Secretaria Municipal da Saúde
Dia Nacional do Diabetes: rede SUS da capital acompanha mais de 120 mil pacientes
Este sábado, 26 de junho, é o Dia Nacional do Diabetes. A data foi criada pelo Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) com objetivo de conscientizar a população sobre essa doença crônica que atinge mais de 13 milhões de brasileiros, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes. Só na cidade de São Paulo, segundo o inquérito ISA Capital 2015, 7,4% da população vive com diabetes. É uma doença de incidência alta.
Durante o período da pandemia do coronavírus, Diabetes Mellitus entrou para a lista de comorbidades consideradas fatores de risco para a Covid-19 e, dessa forma, integrou os grupos prioritários para receber a vacina. Na capital, pessoas com mais de 18 anos que tenham diabetes já podem tomar o imunizante e se proteger contra o vírus.
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O diabetes ocorre quando o corpo não é capaz de produzir insulina, hormônio responsável por controlar a quantidade de glicose no sangue, ou não consegue empregar de forma adequada a insulina produzida. Ao lado de outras Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como hipertensão, ele é parte de uma epidemia mundial, cuja morbidade, sequelas e mortalidade são invisivelmente preocupantes. Portanto, após o diagnóstico, o tratamento e acompanhamento da doença são fundamentais durante toda a vida.
O Protocolo Cuidando de Todos da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) orienta e estimula ações de busca ativa, com objetivo de ampliar o rastreamento para DCNT na área de abrangência das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e, em seguida, inserir essas pessoas identificadas na linha de cuidado. Essa busca ativa acontece em sala de espera, espaços destinados para procedimentos, sala de vacina, durante a consulta médica com equipe multiprofissional e visita domiciliar.
Diagnóstico de diabetes
Um dos grandes desafios do enfrentamento às DCNT é obter o diagnóstico precoce, tendo em vista que muitas dessas doenças podem não apresentar sinais, incluindo o diabetes. No caso desta doença, quando existe a apresentação de sintomas, eles geralmente incluem urinar excessivamente, sentir muita sede e ficar com a boca seca, ter aumento de apetite e perda de peso, além de cansaço, falta de energia, falta de concentração, desinteresse, visão embaçada e infecções frequentes.
A doença pode ser identificada com um simples exame de sangue, para verificar se há alguma alteração na taxa de glicemia; se houver essa alteração, outros exames mais aprofundados devem ser realizados, como o teste oral de tolerância à glicose, conhecido como Curva Glicêmica.
Estima-se que 7,4% da população da cidade de São Paulo vive com diabetes (Foto: Divulgação)
Tipos de diabetes
A partir disso, é possível identificar qual o tipo de diabetes. O tipo 1 é conhecido como diabetes infanto-juvenil, instável ou insulinodependente. Ele ocorre quando há aumento da taxa de glicose no sangue, em decorrência da falta de produção de insulina pelo pâncreas.
Embora também possa atingir adultos, o surgimento desse tipo de diabetes é mais comum durante a infância ou adolescência. O tratamento é feito por meio de aplicação diária de insulina, além da recomendação de sempre praticar atividades físicas e ter uma alimentação adequada.
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Já o tipo 2 é conhecido como diabetes do adulto ou da maturidade, estável ou não insulinodependente. Muito mais comum que o primeiro tipo, este tipo de diabetes é responsável por cerca de 90% dos casos e acontece quando há o aumento da taxa de glicose no sangue decorrente de uma resistência do organismo à ação da insulina.
É mais comum em adultos, mas crianças também podem apresentar esse tipo. O tratamento costuma ser feito com medicamentos orais, podendo ser necessário, após um tempo, o uso de insulina. Atividades físicas e alimentação adequada também são recomendações importantes.
Acompanhamento na rede municipal
Atualmente, são cerca de 124 mil pessoas com diabetes ativas em automonitoramento glicêmico, sendo pacientes insulinodependentes. Ou seja, que precisam monitorar a glicemia para administrar a insulina.
Além desses pacientes, o Programa de Automonitoramento Glicêmico (PAMG) também contempla gestantes com diabetes gestacional que não fazem uso da insulina, mas precisam do controle.
O programa ainda fornece o glicosímetro, as tiras, o lancetador e as lancetas, além das seringas e o recipiente para descarte de resíduo perfurocortante, que são as seringas e lancetas usadas. Cada paciente é cadastrado em sua UBS de referência e tem agendamento feito mensalmente para retirada dos insumos, acompanhamento dos dextros realizados e consulta médica a cada 3 meses.
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A SMS destaca que as canetas de insulina humana NPH e Regular são fornecidas nas farmácias das unidades de saúde municipais para o tratamento de diabetes. São dispositivos de fácil manuseio que permitem maior precisão na administração da dose e proporcionam maior segurança na aplicação.
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