Prefeitura de São Paulo

Nos dias 4 e 5 de novembro, a Prefeitura de São Paulo promoveu o Summit Agenda SP + Verde, evento internacional preparatório para a COP30, no Parque Villa-Lobos. O encontro reuniu autoridades, especialistas e lideranças de diversos setores para debater soluções sustentáveis e estratégias de enfrentamento às mudanças climáticas.

No segundo dia do evento (5), o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, foi um dos debatedores do painel “Saúde única: resposta integrada à crise climática”, que discutiu a interdependência entre a saúde humana, animal e ambiental.

Na ocasião, o secretário apresentou as ações desenvolvidas pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), com destaque para o Programa Ambientes Verdes e Saudáveis (Pavs), reconhecido internacionalmente pelo AIPH World Green City Awards 2024, além do fortalecimento da Vigilância em Saúde Ambiental de Populações Expostas aos Poluentes do Ar (Vigiar) nos territórios, com a atuação das 28 Unidades Sentinelas da vigilância de doenças respiratórias relacionadas à poluição.

“A saúde das pessoas está diretamente ligada à saúde do meio ambiente. São Paulo tem avançado com políticas públicas que unem promoção da saúde e sustentabilidade, levando ações concretas para os territórios e envolvendo a população em atividades de educação ambiental e prevenção”, destacou o secretário. Para Zamarco, a parceria da SMS com a Secretaria Municipal da Educação, por exemplo, é fundamental para uma mudança de cultura na população: “as crianças levam as informações obtidas na escola para dentro de casa e a partir daí começa a transformar os hábitos”.

O papel do Pavs, presente em 340 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e com a participação de mais de 550 mil pessoas em suas iniciativas, também foi ressaltado pelo secretário, pois o programa integra agentes comunitários de saúde (ACSs) e de promoção ambiental (APAs) para desenvolver projetos que vão desde hortas urbanas e arborização até o manejo de resíduos sólidos e a revitalização dos espaços públicos.

Segundo o coordenador do Pavs, Patrício Gomes Moreira, “a experiência de São Paulo mostra que é possível construir soluções locais que conectam saúde, meio ambiente e participação social. Quando a comunidade entende seu papel na preservação do território, ela também se torna agente ativa na promoção da saúde coletiva”, afirmou.

As ações da secretaria estão alinhadas ao Plano de Ação Climática do Município de São Paulo (PlanClimaSP), que prevê a ampliação de programas de vigilância ambiental, o fortalecimento dos serviços de saúde frente aos eventos climáticos e a expansão de iniciativas de educação ambiental nas comunidades.

O painel também contou com a participação de Sidney Klajner, presidente do EinsteinHospital Israelita; Olavo Corrêa, presidente da AstraZeneca; e Cristina Balestrin, assessora técnica do gabinete da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e coordenadora do Programa Saúde Digital Paulista. Durante o debate, os participantes destacaram a importância das ações coordenadas e intersetoriais para tornar o sistema de saúde mais resiliente diante dos efeitos das mudanças climáticas.