Secretaria Municipal da Saúde
Coordenadoria Regional Sul realiza oficina sobre as Redes de Atenção à Saúde (RAS)
Por Tatiana Ferreira
A Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Sul realizou, em 15 de setembro, no auditório do Centro de Desenvolvimento, Ensino e Pesquisa (CDEP – antiga Escola Municipal de Saúde Sul), uma oficina de alinhamento conceitual com o intuito de implantar as diretrizes da Rede de Atenção à Saúde (RAS).
A secretária-adjunta da SMS fala da importância da reestruturação
Maria da Glória Zenha Wieliczka, secretária-adjunta da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), abriu o encontro destacando a importância do momento. “Dentre as oficinas que estão acontecendo regionalmente, essa é a mais significativa, pois nela estamos afinando nossa fala, para que ela possa sair daqui para a região Sul inteira e igual para todos. É preciso continuar com a mesma linguagem e conceito. Cada serviço lá na ponta deve estar muito firme e bem caracterizado, para que possamos ter certeza que ele vem baseado nas mesmas diretrizes, nos mesmos conceitos e ideias”. A secretária-adjunta também abordou a questão da reestruturação na atual gestão: “Vocês serão multiplicadores dessa proposta de reestruturação para as pontas, pois se há uma prioridade, essa é a principal, ou seja, temos que começar 2018 trabalhando de uma nova maneira”.
Além da secretária-adjunta municipal de saúde, participaram do encontro Maria Angélica Crevelim, assessora do gabinete da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Marco Antonio Carvalho de Lima, coordenador regional da CRS Sul, Betina Black Dalarmelino, representando o CDEP, os cinco supervisores de saúde da região – Cleonice de Oliveira Cardoso Exposito (M’boi Mirim), Maricene Ceravolo de Melo Ferreira (Capela do Socorro), Mauricio Fernando Lopes (Parelheiros), Rogério Mattos Hochheim (Campo Limpo) e Sandra Maria Sabino (Santo Amaro/Cidade Ademar) -, além de técnicos, interlocutores e representantes da própria CRS, das Supervisões Técnicas de Saúde (STS), das Organizações Sociais e parceiros, além de integrantes dos Conselhos Gestores pelo segmento Usuário.
Na primeira etapa, os presentes foram divididos em cinco grupos, um por Supervisão Técnica de Saúde, para trabalhar e discutir conceitos previstos no Sistema Único de Saúde (SUS): Acesso; Território e Necessidades de Saúde; Integralidade e Resolutividade; e Atenção Básica como ordenadora do Cuidado e Participação Social. De volta à plenária, o relator de cada grupo apresentou os principais pontos discutidos e trabalhados anteriormente.
Maria Angélica faz uma síntese dos trabalhos apresentados
No final das apresentações, Maria Angélica Crevelim, madrinha da região Sul, encerrou a atividade no período matutino com uma síntese dos trabalhos apresentados.
Na parte da tarde, o público foi novamente dividido em cinco grupos para analisar e discutir dados de duas UBS: uma Unidade Básica de Saúde com equipe de Atenção Básica (Unidade A) e uma com equipe de Estratégia Saúde da Família (Unidade B). As STS Capela do Socorro e Santo Amaro/Cidade Ademar ficaram com o caso da Unidade A. Já Campo Limpo, M’boi Mirim e Parelheiros discutiram o caso B.
Assim, cada grupo teve acesso a dados complementares – como produção e indicadores – do seu respectivo caso. Após o diagnóstico, eles voltaram a se reunir para a apresentação e o fechamento dos trabalhos. Na plenária, as equipes expuseram as intervenções que julgam necessárias e possíveis para organizar o serviço no nível de competência da UBS, considerando os conceitos-chave mais relevantes para cada caso estudado.
Próximos encontros
Essas oficinas estão acontecendo em todo o município. A primeira etapa foi realizada na Secretaria Municipal de Saúde, na sequência nas CRS e, posteriormente, nas Supervisões e Unidades de Saúde.
Na região Sul, a partir de agora, cada uma das cinco Supervisões de Saúde da Zona Sul irá receber, ao longo de outubro, a Oficina de Reorganização das Redes de Atenção à Saúde (RAS) do seu território. Elas deverão debater a realidade e as particularidades de cada território dando, continuidade ao trabalho iniciado nessa oficina de alinhamento conceitual.
O objetivo dessa reestruturação é o de caracterizar e melhor integrar os diversos serviços tomando por referência as necessidades de saúde da população. Serão criadas redes regionalizadas e hierarquizadas de atendimento, em conformidade com o artigo 198 da Constituição Federal de 1988. Mas o processo de mudança não é imediato e as regiões terão tempo para realizar seus estudos e propor mudanças.
Marco Antonio acredita e apoia a reestruturação em curso
Marco Antonio Carvalho de Lima, coordenador regional da CRS Sul, fez questão de frisar que a CRS, assim como a SMS, está aberta a conversas, a novas ideias, inovações e sugestões. “Temos um longo trabalho pela frente o que implica fazer uma mudança de conceito, de paradigma, enfim, retomar a essência do SUS, trazendo a modernidade. As mudanças são necessárias, pois o mundo está diferente, a vida das pessoas está diferente, e precisamos nos adaptar a essa nova realidade, sem perder o conceito do que é saúde, garantindo o acesso principalmente. Essa reestruturação é importante, nós acreditamos nela e vocês todos podem trazer sugestões para que possamos adaptá-la, melhorá-la e, principalmente, implantá-la para que de fato possamos dizer que o SUS na cidade de São Paulo funciona com qualidade”.
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