Secretaria Municipal da Saúde
Hospital Municipal Cidade Tiradentes completa 18 anos com mais de 3 milhões de atendimentos realizados

Nesse dia 1º de julho (terça-feira), o Hospital Municipal Carmen Prudente - Cidade Tiradentes, localizado na zona leste da capital, completou 18 anos e atingiu a sua “maioridade” com números superlativos: desde 2007, a instituição realizou 3,4 milhões de atendimentos no pronto-socorro, 271,5 mil internações, quase 9 milhões de exames laboratoriais, 87 mil cirurgias e 61 mil partos.
Com 244 leitos, sendo 50 de UTI (adulto, pediátrico e neonatal), é o maior hospital público da região, considerada o maior complexo de conjuntos habitacionais da América Latina, caracterizando-se também como o principal serviço de urgência e emergência tanto para moradores locais como de regiões próximas - uma população estimada em 520 mil pessoas, considerando também o bairro vizinho de Guaianases. Por mês, o pronto-socorro chega a registrar até 18 mil atendimentos.
O hospital, que está ligado à Secretaria Municipal da Saúde (SMS), e é administrado pela Organização Social de Saúde (OSS) Santa Marcelina, conta com 1.972 profissionais, sendo caracterizado como uma instituição de média complexidade, com atendimento 100% SUS nas especialidades de clínica médica, pediatria, cirurgia geral, ortopedia e traumatologia, ginecologia e obstetrícia e psiquiatria.
Ao longo destes 18 anos, os investimentos em qualidade e humanização no atendimento garantiram certificações como a Qmentum Internacional 360° – nível Gold, que atesta padrões elevados em segurança do paciente, eficiência operacional e sustentabilidade em saúde, e a ONA nível 3, da Organização Nacional de Acreditação, que avalia os níveis de qualidade e segurança dos serviços de saúde.
"Essas certificações, concedidas por instituições de referência no setor hospitalar, reforçam o compromisso e a dedicação da nossa instituição em oferecer um atendimento humanizado, ético, transparente e eficiente; elas garantem mais segurança, qualidade contínua, profissionais capacitados e um ambiente organizado, proporcionando maior confiança e melhor experiência a todos que buscam e utilizam nossos serviços", afirma a administradora hospitalar Renata Souza Lopes, que integra o grupo de cerca de 50 profissionais que trabalham no hospital desde a sua inauguração.
“Recebemos o primeiro nível de certificação da ONA ainda em 2008, e chegamos ao nível máximo, o 3, em 2019, como consequência da maturidade e de resultados consistentes alcançados na assistência”, ressalta a gestora. Segundo ela, os resultados alcançados também são fruto de iniciativas como a implementação de protocolos clínicos voltados para sepse, dor torácica, acidente vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio (IAM).
A unidade também se destaca pelas ações em sustentabilidade, tendo recebido por seis anos o Prêmio Amigo do Meio Ambiente (Pama), concedido anualmente pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Entre os investimentos estão o uso de fontes renováveis para 100% da energia elétrica consumida pelo hospital, utilização de gás natural para a geração de vapor e utilização de frota veicular 100% elétrica. Seu projeto arquitetônico, premiado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), também privilegia a luminosidade natural, por meio de claraboias nos banheiros dos 87 quartos de enfermaria, além da presença de 10 jardins de inverno distribuídos ao longo da edificação, que possui 28 mil metros quadrados.
Assistência obstétrica e neonatal
Referência em assistência obstétrica e neonatal para a região, o Hospital Municipal Cidade Tiradentes possui 38 leitos obstétricos, além de 10 leitos na UTI Neonatal e 16 leitos para cuidados intermediários neonatais. A instituição possui o selo Sinasc Ouro, concedido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) às maternidades, hospitais e casas de parto que apresentam preenchimento completo, correto e dentro do prazo da Declaração de Nascido Vivo (DNV).
Por mês, são realizados de 200 a 250 partos no hospital. Na maternidade, o espaço humanizado conta com alojamento conjunto que permite a presença de acompanhante, e os bebês ficam desde o início com as mães, que também contam com uma sala de apoio à amamentação com estrutura para ordenha, manipulação e armazenamento do leite humano, que é destinado especialmente aos bebês internados na UTI Neonatal.
A UTI Neonatal busca promover um atendimento humanizado ao longo de todo o processo de internação dos recém-nascidos, por meio de uma equipe multiprofissional composta por 58 profissionais, entre médicos plantonistas, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos de enfermagem. “Todos os projetos que nós temos aqui são feitos para acolher essas famílias, e conseguimos perceber a diferença que isso faz na vida dessas pacientes e desses bebês”, diz Karina Melo Costa dos Santos, supervisora de enfermagem da UTI Neonatal. Um dos protocolos do setor é a prática chamada de Método Canguru, que consiste em deixar o recém-nascido prematuro em contato pele a pele, junto ao peito dos pais, na posição vertical, o que permite sentir o aconchego e ouvir novamente o coração da mãe, melhorando as suas condições clínicas.
Moradora tem filhas e netos nascidos no hospital
Há mais de 30 anos a auxiliar de serviços gerais Marizilda Gonçalves Nascimento, 50, deu início à história de uma família matriarcal, que teve o Hospital Municipal Cidade Tiradentes como cenário desses momentos: ela é mãe de seis mulheres, e, além de ter dado à luz as duas últimas filhas, Thalissa, 17, e Thaiane, 16, na instituição, também acompanhou o nascimento de quatro netos no local.
“Sou a maior freguesa do Cidade Tiradentes”, brinca Marizilda, que mora próximo, no bairro Jardim Pedra Branca, e teve Thalissa apenas um mês depois da inauguração do hospital, em agosto de 2007. Hoje ela é a única das seis filhas que ainda mora com a mãe. Descrita por Marizilda como “doce, inteligente, calma e companheira”, a adolescente cursa nutrição na Escola Técnica Estadual (Etec) São Mateus, e pretende fazer graduação na mesma área.
Marizilda conta que tanto os seus partos quanto os das filhas Rebeca, 32 (que tem três filhos) e Gabrielly, 20 (uma filha) foram naturais, e elogia a equipe do hospital. “Eles sempre foram maravilhosos conosco, tivemos todo o apoio, tanto nos partos quanto nas internações pediátricas”.
Ela destaca o caso de Gabrielly, que teve Anna, 4, ainda adolescente, com apenas 15 anos. “Ela era quase uma criança, eu fiquei com muito medo, mas a equipe do hospital foi espetacular, cuidaram dela como se fosse uma filha”, elogia Marizilda, que, da mesma forma que as filhas, também usa as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da região para as demandas em saúde do dia a dia, incluindo o acompanhamento pré-natal e orientação sobre métodos contraceptivos. Thalissa, a filha que nasceu praticamente junto com o Cidade Tiradentes, por exemplo, não pretende ser “freguesa” da maternidade tão cedo, e recorreu à UBS para implantar um chip contraceptivo.
Quem foi a Dra. Carmen Prudente
Carmen de Andrade Prudente (1911-2001), que dá nome ao Hospital Municipal Cidade Tiradentes, foi uma médica cirurgiã, uma das primeiras mulheres a se destacar na cirurgia oncológica nacional e grande liderança no combate ao câncer no Brasil. Em 1946, fundou a Rede Feminina de Combate ao Câncer, que, em 1953, tornou-se a base responsável pela criação do Hospital do Câncer Antônio Cândido Camargo (atual A.C. Camargo Cancer Center). Seu legado profissional inclui 15 livros, palestras internacionais e o reconhecimento com o Prêmio Saint-Vincent, na Itália, em 1980.
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