Secretaria Municipal da Saúde
Regional Norte promove Sarau de Primavera
'A música é muito importante para o trabalho com os usuários, pois é algo que toca muito eles, os deixam muito livres para se expressarem', disse a acompanhante comunitária, Luana
Por Anna Carolina Alves
Foto Edson Hatakeyama
A Coordenadoria Regional de Saúde Norte (CRS Norte), com a Equipe Casa Verde do Programa Acompanhante Comunitário de Saúde da Pessoa com Deficiência (APD) e o Centro Cultural da Juventude (CCJ) Ruth Cardoso, promoveu no último dia 17, o 1º Sarau da Primavera. O evento, que ocorreu no CCJ, contou com o apoio da Supervisão Técnica de Saúde Casa Verde/Cachoeirinha/Limão.
O Sarau contou com aproximadamente 80 pessoas, entre usuários do programa APD, familiares e comunidade, além de outros serviços que participaram de diversas atividades. A decoração foi feita no grupo de artesanato Esperança. Os convites foram confeccionados pelos usuários em atendimentos domiciliares e as performances de dança ensaiadas no grupo de dança APD.
A construção do evento se deu a partir da autonomia dos usuários participantes do programa APD, iniciado por uma capacitação realizada pelas acompanhantes comunitárias na Pinacoteca de São Paulo, que fomentou a elaboração do projeto inicial.
A atividade cultural, construída coletivamente com diversas pessoas, teve como objetivo apresentar manifestações artísticas de pessoas com e sem deficiência, vivendo atividades lúdicas e descontraídas com diferentes linguagens artísticas com o palco aberto.
Para Daniela Gama, supervisora da equipe organizadora, “o evento mostra a potência de vida das pessoas acompanhadas pelo programa e resignifica o espaço revelando criatividade e agencia novos encontros”.
‘A música é muito importante’
Luana Silva, acompanhante comunitária que participou de toda a organização do Sarau, ressaltou a importância do evento na vida do deficiente. “A gente espera que o Sarau atinja os objetivos do programa APD, que é incluir pessoas que apresentam algum tipo de deficiência na sociedade e que não haja a distinção. A minha expectativa é que todos se sintam em comum aqui”, disse. “A música é muito importante para o trabalho com os usuários, pois é algo que toca muito eles, os deixam muito livres para se expressarem”, conclui Luana, que também se apresentou cantando.
Um novo olhar. É o que Felipe Gargantini Cardarelli, apoiador técnico da equipe, defende com o acontecimento do Sarau. Segundo ele, “essa oportunidade de ocupar outros espaços é uma espécie de ruptura para a pessoa com deficiência. São as vias de fuga que nós vamos encontrando no território que façam sentido para esses usuários do programa e para a comunidade”.
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