Secretaria Municipal da Saúde
Agosto Dourado: UBSs têm papel importante no apoio à amamentação

Mulheres participam do Mamaço de 2024, realizado no Parque do Carmo, na zona leste (Acervo/SMS)
As 479 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital são também espaços de aprendizado em saúde. As gestantes recebem assistência durante todo o pré-natal, com orientação sobre a importância da amamentação, tanto do ponto de vista nutricional quanto como vínculo entre mãe e bebê. Após o parto, o suporte segue com as puérperas e nutrizes, ajudando-as a manter o aleitamento exclusivo até os 6 meses do bebê.
No Agosto Dourado, mês que inclui a 33ª Semana Mundial da Amamentação, o Dia Mundial da Amamentação (1/8) e a 8ª Semana da Primeira Infância, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) destaca ações das UBSs que promovem a amamentação como aliada na redução da morbimortalidade infantil.
“Estamos comprometidos com a saúde integral das crianças e, para isso, importa a saúde das mães. A maternidade é uma fase de grandes mudanças físicas, emocionais e sociais. Embora associada ao amor e à plenitude, a chegada do bebê pode provocar sentimentos como tristeza, medo e angústia. Por isso, é essencial uma rede de apoio, pessoas que acompanhem a mulher, dividam tarefas, cuidem de sua saúde e a acompanhem nas consultas. A mãe precisa de suporte emocional, prático e de informações claras sobre a amamentação”, afirma Athene Maria de Marco França Mauro, Coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e do Adolescente. “As equipes das UBSs apoiam as mães para que não desistam de amamentar. Por isso, é fundamental comparecer às consultas de pré-natal, puericultura e puerpério”, completa Athene. Segundo ela, gestantes e puérperas encontram nas UBSs uma rede de apoio além dos laços familiares.
O leite materno é completo em sua composição, reunindo todos os nutrientes, proteínas, gorduras, vitaminas e água que o bebê precisa até os seis meses. De fácil digestão, aumenta sua produção com o aumento das mamadas. Protege contra infecções respiratórias, diarreia, alergias, hipertensão, diabetes e colesterol alto, além de contribuir para o desenvolvimento cognitivo e da saúde bucal. A amamentação também reforça o vínculo afetivo com o bebê, ajuda a reduzir o sangramento pós-parto, contribui para o retorno do útero ao tamanho normal, tem efeito contraceptivo e reduz o risco de câncer de mama, útero e ovário.
A recomendação da Organização Mundial de Saúde, seguida pelo Ministério da Saúde e pela SMS, é o aleitamento exclusivo até o 6º mês e, após, sua continuidade com alimentação complementar até os 2 anos ou mais, se mãe e criança desejarem.
Salas Pontos de Afeto
Para estimular a amamentação também nos prédios da Prefeitura, a Secretaria Municipal de Gestão (SEGES) criou o projeto “Pontos de Afeto”, que oferece salas adequadas e privativas para extração e armazenamento de leite às servidoras no retorno da licença-maternidade. A ação integra o Plano Municipal pela Primeira Infância 2018-2030.
Dez salas já foram implantadas em locais como SMS, Fazenda, Educação, Subprefeituras de São Mateus e Aricanduva, entre outros. A Prefeitura trabalha para expandir o projeto como referência a outras salas públicas de apoio à amamentação.
Iniciativas nas regiões
Durante o Agosto Dourado, as UBSs das cinco regiões promovem atividades como palestras, rodas de conversa, gincanas e orientações. Os temas incluem nutrição para gestantes, fortalecimento da amamentação, alimentação das puérperas, direitos de quem amamenta e o Estatuto da Criança.
Entre os destaques está a 10ª Gincana da zona leste, com coleta de frascos e leite para os bancos de leite. Outro evento é o 7º Mamaço, inspirado em ação iniciada na França, que será realizado em 2 de agosto, no piscinão do Parque do Carmo, a partir das 9h.
“Este movimento reforça o direito da mulher de amamentar onde quiser”, afirma Edjane Araújo, assessora técnica da saúde da mulher e aleitamento materno da Coordenadoria Regional de Saúde Leste.
“Participei de duas edições do Mamaço. O evento é necessário para todas as lactantes, incluindo as em amamentação prolongada, pois incentiva e promove trocas de experiências entre mães, fundamentais para nosso empoderamento”, diz Luciana de Paula Morais, dentista e trabalhadora da saúde, que enfrentou desafios ao amamentar a primeira filha durante a pandemia e hoje está na segunda gestação. “Quando a fase do gestar e maternar ocorre com acolhimento, troca e orientação profissional, a tomada de decisões é baseada no conhecimento”, conclui.
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