Secretaria Municipal da Saúde
UBS da zona norte promove inclusão digital de idosos

Magali Esteves e Maria Isabel Florência da Silva, ambas de 67 anos e moradoras da região do Horto Florestal, na zona norte, se conhecem desde a infância. Há alguns anos, reencontraram-se e passaram, juntas, a participar de atividades coletivas promovidas pela Unidade Básica de Saúde (UBS) que frequentam, a Horto Florestal, em sua maioria voltadas a atividades físicas, como caminhada, alongamento e pilates. Recentemente, no entanto, elas participaram de uma programação diferente na UBS, mais relacionada a empoderamento e autonomia: um curso de inclusão digital para smartphones, que teve impactos positivos em seu cotidiano.
Magali, por exemplo, conta que costumava usar seu telefone celular apenas para chamadas e para o aplicativo de mensagens WhatsApp. Mas, depois do curso, ela diz que virou “uma idosa moderninha”: baixa aplicativos, faz pesquisas, acessa tutoriais de assuntos de interesse, como receitas e aprendeu a fazer videochamadas. “Eu perdi o medo de usar esses recursos, antes eu tinha muito receio, e qualquer coisa pedia para meu sobrinho ajudar”, comenta ela, que diz sentir-se mais integrada e amparada nas questões do dia a dia com uso ampliado dos recursos do smartphone.
Já sua amiga Maria Isabel tinha dificuldade para participar de um curso realizado por meio de videochamada. “Todas as vezes que ia entrar para uma aula tinha que pedir ajuda para as minhas filhas; como uma pessoa pode viver desse jeito??”, questiona ela, que após o curso ganhou autonomia para acessar o curso e baixar aplicativos, como o próprio e-saúdeSP, o app da saúde da capital. “Inclusive ensinei minha filha a usar”, diverte-se a aposentada, que trabalhou com processamento de dados ao longo de sua vida profissional.
Conexão e vínculos
A primeira edição do curso de inclusão digital para idosos da UBS Horto Florestal teve duas aulas semanais, ministradas entre os meses de março e maio. Entre os conteúdos, passados pela sua criadora, a assistente social Maria de Fátima Ferreira Martins, estiveram: funções básicas do celular; navegação na internet; como baixar aplicativos; uso de aplicativos e redes sociais; uso do e-mail; agendamento de consultas online via app Agenda Fácil; participação em reuniões virtuais e utilização do Google Maps.
Maria de Fátima diz que observou a dificuldade de alguns pacientes idosos em acessar recursos importantes, apesar de disporem de smartphones, o que interferia em sua independência. “Durante os atendimentos e acolhimentos, percebemos a limitação digital impactando esse público, e a partir disso pensamos em formas de promover sua inclusão como um instrumento de engajamento social e saúde mental”, ressalta.
O gestor da unidade, João Carlos de Souza, ratifica importância social do projeto, na medida em que também promove vínculos: “Ele visa não apenas a inclusão digital, mas também a promoção dos laços comunitários, ao oferecer aos idosos a oportunidade de se conectar com o mundo de forma mais ampla, reduzindo o isolamento social”. Maria Isabel concorda. “Além de aprender, fiz novas amizades”, diz ela, que já se candidatou a ser monitora da próxima edição do programa, previsto para mês de julho.
Foto: a assistente social Maria de Fátima e o gestor João Carlos com os alunos Maria Isabel, Magali e José Roberto (Acervo/SMS)
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