Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa
De mão em mão distribui dois novos livros em quatro terminais de ônibus
Parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e Editora da Unesp, o projeto “De mão em mão” entra em sua segunda etapa com dois novos títulos e amplia a distribuição de dois para quatro terminais
Com dois novos títulos – Contos paulistanos, de Antônio de Alcântara Machado, e A nova Califórnia e outros contos, de Lima Barreto – o programa “De mão em mão” recomeça, dia 28, a distribuição gratuita de livros na cidade de São Paulo. Iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com a Editora Unesp, o projeto foi lançado em dezembro e já distribuiu à população paulistana cerca de 11 mil exemplares de Missa do Galo e outros contos, de Machado de Assis. O objetivo é incentivar o gosto pela leitura por meio da distribuição de livros em locais com ampla circulação de pessoas.
Inicialmente, foram impressos 40 mil livros, 20 mil de cada um dos novos títulos. A distribuição destes e, ainda, dos exemplares restantes do primeiro livro da coleção, será feita em quiosques montados nos terminais de ônibus Mercado (integrado ao terminal Parque D. Pedro II, no Centro), Santo Amaro, Pirituba e A. E. Carvalho, em Itaquera, com apoio da SPTrans. Os quiosques ficarão abertos de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, e aos sábados das 10 às 18h. Mas os livros também estarão disponíveis em versão digital, que poderá ser baixada gratuitamente a partir do site oficial.
As obras são selecionadas por um conselho editorial composto por José de Souza Martins (professor de sociologia e colunista do jornal O Estado de S. Paulo), Luciana Veit (editora), Sérgio Vaz (poeta e fundador do Sarau da Cooperifa), Heloísa Jahn (editora e tradutora), Jézio Hernani Bomfim Gutierre (professor de Filosofia e Editor Executivo da Editora Unesp), Samuel Titan Jr. (professor de teoria literária, tradutor e ensaísta) e Carlos Augusto Calil (professor de cinema e atual Secretário Municipal de Cultura).
O projeto “De mão em mão” foi inspirado na iniciativa colombiana “Libros al viento”. A ideia é que as obras sejam lidas e passadas adiante, "de mão em mão". Ou devolvidas nos mesmos postos onde foram retiradas, para que possam chegar a outras mãos. O projeto colombiano recebeu o aval da Unesco e contribuiu para que Bogotá fosse declarada a Capital Mundial do Livro em 2007.
Sobre os dois novos títulos
Contos paulistanos (António de Alcântara Machado)
Esta coletânea reúne, em 149 páginas, os contos das obras Brás, Bexiga e Barra Funda e Laranja da China (1928), além de quatro contos avulsos do autor, considerado um dos maiores nomes da literatura brasileira e definido por Mário de Andrade como “o mais universal dos paulistanos”.
Em Brás, Bexiga e Barra Funda (1927), Alcântara Machado (1901-1935) retrata, em estilo jornalístico e linguagem coloquial, como a interação entre italianos e brasileiros foi alterando o perfil da cidade de São Paulo. Já em Laranja da China (1928), sua segunda coletânea de contos, os protagonistas brasileiros emergem de uma escrita mais elaborada, mas ainda econômica, exemplo de uma prosa marcada pela ruptura das convenções, característica que aproximou o autor, que foi também jornalista e político, dos principais representantes da Semana de Arte Moderna de 1922.
A nova Califórnia e outros contos (Lima Barreto)
Os 14 contos deste livro de 172 páginas espelham a obra do escritor e jornalista Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922), um dos críticos mais severos da República Velha (1889-1930). Mulato e vítima de preconceito social, Lima Barreto foi um defensor vigoroso dos pobres, boêmios e arruinados. Dono de um texto coloquial e despojado com características realistas e naturalistas que recria tradições cômicas, carnavalescas e picarescas da cultura popular, o autor influenciou os escritores da Semana de Arte Moderna de 1922.
Ao retratar de forma contundente os acontecimentos relevantes do começo recente da vida republicana brasileira, Lima Barreto oferece ao leitor contemporâneo uma crítica muito atual do nacionalismo ingênuo e dos privilégios de classe no país.
Serviço:
Terminal Mercado fica na Avenida do Estado, 3350, Centro (ao lado do terminal Parque D. Pedro II); Terminal Santo Amaro, na Avenida Padre José Maria, 400 (ao lado da Estação Largo 13 – Linha 5 Lilás do Metrô); Terminal Pirituba, na Avenida Dr. Luís Felipe Pinel, 60 (ao lado da Estação Pirituba - Linha 7 Rubi da CPTM); e Terminal A. E. Carvalho, na Avenida Imperador, 1401, Itaquera.
Inicialmente, foram impressos 40 mil livros, 20 mil de cada um dos novos títulos. A distribuição destes e, ainda, dos exemplares restantes do primeiro livro da coleção, será feita em quiosques montados nos terminais de ônibus Mercado (integrado ao terminal Parque D. Pedro II, no Centro), Santo Amaro, Pirituba e A. E. Carvalho, em Itaquera, com apoio da SPTrans. Os quiosques ficarão abertos de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, e aos sábados das 10 às 18h. Mas os livros também estarão disponíveis em versão digital, que poderá ser baixada gratuitamente a partir do site oficial.
As obras são selecionadas por um conselho editorial composto por José de Souza Martins (professor de sociologia e colunista do jornal O Estado de S. Paulo), Luciana Veit (editora), Sérgio Vaz (poeta e fundador do Sarau da Cooperifa), Heloísa Jahn (editora e tradutora), Jézio Hernani Bomfim Gutierre (professor de Filosofia e Editor Executivo da Editora Unesp), Samuel Titan Jr. (professor de teoria literária, tradutor e ensaísta) e Carlos Augusto Calil (professor de cinema e atual Secretário Municipal de Cultura).
O projeto “De mão em mão” foi inspirado na iniciativa colombiana “Libros al viento”. A ideia é que as obras sejam lidas e passadas adiante, "de mão em mão". Ou devolvidas nos mesmos postos onde foram retiradas, para que possam chegar a outras mãos. O projeto colombiano recebeu o aval da Unesco e contribuiu para que Bogotá fosse declarada a Capital Mundial do Livro em 2007.
Sobre os dois novos títulos
Contos paulistanos (António de Alcântara Machado)
Esta coletânea reúne, em 149 páginas, os contos das obras Brás, Bexiga e Barra Funda e Laranja da China (1928), além de quatro contos avulsos do autor, considerado um dos maiores nomes da literatura brasileira e definido por Mário de Andrade como “o mais universal dos paulistanos”.
Em Brás, Bexiga e Barra Funda (1927), Alcântara Machado (1901-1935) retrata, em estilo jornalístico e linguagem coloquial, como a interação entre italianos e brasileiros foi alterando o perfil da cidade de São Paulo. Já em Laranja da China (1928), sua segunda coletânea de contos, os protagonistas brasileiros emergem de uma escrita mais elaborada, mas ainda econômica, exemplo de uma prosa marcada pela ruptura das convenções, característica que aproximou o autor, que foi também jornalista e político, dos principais representantes da Semana de Arte Moderna de 1922.
A nova Califórnia e outros contos (Lima Barreto)
Os 14 contos deste livro de 172 páginas espelham a obra do escritor e jornalista Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922), um dos críticos mais severos da República Velha (1889-1930). Mulato e vítima de preconceito social, Lima Barreto foi um defensor vigoroso dos pobres, boêmios e arruinados. Dono de um texto coloquial e despojado com características realistas e naturalistas que recria tradições cômicas, carnavalescas e picarescas da cultura popular, o autor influenciou os escritores da Semana de Arte Moderna de 1922.
Ao retratar de forma contundente os acontecimentos relevantes do começo recente da vida republicana brasileira, Lima Barreto oferece ao leitor contemporâneo uma crítica muito atual do nacionalismo ingênuo e dos privilégios de classe no país.
Serviço:
Terminal Mercado fica na Avenida do Estado, 3350, Centro (ao lado do terminal Parque D. Pedro II); Terminal Santo Amaro, na Avenida Padre José Maria, 400 (ao lado da Estação Largo 13 – Linha 5 Lilás do Metrô); Terminal Pirituba, na Avenida Dr. Luís Felipe Pinel, 60 (ao lado da Estação Pirituba - Linha 7 Rubi da CPTM); e Terminal A. E. Carvalho, na Avenida Imperador, 1401, Itaquera.
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