Secretaria Municipal da Saúde
Secretaria recepciona 420 profissionais para residência médica e multiprofissional
Por Beatriz Prado
Fotos: Edson Hatakeyama
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) deu início à residência médica e multiprofissional 2016 com 420 profissionais que passarão de dois a três anos por formação nos hospitais, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) da rede municipal. Os convocados foram recepcionados pelo secretário municipal da saúde Alexandre Padilha e por gestores da SMS durante aula inaugural realizada, nesta terça-feira (1), no auditório da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), campus Vergueiro. Os ingressantes participaram de processo seletivo para atuação em áreas prioritárias para o município, como neonatologia, urgência e emergência, intensivismo e buco maxilo facial. “É gente nova, com novas preocupações, que exigem uma reorganização da rede. Isso é muito positivo”, disse Padilha.
Médico infectologista, Padilha deu as boas vindas aos ingressantes e falou sobre a importância da residência na carreira médica. “É na residência que a gente se torna médico de fato”, afirmou o secretário. Segundo Padilha, o curso de medicina é muito importante para reunir informações, despertar atitudes e descobrir conceitos. Porém, segundo ele, a possibilidade de pôr em prática o exercício da formação de forma supervisionada ocorre durante a residência médica.
“Fiz residência médica em infectologia no Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, e foi durante a residência que eu tive a oportunidade para não só aprofundar o conhecimento, como também fazer o cuidado continuado. O estudante já teve contato com a informação dos livros, mas, na prática, é possível perceber que cada paciente reage de um modo diferente ao tratamento, procedimento ou medicamento prescrito. E isso dá experiência para conduzir bem”, disse o secretário.
A oferta de postos para residência na rede municipal saltou de 200, em 2013, para 500 vagas em 2016. Contou ainda com a inscrição de 7 mil candidatos no último processo seletivo. Com bolsa-auxílio de R$ 3.200,00 por mês, custeada pelo Ministério da Educação, os residentes exercem atividades de formação e carga-horária de 60 horas por semana, tendo a supervisão do preceptor (profissional orientador do residente).
‘Gás novo’
Na primeira chamada foram convocados residentes para especialização em clínica médica, cirurgia geral, ginecologia, nutrição, enfermagem, fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, psiquiatria e práticas integrativas como acupuntura e homeopatia. “Os 420 residentes que ingressam hoje dão um gás novo. A residência também é de extrema importância para formarmos profissionais que conheçam a realidade do SUS, que compreendam como a população vive e se comporta, como é o acesso às unidades de saúde e que, depois, optem por seguir carreira na Atenção Básica do município”, afirmou Padilha.
Patricia Moreira é psicóloga, já prestou atendimento a vítimas de violência sexual e vai fazer residência na UTI do Hospital Municipal do Campo Limpo. “Atuar com saúde pública e ter o contato com o paciente é um sonho antigo que está sendo realizado. Desde a graduação planejei trabalhar no SUS, tenho afinidade e sempre fui instigada pela psique humana. O atendimento individual em psicologia é insuficiente, mas também indispensável, pois os pacientes e familiares estão em vulnerabilidade e, então, vai ser importante dar suporte e acolhimento”, explicou a psicóloga.
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