Secretaria Municipal da Saúde

Terça-feira, 1 de Julho de 2025 | Horário: 11:00
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Vacinação contra tuberculose: proteção desde a maternidade e atenção redobrada na vida adulta

Incidência da doença é até oito vezes maior em adultos do que em crianças

No dia 1º de julho, data alusiva à criação da vacina BCG (Bacilo de Calmette-Guérin), uma das mais antigas do calendário de vacinação brasileiro — conhecida por deixar uma pequena cicatriz redonda no braço, a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS) reforça a necessidade da imunização, fundamental na prevenção das formas mais graves da tuberculose.

A vacina tornou-se obrigatória para a população brasileira em 1976, quando foi incluída no calendário vacinal brasileiro pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). O imunizante é ofertado nas maternidades e casas de parto já nas primeiras 12 horas de vida e antes da alta hospitalar, em dose única, a cada recém-nascido com peso igual ou superior a 2 kg. A vacina também é disponibilizada nas Unidades Básicas de Saúde.

A vacina BCG protege contra as formas mais graves da tuberculose: a miliar, quando a bactéria se espalha por todo o corpo pela corrente sanguínea, e a meníngea, quando a infecção atinge o cérebro.

De acordo com os dados do Programa Municipal de Imunizações (PMI) - SMS, em 2024, foram aplicadas 104.297 doses da vacina, o que representa uma cobertura vacinal de 86,36% no município. Em 2025, até o mês de abril, foram aplicadas 33.951 doses da vacina em residentes do município de São Paulo.

As crianças que porventura não receberam a BCG na maternidade devem receber a vacina o mais breve possível em qualquer uma das 479 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital. 

Nos últimos cinco anos, na cidade de São Paulo, mais de 47 mil pessoas, entre homens e mulheres, foram infectadas pela Mycobacterium tuberculosis, de acordo com a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), da SMS. Quando não tratada, a infecção pode afetar os pulmões, ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro) e levar a óbito. 

No país, a incidência de casos em adultos é de seis a oito vezes maior do que em crianças, segundo o Ministério da Saúde.

No mundo, a tuberculose atinge 10 milhões de pessoas todo ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), principalmente em países de baixa e média renda. Destas, 1,2 milhão vão a óbito, o que coloca a doença entre as dez maiores causas de morte no planeta, em especial nas regiões mais pobres.  O objetivo é a sua erradicação até 2030. 

Tuberculose pulmonar
A tuberculose pulmonar corresponde a cerca de 80% dos casos e é transmitida por aerossóis que viajam pelo ar. A infecção acontece quando alguém doente tosse, fala ou espirra e a bactéria, em suspensão no ar, alcança outra pessoa saudável. 

Os sintomas mais comuns da doença são tosse, às vezes com expectoração e sangue, dores no peito, falta de ar, perda de peso, fraqueza, febre e suores, principalmente, no final do dia. Calcula-se que um paciente infectado possa transmitir a doença para até 15 outros indivíduos.

Mas o principal sintoma é a tosse persistente, que pode ser seca ou vir acompanhada de catarro. Caso a tosse dure por mais de três semanas, a recomendação é buscar o serviço de saúde mais próximo para que o quadro seja investigado. 

No caso das crianças menores de dez anos, os sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças próprias da infância. Portanto, deve-se suspeitar de tuberculose na criança quando houver redução de apetite, perda de peso e tosse persistente ocorrendo simultaneamente.

Diagnóstico e tratamento 
Além da avaliação clínica detalhada, o diagnóstico da tuberculose é confirmado com exames laboratoriais, além de radiografia do tórax. 
Já o tratamento da doença dura no mínimo seis meses e inclui o uso de quatro medicamentos na fase intensiva seguidos de dois medicamentos na fase de manutenção diferente.

Ainda nas primeiras semanas de cuidados o paciente tende a se sentir bem melhor, mas é imprescindível seguir à risca todos os protocolos terapêuticos para garantir o sucesso do tratamento. 

Para casos confirmados da doença, a capital oferece tratamento na rede municipal de saúde, feito por meio de comprimidos para serem ingeridos com água. 

Para saber qual a UBS mais próxima de sua residência, basta acessar a plataforma Busca Saúde. 


 

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