Secretaria Municipal da Saúde
Samu 192: como usar corretamente e evitar sobrecarga do serviço

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) é um dos pilares da rede de atenção pré-hospitalar no Brasil. Disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana, ele oferece atendimento gratuito em casos de urgência e emergência, seja em espaços públicos ou residências. O contato é feito pelo telefone 192, que pode ser acionado inclusive de celulares sem créditos ou taxas.
Na cidade de São Paulo, apenas em 2024, foram realizados 314.089 atendimentos presenciais de equipes no local da ocorrência. Cada minuto é decisivo, e por isso o serviço reforça: chamadas indevidas comprometem a chegada do socorro para quem realmente está em risco, aumentando o tempo de resposta das equipes.
O papel do Samu vai além do transporte de vítimas de acidentes ou quadros médicos de urgência: ele encurta distâncias, leva atendimento especializado ao local, estabiliza o quadro clínico e encaminha o indivíduo ao serviço mais adequado. O objetivo é evitar agravamentos, reduzir sofrimento e sequelas e prevenir óbitos.
O atendimento começa com o contato telefônico, atendido por um técnico auxiliar em regulação médica, que coleta informações e repassa ao médico regulador. Esse profissional avalia o caso, orienta o solicitante e aciona a equipe necessária, que pode incluir ambulâncias ou motolâncias. No local, a equipe realiza os primeiros procedimentos e, se preciso, realiza o transporte.
As ocorrências são classificadas por prioridade, que determina o tempo de atendimento:
Nível 1 – risco iminente de morte, atendimento imediato
Nível 2 – urgência moderada, sem risco iminente
Nível 3 – baixa prioridade, pode aguardar
Nível 4 – sem envio de equipe, orientação por telefone
Saiba quando chamar o Samu
- Acidentes de trânsito ou traumas graves
- Afogamentos
- Agressões com arma de fogo ou arma branca
- Queimaduras graves
- Problemas cardiorrespiratórios e dores no peito
- Suspeita de infarto ou AVC
- Desmaio ou perda de consciência
- Intoxicações ou envenenamentos
- Tentativas de suicídio
- Crises psiquiátricas com risco
- Trabalho de parto com risco para mãe ou bebê
- Desabamentos, soterramentos ou choque elétrico
Quando não devemos chamar o Samu
Casos sem risco imediato à vida, como febre prolongada, dores crônicas ou leves (como cólicas ou dor de dente), entorses, vômitos e diarreia simples, além de troca de sonda ou consultas de rotina devem ser direcionados às Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ou Prontos-Socorros (PSs).
Dicas para ligar para o Samu
- Acione apenas em emergências reais
- Identifique-se e mantenha a calma
- Informe com clareza onde está a vítima, citando pontos de referência
- Não desligue até a liberação do atendente
- Siga todas as orientações do médico regulador
- Avise se a situação piorar ou melhorar
- Não mova vítimas de acidentes de trânsito
- Não ofereça alimentos ou água aos feridos
- Sinalize o local em caso de acidentes
O Samu também alerta: trotes são crime e podem custar vidas. Uma chamada falsa pode impedir que o socorro chegue a tempo a quem está em risco. Usar o serviço com responsabilidade é uma forma de salvar vidas.
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