, ou sensorial que na interação com diversas barreiras podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”, portanto a maior parte das pessoas com transtornos mentais graves e persistentes podem ser incluídas nessa categoria, como as pessoas com transtorno bipolar, esquizofrenia, transtorno obsessivo compulsivo, depressão grave e autismo.

Por isso, pensando em acolher esse público, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED), em parceria com o Centro de Estudos Paulista de Psiquiatria (CEPP), inicia hoje (09/03) o projeto Inserir Redes que vai formar grupos de psicoeducação para familiares (pais, mães, cuidadores e responsáveis) de pessoas com esquizofrenia e transtorno bipolar.

O projeto será realizado pelo CEPP, organização vencedora do edital, ligada ao Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A iniciativa tem o objetivo de acolher, informar e fortalecer as redes de apoio das pessoas com deficiência do tipo mental e psicossocial, através de atendimento psicoterapêutico em grupo para familiares.

Os grupos de psicoeducação se desenvolvem ao longo de cinco encontros onlines e semanais das 19h às 21h. A primeira turma começa nesta quarta-feira e a segunda às quintas-feiras, a partir de amanhã (10/03). As inscrições já foram encerradas, pois todas as 60 vagas foram preenchidas.

Durante os encontros são abordados temas como: cuidados da pessoa com deficiência mental/ psicossocial; diagnóstico, tratamento e prognóstico; estratégias de cuidado e bem estar; redes de apoio, recuperação, entre outros.
Em uma segunda etapa, o projeto Inserir Redes também vai disponibilizar orientações sobre a deficiência, direitos sociais, superação, convivência e acessibilidade em redes de apoio.