Prefeitura de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo realizou, nesta quinta-feira (23), o seminário internacional “Segurança 360: Estratégia, Inteligência e Tecnologia”, reunindo autoridades públicas, gestores e especialistas em segurança da informação para debater estratégias que fortalecem a resiliência dos sistemas públicos e reduzem riscos de invasões e golpes digitais.

Entre as medidas implementadas pela gestão municipal estão o reforço dos protocolos de segurança em sites e sistemas municipais, a adoção de múltiplas camadas de proteção, o monitoramento contínuo de vulnerabilidades e a capacitação de servidores para evitar incidentes cibernéticos.

Promovido em parceria com a Prodam, o encontro reafirma o compromisso da Prefeitura em adotar padrões internacionais de proteção da informação, fortalecer a infraestrutura digital da cidade e garantir que as políticas públicas de tecnologia e segurança caminhem lado a lado — sempre com foco na proteção dos dados públicos e do cidadão.

“A segurança digital não começa nos sistemas; ela começa com atitudes. Somos nós que operamos as plataformas, fornecemos nossas senhas e acessamos aplicativos. Proteger-se no digital é proteger a si mesmo e o interesse coletivo”, destacou o presidente da Prodam, Francisco Forbes, ao abrir o evento no auditório do Edifício Matarazzo.

O seminário contou ainda com a presença de Douglas Smith, ex-secretário assistente do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, e de Samuel Montana, consultor e ex-adido diplomático dos EUA, que participaram de um painel mediado por Forbes. Ambos reforçaram a importância da educação digital, da confiança pública e da integração entre governo e sociedade para o fortalecimento da segurança institucional.

Smith, que atuou no governo americano durante a administração Barack Obama, observou que nenhum sistema é 100% imune a ataques, mas que o sucesso norte-americano após o 11 de Setembro se deveu à implementação de diversas camadas de segurança e cooperação entre agências e cidadãos. “O elo mais fraco dos sistemas tende a ser o fator humano. Quando conseguimos educar e empoderar as pessoas, o processo se torna muito mais efetivo”, afirmou.

Já Montana destacou a importância de mudanças culturais e educacionais para aprimorar a proteção digital. “Os brasileiros são muito abertos, e isso é ótimo, mas precisamos também ter um pensamento vigilante. É uma mudança cultural difícil, mas necessária”, pontuou. Ele ressaltou ainda que educação e transparência são fundamentais para que a população compreenda e confie nos sistemas de segurança.