Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa
CCJ promove Mês da Cultura Independente
Democratizando a produção e permitindo que os artistas tenham maior autonomia em relação ao próprio trabalho, a cultura independente cresce e atrai cada vez mais pessoas para o espírito do “faça-você-mesmo”, seja na música, nas artes plásticas, no cinema ou na literatura. Com o objetivo de apresentar alguns expoentes dessa produção, o Centro Cultural da Juventude, em parceria com a Revista Dynamite, promove a terceira edição do festival CCJ Independente.
Discutindo alternativas
“O evento surgiu não só para criar oportunidades, mas também para mostrar que existe um outro caminho. A nossa idéia não é determinar o que é independente, mas apontar as diversas possibilidades dentro dessa cultura”, explica a curadora do projeto, Karen Cunha. Algumas dessas alternativas são discutidas no debate Faça-você-mesmo, promovido pelo coletivo de artistas independentes, Sinfonia de Cães. “O encontro tem o objetivo de trocar experiências e divulgar como o pessoal vem se articulando para desenvolver suas ações”, explica Roger, integrante do coletivo, que realiza também oficinas de percussão e de fanzine.
A novidade deste ano é a realização da Semana Temática de Literatura Independente. Por meio de debates e encontros, o público entra em contato com essa forma de expressão e suas estratégias de criação, publicação e divulgação. As blogueiras Clarah Averbuck e Olívia Maia e o escritor criador da editora virtual Os Viralatas, Branco Leone, participam do debate Literatura e web, dia 11, às 18h. Como convidado do projeto Café Cultural, o escritor e roteirista Ferréz faz a palestra O que é literatura marginal?, dia 12, às 17h.
Shows integram a programação
Sem altos investimentos financeiros e sem se filiar a grandes gravadoras, inúmeras bandas saíram do anonimato e conseguiram produzir seus trabalhos, mostrando que o mercado da cultura independente no Brasil é bastante promissor. Representando diversos gêneros musicais, algumas dessas bandas integram a programação do festival.
Dia 5, a partir das 14h, apresentam-se o grupo de hip hop Elo da Corrente e o rapper Parteum, artista que se destaca pela inovação das batidas refinadas e rimas poéticas. O punk rock está presente com as participações de Rogério Skylab, dia 11, às 20h, e da banda Colisão Social, que divide o palco com outros nomes do gênero, dia 18, a partir das 14h. A música experimental conta com shows da Patife Band, uma das representantes do movimento revolucionário da música brasileira dos anos 80, conhecido como Vanguarda Paulista, e da dupla inglesa Hedluv & Passman.
Três festivais de música independente do Brasil têm representantes reunidos no Encontro Fusão: CCJ Independente x Coquetel Molotov x Goiânia Noise. O objetivo é promover um intercâmbio para troca de experiências e apresentações musicais. Na programação estão Julia Says, do Recife, que faz um mix de elementos eletrônicos; Pata de Elefante, do Rio Grande do Sul; e Luisa Mandou um Beijo, do Rio de Janeiro. Antes dos shows, ocorre um debate no qual cada participante fala da história de seu festival e suas contribuições para a cena independente brasileira.
Ska em evidência
A música originalmente vinda da Jamaica, conhecida como ska, tem programação especial dia 19. Uma das principais atrações é o baixista e produtor norte-americano Victor Rice que trabalhou com nomes como The
Slackers e tocou em grupos como o New York Ska-Jazz Ensemble. O músico participa da
palestra How To Play Ska, às 13h, falando da trajetória do gênero e suas formas de produção. Na seqüência, a partir das 14h30, apresentam-se, entre outras, a banda Firebug, uma das mais representativas do gênero no Brasil;
e os alemães do Jazzbo que, com seus dez anos de estrada, mostram um ska-jazz jamaicano típico da década de 1960. Intercalando as atividades, Babylon One (AKA Rev. Denis) e Jurassic (AKA Jurássico) promovem um Sound System (encontro de rua em que DJs se desafiam pelo melhor repertório).
Integrando a programação de cinema está o filme Sons de uma noite de verão: a retomada do ska no Brasil. Realizado pela Fuego Produções, o documentário conta com depoimentos de grupos como The Slackers e Desorden Público. Na área das artes plásticas, Heavy expõe 13 telas que estampam capas que produziu para discos de bandas de heavy metal da década de 1980.
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