Prefeitura de São Paulo

O Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha – celebrado no dia 25 de julho - é um marco da luta das mulheres contra a opressão de gênero, racismo e exploração de classe. Estabelecida em 1992, a data reconhece a presença e a luta das mulheres negras na América Latina. No Brasil, desde 2014, também celebramos o Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola do século XVIII.

Na Secretaria Municipal da Saúde (SMS), os técnicos monitoram doenças como hipertensão e diabetes, que afetam desproporcionalmente a população negra. Esta população, que inclui pessoas pardas e pretas, representa quase 80% dos dependentes de serviços públicos e pode ter condições de saúde específicas, como a doença falciforme.

De acordo com o IBGE, 56% da população se autodeclara parda ou preta. Em São Paulo, as mulheres pretas e pardas correspondem a 22,9% da população. Para enfrentar esses desafios, a SMS criou a Área Técnica da Saúde da População Negra, visando reduzir iniquidades em saúde.

Quesito Raça/Cor
Políticas públicas eficazes requerem conhecimento da realidade. A equidade é um dos pilares do SUS e a autodeclaração no quesito raça/cor é essencial para refletir corretamente o contexto demográfico. O quesito foi implantado nos sistemas de informação da SMS em 1990, com regulamentação em 2005.

“Estamos fortalecendo os dados sobre o perfil racial, pois conhecer as características da população é crucial para desenvolver iniciativas de cuidado”, afirma Valdete Ferreira Santos, da Área Técnica da Saúde da População Negra.

Todos os sistemas de informação paulistanos devem incluir a coleta da autodeclaração racial, independentemente da natureza do serviço público prestado.

O racismo é crime, e São Paulo possui canais para denúncias de discriminação racial, como o Portal 156 e o e-mail combateaoracismo@prefeitura.sp.gov.br

Programação
Nesta sexta-feira (25), a Área Técnica e o Comitê Técnico do Programa Municipal de Saúde Integral da População Negra promovem uma celebração em homenagem às trabalhadoras da saúde municipal, das 9h às 11h, no auditório do edifício-sede, com serviços voltados às mulheres negras.