Secretaria Municipal da Saúde

Quarta-feira, 12 de Abril de 2017 | Horário: 17:59
Compartilhe:

Profissionais da saúde e educação da região Oeste e Centro se reúnem em World Café para discutir estratégias do PSE – Programa Saúde na Escola

O encontro ocorreu na quinta-feira (6), e destacou o jovem entre 10 e 14 anos como foco do PSE em 2017

Por Karina Mendes

Em uma sala com piso core, cadeiras azuis são ocupadas por participantes. Ao fundo, uma cortina azul clara.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e as Diretorias Regionais de Ensino (DRE) do Centro e Oeste promoveram na última quinta-feira, 6 de abril, um World Café para alinhar as diretrizes do Programa Saúde na Escola (PSE), com o intuito de favorecer a integração entre os profissionais da saúde e educação. O encontro aconteceu no auditório da DRE de Pirituba e reuniu cerca de trinta trabalhadores dos territórios participantes.

Estiveram presentes profissionais da SMS, da DRE Pirituba e Butantã, das Coordenadorias Regionais de Saúde Centro e da Oeste (CRS Centro e CRS Oeste), das Supervisões Técnicas de Saúde Butantã e Lapa/Pinheiros, do Programa Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS) e das instituições parceiras dos territórios Associação Saúde da Família (ASF) e Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).

Instituído em 2007, o Programa Saúde na Escola PSE é uma política intersetorial da Saúde e da Educação. O objetivo é promover saúde e educação integral para crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira. A iniciativa parte do entendimento de que a escola como espaço de relações é ideal para o desenvolvimento do pensamento crítico e político, fundamentais para a construção de valores pessoais, crenças, conceitos e maneiras de conhecer o mundo e determinantes para a produção social da saúde.

 Uma roda de cadeiras é formada pelos participantes. Ao fundo, em frente à cortina azul cllara, cadeiras brancas empilhadas,

“Essa reunião é para que a gente possa se conhecer em nossas mais diferentes esferas entre saúde e educação. A intenção é que as DREs, CRSs e Supervisões possam levar para as escolas e para os gerentes de suas unidades as ideias que já estão dando certo e o que pode ser feito de novo. Esse é o momento em que nós podemos repactuar algumas coisas, planejar diferente, ver o que está dando certo, o que pode ser feito pra esse ‘trem’ continuar andando e ver aquilo que não está dando certo e que podemos melhorar. Então é o momento que podemos fazer isso e também se reconhecer”, afirmou Maria Auxiliadora Camargo Cusinato, assessora técnica da área de Saúde da Criança e do Adolescente de SMS e uma das organizadoras do World Café.

Neste ano, o foco do PSE são os adolescentes entre 10 e 14 anos estudantes das Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs), que não têm o hábito de frequentar os serviços de saúde para fazer a prevenção de doenças, e acabam procurando suas unidades de referência só após contraírem as mesmas. Para chamar a atenção e conscientizar essa população, a ideia é abordar a saúde de forma lúdica, descontraída e atrativa. O que não implica excluir as outras faixas etárias do programa.

Ressaltou-se, também, a importância de trazer o professor para perto, para que possa entender e conhecer todo o trabalho, e se tornar parceiro. O PSE não deve se encerrar numa palestra, tem de continuar em sala de aula. E o professor é a ponte para se chegar ao aluno.

Trabalhar com projetos, como o #tamojunto, por exemplo, realizado pela SMS, é um primeiro passo. O programa orienta a prevenção do uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas, educando os jovens para que possam lidar com influências sociais e adquirir conhecimento sobre drogas e suas consequências para a saúde. Além disso, os profissionais do PSE pretendem realizar mais rodas de conversa, para ouvir mais a opinião dos jovens e abordar temas relativos à saúde de forma mais leve, lúdica, numa linguagem menos formal.

“É necessário elaborar estratégias para atender o adolescente. Se formos falar sobre escovação correta com um adolescente é provável que ele não leve a sério, mas se em uma roda de conversa dissermos que ele não vai conseguir namorar ninguém se não cuidar dos dentes corretamente, ele passará a ter mais cuidado com a saúde”, afirma Márcia Freitas apoiadora da Associação Saúde da Família (ASF). “É importante”, continua ela, “o bom relacionamento da escola com a Unidade Básica de Saúde (UBS), porque conversando descobre-se as demandas e como atendê-las da melhor forma possível”.

collections
Galeria de imagens