Secretaria Municipal da Saúde
Saúde realiza abraço simbólico em defesa do SUS
Prédio da Rua General Jardim foi envolto por funcionários em defesa da saúde pública
Por: Cecília Figueiredo, José Antonio Leite e Tatiana Ferreira
Fotos: Edson Hatakayema e Cecília Figueiredo
Os funcionários do Gabinete da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo realizaram, nesta segunda-feira (6), abraços simbólicos ao Sistema Único de Saúde (SUS). Tratou-se de uma forma de defender o SUS enquanto sistema público e democrático de saúde. Trabalhadores do prédio do Gabinete, no Centro, das zonas Leste e Sul também realizaram atos similares em diferentes unidades. Manifestações foram convocadas para outras regiões do estado e do País.
O abraço simbólico ao prédio do Gabinete ocorreu à tarde, quando funcionários se reuniram em frente à fachada do edifício da SMS na Rua General Jardim, em Vila Buarque, e deram-se as mãos como forma de demonstrar unidade na defesa do SUS.
Os atos baseiam-se no fato de a ruptura do processo democrático brasileiro, representado pelo impeachment em andamento da presidenta Dilma Rousseff, significar o perigo de que se abra uma brecha para a atuação de interesses privados contrários às necessidades do povo brasileiro, além da paralisação de projetos, programas e investimentos na área da saúde.
Funcionário de várias unidade da zona Leste se manifestaram em defesa do SUS
Zona Leste
Por volta do meio-dia, trabalhadores e trabalhadoras de vários setores da Coordenadoria Regional de Saúde Leste (CRS Leste), também realizaram ato de abraço simbólico ao SUS.
A ação foi realizada também em 50 unidades das regiões de Ermelino Matarazzo, Guaianases, Itaim Paulista, São Mateus e São Miguel. “Querem tirar de nós um direito nosso. O SUS é de todo povo, não escolhe cor, raça, tamanho, potência financeira. E não podemos ficar calados", alertou Guiomar Oliveira Silva, agente de gestão de políticas públicas na CRS Leste.
“Um sistema inclusivo”, segundo o médico da CRS Leste Sérgio Matsudo, “precisa de mais recursos, e não o contrário”. Ele defendeu uma pressão sobre o Congresso Nacional. A defesa de Matsuda foi compartilhada pela enfermeira Cristina Pardal. "Enquanto se aplica 4,5% do PIB para a saúde privada, que abrange um número bem pequeno de pessoas, o SUS cuida da água à saúde mental, da vacinação à alta complexidade, com o mesmo percentual. E é dever nosso, enquanto funcionário público, estar ciente e conscientizar as pessoas sobre esse processo que está ocorrendo", afirmou.
Antes de chamar uma roda pra um abraço coletivo, a coordenadora Regional de Saúde Leste Claudia Afonso explicou a populares que acompanhavam a atividade a ameaça de desvinculação dos recursos que são direcionados à Saúde e Educação. "Isso significa que município, estado e União têm um percentual para contribuir em Saúde e Educação. Se não tiver mais isso, o prefeito ‘X’ pode resolver investir apenas 1% na Saúde. O que se traduzirá em aumento da mortalidade infantil, redução de mulheres assistidas em seu pré-natal, fechamento de postos de trabalho. Não podemos esperar retrocessos no SUS", disse.
Zona Sul
Na zona Sul, trabalhadores e usuários do SUS também se mobilizaram em atos pela manutenção do SUS gratuito e de qualidade. A proposta - tanto para funcionários quanto para usuários - era abraçar uma unidade de saúde para mostrar apoio ao SUS e evitar retrocessos nos direitos conquistados pela população nos últimos anos. Para isso, se juntaram no mesmo objetivo funcionários, usuários e conselheiros gestores.
Na Supervisão de Saúde de Capela do Socorro, as Unidades Básicas de Saúde do Jardim Orion e de Veleiros participaram com disposição. No Jardim Orion, duas funcionárias abraçaram uma paciente e sua filha. Na UBS Veleiros, a equipe de saúde se reuniu na recepção e deu um abraço nos usuários que aguardavam na sala de espera.
Na Supervisão de Campo Limpo, as ações foram realizadas na AMA Paraisópolis, no CTA Ipê e no CAPS Infantil. Na Supervisão de Santo Amaro/Cidade Ademar houve um abraço coletivo no prédio da UBS Jardim Novo Pantanal.
Na Supervisão de Parelheiros, dez unidades enfrentaram a chuva forte e se manifestaram em defesa do SUS. Foram elas a UBS Jardim Embura, Dom Luciano Bergamim, Jardim Iporã, Recanto Campo Belo, Santa Fé, Vila Roschel, Campinas, Jardim das Fontes e Vila Marcelo, além do NIR Parelheiros.
Na Supervisão de M'Boi Mirim foram seis unidades envolvidas na mobilização. No distrito do Jardim São Luiz foram as UBS Brasília, Jardim Celeste, Vila das Belezas e Zumbi dos Palmares. Já no Jardim Ângela foram as UBS Chácara Santa Maria e Jardim Caiçara.
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