Prefeitura de São Paulo

 Em 14 de agosto se comemora o Dia do Cardiologista e estar atento aos sinais e sintomas associados às doenças cardiovasculares é a grande mensagem que os cardiologistas querem nesta data, partilhar com a população.

O coração é uma máquina perfeita e executa o bombeamento de sangue pelo organismo, realizando cerca de aproximadamente 100 mil contrações por dia, mantendo a vitalidade de todos os órgãos e tecidos. Assim como uma máquina, para garantir seu bom funcionamento é preciso que todas às peças e engrenagens estejam em perfeito estado para desempenhar suas funções adequadamente.

Se alguma peça da engrenagem para ou apresenta falhas, o desempenho do coração é afetado, sobrecarregando-o outros órgãos, prejudicando funções do corpo e colocando a vida em risco. Por este motivo, estar atento aos sintomas relacionados a esta doença, é muito importante.

As doenças cardiovasculares também chamadas de cardiopatias, são as principais causas de mortes entre indivíduos adultos acima de 50 anos e independente da renda, qualquer pessoa nesta faixa etária pode ser atingida. Segundo dados da OMS, só no último ano, 17 milhões de pessoas foram a óbito por cardiopatia no mundo. No Brasil, estima-se 01 caso de morte por síndrome coronariana aguda (Infarto do miocárdio) a cada 03 minutos.


O que são as doenças cardiovasculares

As doenças cardiovasculares é um termo que descreve doenças do coração ou dos vasos sanguíneos como: Hipertensão Arterial, Infarto do Miocárdio, Acidente Vascular Cerebral, Insuficiência Cardíaca e etc. Podem ser causadas por fatores genéticos ou ambientais adquiridos, como obesidade, consumo excessivo de álcool, tabagismo, alimentação inadequada e sedentarismo.

Além dos fatores citados, também existem outros que de uma forma ou outra podem contribuir para o desenvolvimento das cardiopatias, são eles: Hipertensão arterial, colesterol alto e diabetes.

Estima-se que 01 em cada 03 homens sofrem de mortes prematuras, causadas por esta doença, grande parte destas mortes acontecem em idade produtiva do indivíduo.

Futuro nada otimista

Em nível mundial, o futuro não é muito animador, e há fatores de risco que permanecem na base desta taxa de alta morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares. Prevê-se que 7,5 milhões de pessoas irão morrer devido ao aumento da hipertensão, 6 milhões por consumo passivo e não passivo de tabaco, 2,8 milhões por obesidade ou excesso de peso e 2,6 milhões devido ao aumento do colesterol.

Apesar destes dados, sabe-se que 75% dos fatores de risco associados às doenças cardiovasculares podem ser prevenidos e que o diagnóstico precoce da doença é o passo para combater estes números.

Diante deste cenário um pouco assustador, identificar os sintomas e controlar os fatores de risco associados à doença cardiovascular é o melhor caminho.

Prevenção e tratamento

A melhor forma de tratar as doenças cardiovasculares é através da prevenção. Mudança de comportamento, dieta saudável, prática de exercícios físicos, evitar o cigarro e consumo excessivo de bebidas alcoólicas, são alguns dos fatores que previnem as cardiopatias.

Em algumas situações a mudança de hábito pode não ser suficiente para melhorar a qualidade de vida de uma pessoa diagnosticada com alguma doença cardíaca. Por isso, procurar os médicos para prescrever uma série de medicamentos como medida de controle seguro, é bastante adequado.

Se os médicos e a mudança de vida não forem suficientes, é possível que o médico recomende a realização de alguns procedimentos, como o cateterismo cardíaco, ou então cirurgias.


Coração e COVID-19

Quando a infecção pelo coronavírus invade o sistema cardiovascular, infelizmente pode afetar o funcionamento do coração, desencadeando uma série de reações responsáveis por desequilibrar doenças que antes estavam compensadas tais como a insuficiência cardíaca e insuficiência coronariana, podendo levar ao infarto agudo e outros.

Os pacientes com doenças cardiovasculares preexistentes sofrem, na maioria das vezes, com alterações em seu sistema imunológico, além de apresentarem um estado crônico permanente, fatores que podem agravar a evolução da doença, causando arritmias cardíacas, embolia pulmonar, miocardite e até o choque cardiogênico. Quando quaisquer umas destas situações ocorrem, aumentam em muito o risco de óbito do paciente.

Ficar atento a sintomas como dor no peito, tontura, falta de ar, palpitação, dificuldade de falar, e fraqueza nos braços, são alguns dos sintomas que se estiverem presentes, o paciente deve imediatamente consultar seu médico para ter a orientação adequada. Caso os sintomas se agravem, é necessário se dirigir a uma unidade de saúde.

Medidas como higienizar bem as mãos, manter o distanciamento social e utilizar máscara ao sair de casa, são os cuidados que todos devemos tomar, principalmente pacientes portadores de cardiopatias.