Secretaria Municipal da Saúde

Quinta-feira, 9 de Outubro de 2025 | Horário: 13:16
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São Paulo conta com programas e serviços voltados para a saúde oftalmológica

Número de consultas médicas na especialidade teve aumento de mais de 42% em 2024, comparado a 2021; UBSs são a porta de entrada para o atendimento na rede municipal de saúde
A imagem mostra uma cena de atendimento oftalmológico em ambiente escolar. No centro, uma mulher de pele clara e cabelo castanho longo, solto, veste uma camiseta branca com o logotipo do programa “Avança Saúde Escolar – Oftalmologia”. Ela está sentada diante de um equipamento de exame de vista (autorefrator), operando o aparelho enquanto observa atentamente um estudante. O estudante, visto de costas, tem cabelo curto e castanho-escuro e veste uma camiseta branca com gola azul.

Neste 9 de outubro, Dia Mundial da Visão, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) destaca que a linha de cuidado oftalmológico na rede municipal da capital tem início nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), onde o paciente pode ser encaminhado para a Rede de Atenção Especializada, como as Assistências Médicas Ambulatoriais de Especialidades (AMAs-E), Hospitais Dia (HDs) ou Ambulatórios de Especialidades (AEs) para diagnóstico e tratamento.

As consultas médicas de oftalmologia realizadas na rede municipal registraram mais de 42% de aumento em 2024, comparado com 2021. Por ano, foram: 691.544 em 2021; 791.786 em 2022; 879.198 em 2023; 985.031 em 2024, e neste ano, até julho, 594.693.

“Crianças também precisam de avaliação oftalmológica precoce, porque alguns problemas, como a ambliopia e o estrabismo, têm melhor tratamento e prognóstico quando diagnosticados cedo. O exame oftalmológico deve ser realizado pela primeira vez entre os 6 meses e 1 ano de vida. Mesmo que não haja sinais de alteração, é fundamental repetir a avaliação dos 3 aos 5 anos”, explica Caroline Naomi Silvas Seto, oftalmologista especialista em estrabismo e oftalmopediatria da AMA Especialidades Pediátricas Campo Limpo.

Programa Saúde na Escola
A Prefeitura de São Paulo conta com o Programa Saúde na Escola (PSE), que atua em parceria com a Secretaria Municipal da Educação (SME), implementando ações de saúde em escolas do município de São Paulo, incluindo cuidados com a saúde ocular para crianças em adolescentes, articulando cuidados com a UBS do território da unidade escolar. Neste ano, já foram mais de 142 mil estudantes atendidos, sendo 1,4 mil encaminhados a serviços de saúde e mais de 21 mil óculos entregues. 

Cerca de 80% dos estudantes avaliados recebem prescrição de óculos e são encaminhados para escolha da armação. Em casos mais complexos, os alunos são encaminhados para avaliação especializada, podendo incluir necessidade cirúrgica.

Uso de telas
A SMS, por meio da Área Técnica Saúde da Criança e do Adolescente da Coordenadoria de Atenção Básica, informa que o uso excessivo de telas pode aumentar o risco de miopia, pois a luz azul emitida por esses aparelhos pode causar danos irreversíveis à retina, além de provocar ressecamento do globo ocular e cansaço. As orientações dadas aos familiares e cuidados de crianças e adolescentes são: 

  • Crianças menores de 2 anos não sejam expostas a telas; 
  • Crianças entre 2 e 5 anos devem ter o tempo de tela limitado a uma hora por dia; 
  • Crianças a partir de 6 anos devem ter o tempo de tela limitado a duas horas por dia; 
  • Adolescentes entre 11 e 18 anos devem limitar o tempo de tela e jogos de videogames a duas ou três horas por dia; 
  • Em todas as idades, deve-se evitar o uso de telas durante as refeições e desconectar uma a duas horas antes de dormir; 
  • Deve-se fazer pausas durante a exposição às telas, olhando para ambientes externos; 
  • Importante incentivar as crianças a saírem ou brincarem ao ar livre, pois a exposição à luz solar exerce um fator protetivo contra a miopia. 

“A miopia é um dos distúrbios visuais que mais cresce em prevalência no mundo. De acordo com projeções da Organização Mundial da Saúde, estima-se que, até 2050, cerca de metade da população global poderá ser afetada pela condição. Esse aumento é preocupante, pois, além da necessidade de óculos ou lentes, graus mais elevados de miopia estão relacionados a um risco maior de complicações oculares, como descolamento de retina, glaucoma e degeneração macular”, explica a oftalmologista Caroline. Por outro lado, os profissionais orientam que passar tempo ao ar livre e ter exposição à luz natural pode ajudar a prevenir a progressão da miopia. 

A população pode encontrar a unidade de saúde mais próxima de sua residência pela plataforma Busca Saúde.

Imagens de apoio: https://we.tl/t-iidOrWU08L

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