Secretaria Municipal da Saúde

Quarta-feira, 1 de Junho de 2016 | Horário: 17:38
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São Paulo Aberta inicia novo ciclo de formação de conselheiros de saúde

Cerca de 100 pessoas dos distritos de Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista e São Miguel participaram de quatro oficinas sobre gestão e transparência

 

Por Cecília Figueiredo

Cerca de 100 pessoas, entre usuários, trabalhadores e gestores participaram, na manhã desta quarta-feira (1º), das oficinas de formação “Gênero e Poder”, “Mapeamento da Cidade”, “Demandas da Cidade – SAC e Ouvidoria”, “Cidadania Ativa”. As atividades foram realizadas, no CEU Curuçá, pelas secretarias de Relações Internacionais e da Saúde.

Direcionadas à formação dos novos usuários, trabalhadores e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) que estão assumindo os conselhos gestores de unidades em Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista e São Miguel, as oficinas foram iniciadas a partir desse mês uma nova rodada formativa na cidade. O novo ciclo conta com cursos nas áreas de comunicação em rede, gestão participativa, tecnologia aberta e transparência.

O objetivo das oficinas, segundo a representante da equipe São Paulo Aberta Francisca Ivaneide de Carvalho, é oferecer formação gratuita e de qualidade em temas de governo aberto. O objetivo é garantir que as pessoas possam participar na gestão pública, cobrando os órgãos competentes, articulando-se em redes, produzindo seus próprios projetos e conhecendo as iniciativas de transparência e integridade disponíveis na prefeitura.

Claudia Afonso, coordenadora Regional de Saúde Leste, deu boas-vindas aos novos conselheiros ao defender a Constituição Federal e a importância da participação para impedir as investidas contra o SUS. “É preciso garantir formação do cidadão e cidadã para que se possa ter participação com qualidade. E é isso que a gestão municipal está fazendo ao promover esse momento de formação. Na saúde, a participação é essencial para realizar o controle social”, frisou a gestora.

Em defesa do SUS

Na mesma linha, Maria Cícera Sales, da Gestão Participativa da Secretaria Municipal de Saúde, reforçou a importância do aprendizado, “para exercer nosso papel e apoiar a luta contra o desmonte do SUS”. Preocupada com as propostas que tramitam no Congresso Nacional, estabelecendo a desvinculação de recursos do SUS e da Educação, ela acrescentou: “precisamos defender as nossas políticas públicas, nossos direitos”.

As ameaças ao SUS, segundo Tânia Maria Bonfim, supervisora de Saúde Ermelino Matarazzo, atingem a toda a sociedade. “Espaços como esse, de formação, também estão em risco e é preciso que se saiba que foram conquistados pela luta de cada um de nós”, complementou a gestora em nome das supervisoras do Itaim Paulista e São Miguel, que estavam cumprindo outra agenda de governo.

Em seguida, os conselheiros e conselheiras se organizaram nas oficinas conduzidas por monitores da São Paulo Aberta. “Fui motivada a vir para saber o que está sendo oferecido de formação para nós, mulheres, porque sei a dificuldade que é a mulher no poder, na empresa onde trabalha, na sociedade”, disse Iolanda Sales, consultora de RH e moradora do Itaim Paulista. Em sua opinião, é motivo de muita tristeza que a sociedade, “em pleno século XXI, responsabilize o comportamento de mulheres por situações de violência como as que ocorreram – referindo-se ao estupro coletivo em comunidade do Rio de Janeiro”. Iolanda, que foi secretária na Subprefeitura do Itaim Paulista (2012), hoje trabalha no projeto do governo do Estado Trabalho Decente e integra o Conselho Participativo Municipal do Itaim Paulista, valorizou a Lei Maria da Penha, no que tange à violência doméstica, mas acredita como necessária a punição para coibir a cultura do estupro.

 

 

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