Prefeitura de São Paulo

Por Beatriz Prado

A manhã deste sábado (17) começou agitada na Coordenadoria Sudeste. Acompanhados pelo secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha; pelo secretário de Governo, Chico Macena e pelo coordenador de obras da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), José de Filippi Júnior, moradores e conselheiros visitaram o canteiro de obras da UBS Integral Vila Ema. No início da tarde houve a visita às instalações do Hospital Escola Wladimir Arruda (HEWA) e o Saúde em Movimento foi encerrado com uma visita ao CEU Cidade Dutra, com a participação no Fórum de Saúde Sul. 

Reivindicação antiga dos moradores da Vila Ema, a nova UBS tem previsão de conclusão de 12 meses, será administrada no modelo integral e terá capacidade de atendimento para 28 mil habitantes. Outro ponto positivo relaciona-se ao fato de que a unidade reorganizará o fluxo de trabalho das UBS Hermenegildo Morbim Jr. e Vila Heloísa, com atendimento de segunda-feira a sábado, das 7h às 19h, e equipe multiprofissional de pediatria, clínica médica, ginecologia e odontologia.

"A gestão tem a preocupação de concretizar sonhos antigos dos conselheiros e usuários. Estamos visitando as obras para que a execução ocorra no prazo adequado para a população. Um novo equipamento de saúde representa a contratação de mais médicos, medicamentos e atendimento humanizado", explicou Padilha.

Moradora da Vila Ema há 35 anos, Georgina Helena de Freitas também é conselheira gestora da saúde na região e comemora o início das obras. “Visitar o canteiro da obra e ver a planta da construção é motivo de muita festa. Hoje utilizo dois ônibus para ir até a UBS Hermenegildo e ter uma unidade de saúde perto de casa é gratificante. A Vila Ema merece. A região cresceu muito com a chegada de condomínios e os postos de saúde estão com a capacidade física saturada e isso também dificulta o trabalho dos médicos”, afirmou.

Hospital Escola Wladimir Arruda

No início da tarde, Padilha e a coordenadora regional de Saúde Sul, Tania Zogbi Sahyoun, acompanharam a reitora da Universidade de Santo Amaro, Margareth Rose Priel, em visita às instalações do Hospital Escola Wladimir Arruda (HEWA). O encontro é parte das conversações para o estabelecimento de uma parceria entre a SMS e a instituição de ensino. O objetivo é adequar a unidade como Hospital Dia da Rede Hora Certa.

O Hospital Escola Wladimir Arruda presta atendimento à comunidade com a atuação de 50 professores mestres e doutores e 70 alunos de residência médica. “Assumir o HEWA e transformá-lo em Hospital Dia da Rede Hora Certa vai ampliar o acesso à saúde na região, com a contratação de mais médicos e vagas para residentes”, afirmou o secretário.

A assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta é intermediada pelo Ministério Público. Ao entrar em vigor, deve ampliar o número de consultas de 1,3 mil para 2,6 mil por mês e de 9 mil procedimentos para 18 mil procedimentos, mensalmente, nas especialidades de clínica médica, ginecologia, pediatria, obstetrícia, neurologia, cardiologia, pneumologia e procedimentos cirúrgicos. A reestruturação em Hospital Dia da Rede Hora Certa ampliará o acesso ao atendimento especializado para a população de Capela do Socorro, Grajaú, Interlagos, Cidade Dutra e adjacências.

Margareth Rose destacou a melhoria na assistência médica representada pelo convênio. “A Unisa tem uma missão muito clara, que é um compromisso com a formação dos alunos, principalmente na área da saúde, que são jovens doutores, enfermeiros e fisioterapeutas. O convênio com a Prefeitura vai possibilitar uma maior vivência e integração do que é a finalidade precípua do profissional da saúde, que é a assistência de qualidade para a comunidade da região”, afirmou a reitora.

Fórum de Saúde Sul

O último compromisso do secretário foi uma visita ao CEU Cidade Dutra, para participação no Fórum de Saúde Sul. No encontro, que reuniu representantes dos movimentos populares de Campo Limpo, M'Boi Mirim, Santo Amaro, Cidade Ademar, Capela do Socorro, Parelheiros e gestores da rede municipal, foram apresentadas as reivindicações da área, que abrange 2,6 milhões de habitantes.

Separados por distrito, os representantes dos moradores pediram a ampliação de leitos para cirurgias especializadas, a construção de novas UBS Integrais, a contratação de médicos, a redução de tempo de espera para consulta com especialista e o aumento de unidades de atendimento aos pacientes de saúde mental.

A conselheira gestora de Campo Limpo, Maria de Lourdes Martins, ressaltou a importância da abertura do diálogo entre a administração pública e a sociedade civil. “É importante estarmos aqui para lutar por melhorias para a região, e é a primeira gestão que dá espaço para falarmos sobre as nossas prioridades”, afirmou Maria de Lourdes.

Novas unidades

Em resposta aos questionamentos sobre a construção de 11 UBS indicadas pela população, Tania Zogbi explicou as etapas para o início das obras e as alternativas para garantir mais atendimento. “As novas unidades foram apresentadas como prioritárias. Então, houve a busca por terrenos. Algumas áreas foram consideradas aptas para a construção e outras não. Ao enviar requerimento de recursos para o Governo Federal, a Prefeitura aguarda a aprovação do Ministério das Cidades, através do Programa de Aceleração de Crescimento e, em seguida, será iniciado o processo de licitação. Com a urgência para a ampliação foram iniciadas conversas com os conselhos para readequação dos espaços em uso e a possibilidade de locação de outros imóveis", disse Tania.

Padilha informou a população sobre a compra de equipamentos para o Hospital M'Boi Mirim e a reativação de quatro centros cirúrgicos, o aumento da oferta para exames de especialidades e consultas e os equipamentos de saúde inaugurados nos últimos dois anos. “A participação do usuário é muito importante para que o serviço seja aprimorado. Em quatro anos, a zona Sul terá 12 novas UBS, oito UPAS 24 horas, três Hospitais Dia da Rede Hora Certa e os hospitais gerais de Parelheiros,  Gilson de Carvalho (Antigo Santa Marina)", afirmou o secretário.