Secretaria Municipal da Saúde
Saúde promove troca de experiências de enfrentamento das hepatites virais B e C na capital

O Programa Municipal de Hepatites Virais (PMHV), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), realizou, na quarta-feira (30), o simpósio Experiências Exitosas em Hepatites Virais B e C no Município de São Paulo, no auditório do teatro (Tuca) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), como parte das ações da campanha Julho Amarelo.
As equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis), laboratórios, assistências farmacêuticas apresentaram experiências bem-sucedidas no controle das hepatites virais B e C na capital. Maria Rosália Martins, assessora técnica da Secretaria-Executiva de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em Saúde (Seabevs) representou o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco na abertura do evento, quando falou sobre a estratégia de prevenção conduzida pela Prefeitura de São Paulo (PMSP). “Vacina, tratamento com medicamentos ofertados pela Saúde e testes rápidos são nossos aliados contra a doença. Esse encontro nos permite a troca de experiências na rede, o que contribui para o aprimoramento da nossa linha de cuidados”, destacou.
Doenças que afetam o fígado, as hepatites B e C possuem características distintas. A hepatite B é causada pelo vírus HBV e é transmitida pelo contato com o sangue contaminado, relações sexuais sem proteção ou de mãe para filho no parto. Já a hepatite C é causada pelo vírus HCV e também é transmitida pelo contato com o sangue infectado, compartilhamento de seringas ou materiais cortantes.
As 479 UBSs, além das UBSs com Assistência Médica Ambulatorial (AMA), estão preparadas para a realização dos exames de sangue que detectam a doença, além de ofertar a vacinação contra a hepatite B. Para se ter o diagnóstico, é preciso pesquisar marcadores no sangue para a identificação dos doentes. Os exames de triagem são feitos por sorologia ou Teste Rápido (TR), nas UBSs, AMAs e Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
O simpósio está alinhado ao pacto com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Plano de Eliminação das Hepatites Virais como problema de Saúde Pública até 2030. O desafio é reduzir em 90% as novas infecções por hepatites virais B e C e em 65% a taxa de mortalidade associada a essas doenças.
Casos bem-sucedidos
O Uso do Sistema Matrix, software para obtenção de laudos, nos laboratórios municipais, a criação e implantação dos Núcleos de Vigilância em Saúde da Atenção Básica (Nuvis), a experiência da Uvis Lapa/Pinheiros com o Matrix nas UBSs e projeto de trabalho, em 2025, com os Nuvis da Atenção Básica (AB) estiveram entre os destaques.
A Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Sudeste apresentou o Diagnóstico da Hepatite C no Futuro: Projeto Piloto do Laboratório Municipal Sudeste. Avaliação e Busca de Faltosos de Hepatite B, além do lançamento, ao final, da capacitação Siclom, com o curso Manejo do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos para Hepatites Virais (Siclom-HV) e Fluxo de Ressuprimento dos Medicamentos no Município apresentados pela Coordenação da Assistência Farmacêutica, Programa Municipal de Hepatites Virais e farmacêutica do AMA E Burgo Paulista.
Os Pontos de Coleta para Carga Viral de Hepatite C, nas Supervisões Técnicas de Saúde (STSs) da região norte, apresentaram avanços como a diminuição da espera em 81,4%, de otimização das vagas médicas, agilidade nos diagnósticos e tratamento da doença. “Após a implantação dos pontos de coleta, em junho de 2024, já melhoramos os indicadores, mas ainda temos muitos desafios, como o acesso aos pontos e o absenteísmo”, pontua a interlocutora da CRS Norte, Flávia Helena Ciccone.
HAND TALK
Clique neste componente para ter acesso as configurações do plugin Hand Talk