Secretaria Municipal da Saúde
Retrospectiva 2024 Gente.doc: profissionais falam sobre o propósito de trabalhar no SUS
Em 2024, a Saúde mostrou o lado humanitário dessa área que trabalha com cuidado e zelo pela vida. Em maio, equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (Cosap) integraram a missão da Prefeitura de São Paulo ao Rio Grande do Sul, devastado pela chuva. O médico Francis Albert Fujii liderou os socorristas do Samu na missão e contou em uma das edições do boletim Gente e Gente.doc como foi vivenciar aquela catástrofe e acolher “as dores e o sofrimento de quem perdeu tudo. Não tem um dia que a gente não chore.” Se por um lado tem a dificuldade em atender em um cenário tão inóspito como “um esgoto a céu aberto em que as doenças estão muito presentes”, por outro tem a paixão pela medicina e o propósito de salvar vidas.
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A rotina do médico intensivista José Alberto de Lima Nassif, coordenador do pronto-socorro do Hospital do Campo Limpo, exige precisão. “Fazer o diagnóstico rápido, tomar atitudes rápidas” é sua estratégia para salvar vidas e diminuir os danos aos pacientes. Ao longo da carreira, viu surgir inúmeros recursos que aprimoram essa rotina nos atendimentos emergenciais, como os trombolíticos, uma medicação que dissolve trombos sanguíneos rapidamente e é capaz de tirar pacientes de situações críticas, impedir que morram por eventos cardiovasculares ou tenham sequelas. “Você garante ao paciente praticamente uma vida normal e é essa a nossa retribuição”, diz Nassif.

SUS orgânico e integral
Para Daniela Geanette, assistente social e gerente do Centro Especializado em Reabilitação (CER) III Interlagos, o Sistema Único de Saúde (SUS) vai muito além da relação saúde-doença. “Ele não articula só a sala de vacina, ele articula o acolhimento. Ele articula lazer, cultura, porque tudo isso faz parte do que é ter saúde, do que é ser saudável”, afirma. Daniela disse que para entender a complexidade do que é o sistema público de saúde em uma cidade como São Paulo, foi essencial ter atuado em periferias, no centro e até em unidade rural em que alguns pacientes chegavam a cavalo. “É uma delícia poder viver essa diferença.”
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A enfermeira e gerente da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vera Poty, Lucimar Constantino, atua com saúde indígena desde 2005. Ela foi uma das primeiras profissionais de saúde a chegar no território para construir com os povos aldeados uma assistência adequada e humanizada que respeita as particularidades da cultura deles, como a de consultar benzedeiras e pajés antes de ir ao atendimento médico convencional. “Tem os chás, o pajé que faz o benzimento, então a gente trabalha junto”, conta.

O nutricionista Lúcio de Freitas vem de uma família que adora cozinhar e comer junto. Ele cresceu acompanhando a avó em feiras e na cozinha, mas chegou uma hora que queria mais do que saber cozinhar. Na nutrição, ele entendeu que podia ajudar outras pessoas a cuidarem melhor da saúde, a partir do momento em que eles entendem o que estão comendo. O profissional acredita na importância do seu trabalho na atenção básica e se orgulha toda vez que consegue fazer um paciente refletir sobre a saúde e a “olhar para o seu estilo de vida de uma maneira mais gentil. Me traz muita felicidade como profissional.”
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O boletim Saúde Mais Perto/ Gente tem uma versão em vídeo publicada no canal da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), no YouTube:
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