Secretaria Municipal da Saúde
Agente de combate a endemias: atuação abrange vigilância de zoonoses, controle de vetores e resgate de animais

Marcos: 24 anos trabalhando no resgate de animais das mais variadas espécies e nas mais diversas situações (Acervo Pessoal)
Atualmente, a cidade de São Paulo conta com mais de dois mil agentes de combate a endemias, os ACEs, que integram a Divisão de Vigilância em Zoonoses (DVZ) da Coordenadoria de Vigilância Sanitária (Covisa) e atuam nas demandas em todas as regiões da cidade. Estes profissionais são homenageados neste dia 4 de outubro, juntamente com os agentes comunitários de saúde (ACSs).
Responsável pela vigilância, prevenção e controle de doenças transmitidas por animais (zoonoses) e por agravos à saúde relacionados ao meio ambiente e a vetores de doenças como dengue, o ACE desempenha atividades como a inspeção de residências, comércios e outros locais para identificar criadouros de vetores como mosquitos, ratos e pombos; a orientação da população sobre medidas preventivas e controle ambiental; a castração e vacinação de cães e gatos contra a raiva; e o recolhimento de animais de grande porte e peçonhentos, como escorpiões.
Protetor dos Animais
Há 24 anos, Marcos Roberto Barreiros, atua como agente de combate a endemias na DVZ, removendo animais de interesse em saúde pública, tanto bravios quanto suspeitos de zoonoses de relevância, além daqueles doentes em estado terminal e atropelados. Ele conta que também faz plantão junto com a equipe, colaborando com outros órgãos para capturar animais em situação de risco.
No dia a dia, o trabalho de Marcos envolve também a captura de animais como gatos, bovinos, caprinos e búfalos em situações como reintegração de posse e também em locais com perfil de acumulação.
“Nosso trabalho não conhece a rotina, atendemos em qualquer lugar a qualquer hora do dia”, diz o agente, que também está na linha de frente no treinamento de outros profissionais que passam a integrar a equipe.
Ele conta que sua função é ir até o local, capturar e remover animais, inclusive cães soltos, que são levados para a DVZ para que recebam os primeiros cuidados. Na sequência, dependendo do tipo de animal, caso não ofereça risco e esteja bem de saúde, encaminhá-lo para à Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (Cosap) para a adoção.
No caso da contenção de animais silvestres em liberdade, um procedimento técnico e potencialmente perigoso que envolve técnicas físicas e químicas (farmacológicas), usando equipamentos de proteção e ferramentas específicas para garantir a segurança tanto do animal quanto do manipulador, deve ser feita por órgãos como a Polícia Ambiental e Bombeiros, muitas vezes em conjunto com a equipe da DVZ.
Marcos coleciona em sua trajetória profissional situações inusitadas com objetivo de salvar vidas de animais. Entre elas, uma ação realizada com a Defesa Civil no Jardim Helena, na zona leste, para retirar um cavalo de dentro da água, outra envolvendo o salvamento de uma cadela que havia entrado em um bueiro para dar à luz seus filhotes, além de um cachorro “pescado” no rio com uma linguiça.
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