Subprefeitura Cidade Tiradentes

Quarta-feira, 2 de Julho de 2025 | Horário: 14:09
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EMEF da Tiradentes utiliza miniestação meteorológica para estimular aprendizado de matemática

Dispositivos foram construídos pelos alunos dos 7ºs, 8ºs e 9ºs anos da unidade de Ensino Fundamental (EMEF) José Augusto César Salgado

Fazer com que os estudantes aprendam matemática de forma objetiva, desenvolvendo habilidades investigativas, de análise de dados e consciência climática. Este foi o objetivo do professor Everton Alves de Souza, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) José Augusto César Salgado, na Cidade Tiradentes, ao promover a atividade “Monitoramento Climático com Miniestações Meteorológicas e Micro:bit” com os estudantes dos 7ºs, 8ºs e 9ºs anos.    

Inspirada na formação “Cada Bairro, Uma Temperatura”, a construção da miniestação é uma das tarefas propostas dentro do projeto de “Olho na COP 30” – uma parceria entre Tecnologias para Aprendizagem (TPA) e Núcleo de Educação Ambiental (NEA), ambos da Secretaria de Educação da Prefeitura. 

Para Eduardo Murakami, integrante do Núcleo de Educação Ambiental, “trabalhar de forma integrada é imprescindível para a garantia de um processo de aprendizagem adequado e significativo. Construir miniestações meteorológicas permite a intersecção das propostas de Tecnologias para Aprendizagem com as discussões defendidas para Educação Ambiental”. 

Processo

A partir da pergunta “A temperatura e umidade são iguais em todos os espaços da escola?”, os estudantes foram divididos em grupos e percorreram diferentes ambientes, como salas de aula, pátio, corredores e áreas externas, utilizando suas estações meteorológicas móveis para fazer as medições de temperatura, umidade relativa do ar e índice de calor. 

As peças foram construídas com placas micro:bit, baterias e sensores digitais de temperatura e umidade (DHT11) e funcionavam quando seus botões eram pressionados. Ao apertar um deles, o aparelho exibia a temperatura; outro, a umidade; ao pressionar os dois simultaneamente, os alunos visualizavam o índice de calor. Todos os dados eram exibidos diretamente na placa, previamente programada pelos próprios estudantes, no ambiente MakeCode.

“No ambiente MakeCode, os alunos visualizaram o funcionamento do sensor acoplado ao micro:bit e compreenderam como os dados deveriam ser lidos e apresentados. Assim, reforçamos o vínculo entre tecnologia e matemática de maneira significativa”, explicou o professor Everton.

Aplicando os conhecimentos

Depois da coleta de dados, os grupos organizaram as informações em tabelas e gráficos, aplicando as quatro operações matemáticas fundamentais (adição, subtração, multiplicação e divisão) para analisar os resultados. 

Foram feitos cálculos de médias, comparação de temperatura entre ambientes, diferença entre os maiores e menores valores, soma das temperaturas e das umidades registradas. Desta forma os estudantes puderam reforçar habilidades matemáticas a partir de situações reais, conectadas ao seu cotidiano.

Os estudantes do 7º ano, Ivo Mendoza e Manuela Silva, contaram ao professor que acharam a atividade diferente e divertida. Ivo declarou que estranhou a variação das medições que em um momento estavam “mais” e, em outro, “menos”.

Interdisciplinaridade

 Além de trabalhar conteúdos de matemática, a tarefa promoveu o desenvolvimento de competências em investigação científica, uso de tecnologias para pesquisa e levantamento de dados, ampliando a compreensão dos alunos sobre clima, temperatura e umidade do ar.                                                                                                                                                                                             
A proposta mostrou como a tecnologia pode ser uma aliada importante no ensino da matemática, tornando a aprendizagem mais significativa, envolvente e alinhada com os desafios do mundo atual.

De acordo com Ariana Souza de Santana, do Núcleo de Tecnologias Para Aprendizagem (TPA), a atividade foi pensada para entender situações reais a partir de investigação. "O objetivo foi elaborar um dispositivo com a placa micro:bit e seus componentes, uma programação onde os estudantes podem vivenciar, coletar e interpretar dados, promovendo a conscientização sobre as mudanças climáticas e incentivando o desenvolvimento de habilidades práticas em ciências, tecnologias e demais áreas do conhecimento”.

Investimento 
A Secretaria Municipal de Educação investiu na compra de cerca de 20 mil placas de micro:bit, em 2024. Todas as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs), Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Médio (EMEFMs) e Escola Municipal de Educação Bilíngue para Surdos (EMEBS) receberam dez kits micro:bit composto por três livros com explicações e peças para montagem e programação.

Conheça a página de Tecnologias Para Aprendizagem. 

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