Secretaria Municipal da Saúde

Segunda-feira, 5 de Setembro de 2016 | Horário: 15:52
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Enfrentamento ao Zika vírus é tema de capacitação na região Sul

Profissionais da região se atualizaram sobre protocolo de atendimento e vigilância estabelecido pela Secretaria Municipal de Saúde

Por Tatiana Ferreira

O enfrentamento às doenças como a Dengue, Zika vírus e Chikungunya é uma preocupação constante da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS). Por esse motivo, na manhã da última quinta-feira (1º) 37 trabalhadores da saúde se reuniram na Escola Municipal de Saúde Regional Sul para participar de uma oficina de capacitação. Nela, foi abordado o protocolo de assistência e vigilância dos casos específicos de Zika.

Apesar do município de São Paulo ter identificado poucos casos autóctones da doença, existem condições para sua ocorrência, como a presença do mosquito transmissor. Portanto, é importante que os serviços de saúde e de vigilância estejam atualizados e preparados para dar respostas adequadas frente à possível epidemia do vírus na cidade, detectando de maneira rápida a circulação do Zika e implantando medidas de interrupção da cadeira de transmissão da doença.

Para situar os presentes sobre a dimensão do Zika vírus, Vivian Ailt Cardoso, subgerente do Centro de Controle de Doenças da Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA), apresentou o histórico da doença no Brasil e no mundo. Vivian esclareceu ainda definições de casos suspeitos e confirmados, investigação laboratorial e apresentou fluxos de notificação e ações de trabalho.

“Como o Zika é um problema muito complexo, que envolve a questão da vigilância, a parte do atendimento, como a assistência à gestante e à criança, foi criado um grupo para discutir e criar este protocolo, que contou com a contribuição de diversas áreas. O tema foi discutido em conjunto, inclusive com representantes das Coordenadorias Regionais para estabelecer todo o fluxo para a próxima temporada, garantindo o atendimento adequado desses pacientes”, explicou a subgerente.

Outro tema abordado foi a síndrome congênita associada à infecção pelo Zika vírus, que compreende manifestações neurológicas diversas, com microcefalia. Andrea da Silva Munhoz, da Interlocução da Saúde da Criança e do Adolescente da SMS, relembrou a importância do profissional de saúde notificar os casos no Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC). Citou ainda os exames que as maternidades podem solicitar aos bebês e os encaminhamentos que podem ser feitos dentro da rede para prestar o melhor atendimento a essas crianças.

Os trabalhadores que participaram da oficina e que atuam nas Interlocuções de Saúde da Mulher, Saúde da Criança, Reabilitação, Regulação e SUVIS – tanto da Coordenadoria Regional de Saúde Sul, como das cinco Supervisões de Saúde do território, além de RT dos parceiros - irão, a partir de agora, se tornar multiplicadores do assunto na região.

Zika Vírus

A principal forma de contrair o Zika vírus é por meio da picada do mosquito Aedes aegypti. A doença apresenta os seguintes sintomas: febre alta, manchas vermelhas pelo corpo e vermelhidão nos olhos (parecida com a conjuntivite, mas sem coceira e secreção).

Até o momento não há tratamento contra o Zika. O paciente recebe contra os sintomas, para reduzir a febre e diminuir a dor. A forma principal de evitar a doença é combatendo o vetor Aedes aegypti. Por isso, é imprescindível acabar com possíveis criadouros, eliminando qualquer tipo de reservatório que possa conter água parada.

 

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