Secretaria Municipal da Saúde
No Dia da Mulher, Ambulatório de Especialidades Tucuruvi relaciona agressões com danos à saúde
Atividade reuniu mais de 20 servidoras, que receberam uma cartilha explicativa sobre o autoexame
Texto e Foto Danielle Lobato
A Coordenadoria Regional de Saúde (CRS Norte), em parceria com o Ambulatório de Especialidades Tucuruvi, desenvolveu atividades educativas nesta terça-feira (8), Dia Internacional da Mulher. Entre as atividades houve uma palestra sobre a importância do exame de mamografia para as servidoras públicas além da peça teatral “Mulheres Conectadas”, que retrata a violência física e psicológica e os danos causados à saúde da mulher.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer de mama é o tipo que mais mata mulheres no mundo. Palestra da ginecologista Andrea Adriana Barbosa Caldeira Rosolen e da educadora em Saúde Pública Conceição Aparecida Donizette de Andrade Berssa reuniu mais de 20 servidoras, que receberam uma cartilha explicativa sobre o autoexame. Trata-se de um método de diagnóstico pelo qual a própria mulher faz um exame visual e de palpação na mama, em frente a um espelho. O exame deve ser feito aproximadamente sete dias após cada menstruação ou, se a mulher não menstrua mais, pelo menos uma vez por mês a qualquer tempo.
A palestra também abordou questões como o tratamento adequado para cada quadro de câncer de mama. Houve ainda uma atividade com um modelo de seio de silicone, onde as servidoras fizeram o toque para detectar se havia caroço ou não. Após a palestra houve limpeza de pele e amostras de maquiagem para o embelezamento da mulher.
Para a Antônia Machado, assistente social e supervisora de estágio do Ambulatório de Especialidades Tucuruvi, “nós aqui buscamos preencher a semana da mulher com diversas atividades atendendo a área da saúde dela e falando também sobre os seus direitos”. “É importante que as servidoras que cuidam da saúde da população também se cuidem e façam o exame de mamografia. Nós sempre realizamos ações voltadas à comunidade e, às vezes, nos esquecemos do cuidador”, disse Antônia.
Mulheres Conectadas
Recentemente, a OMS realizou um estudo equiparando o ato da violência doméstica e chegou à conclusão de que as agressões contra mulheres tornam-se mais frequente a cada dia, por parte de maridos e companheiros do que por desconhecidos.
“É importante plantar a semente de informação”, afirma Hellen Goulart Orlandi, de 40 anos, protagonista da peça e estagiária do serviço social do Ambulatório de Especialidade Tucuruvi. “Numa reunião que fizemos eu e o Jorge, que é o meu parceiro na peça, passamos a ideia de realizarmos uma peça teatral rápida, por conta do ritmo de atendimento, ressaltando a violência contra a mulher, fato tão atual na nossa sociedade. Na peça abordamos dois tipos de violência: a física e a psicológica”, disse.
Para o estagiário do Serviço Social Jorge Jaime Costa, de 59 anos, “o ato de agressão por parte de um homem é uma covardia”. “Hoje, vemos o empoderamento da mulher que está em várias áreas, mas ainda é preciso haver melhoras. Eu fiquei muito feliz em poder participar desta encenação, mesmo no papel de agressor. Eu queria era passar o recado e mostrar a realidade que, infelizmente, ainda é muito frequente entre as mulheres”, afirmou Jorge.
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