Prefeitura de São Paulo

No Centro Esportivo localizado no Ibirapuera, são oferecidas aulas de futsal voltadas à pessoas com síndrome de Down. Essa modalidade tem como objetivo promover o desenvolvimento físico, mental e social dos participantes, com regras adaptadas que tornam o jogo mais cadenciado e com menor contato físico. 

As aulas de futsal acontecem nas seguintes datas e horários:
    •    Sexta-feira, das 15h30 às 16h30 – turma de iniciação e futsal feminino;
    •    Sexta-feira, das 16h30 às 17h30 – equipe principal.

Além disso, a equipe principal também treina aos sábados, das 8h às 10h, no CDC Fernando Romera Val.

As aulas de iniciação são destinadas àqueles que precisam ser introduzidos aos elementos do futsal, até alcançarem um nível em que possam jogar com os atletas mais experientes, no caso, os da seleção brasileira, que competem em campeonatos mundiais. No Centro Esportivo, existem duas fases de treinamento. O professor Júlio, de 30 anos, dá aulas na associação há mais de sete anos, tanto no futsal quanto na natação. Ele comenta sobre a importância do esporte para os alunos com síndrome de down:

“Além da qualidade de vida, que melhora bastante, há alunos que estão sedentários e acabam vindo praticar o esporte  e, com isso, se encontram. O esporte os tira da questão da depressão, os insere na sociedade e contribui para a inclusão, que é uma parte muito importante da vida deles.”
Ele também contou sobre como se sente dando aula para esses alunos:

“Cada dia eu aprendo mais com eles. Cada dia é uma vitória, um aprendizado, uma história nova. Estou super realizado e não consigo mais ficar sem eles. Acho que vou levar essa experiência para o resto da minha vida  trabalhar com eles é algo que me faz muito feliz.”

Outra professora que contribui nas aulas é Glauciene Veras, de 28 anos. Ela comanda a equipe feminina de futsal Down e conta:

“Hoje o Brasil é o primeiro país a ter uma seleção feminina. A nossa ideia é reunir o máximo de meninas para jogarem na seleção brasileira.”
Sobre o valor do esporte, ela destaca:

“A importância está muito mais em olharmos para eles como pessoas do que em focar na síndrome de Down. Eles praticam não só o futsal, mas também o atletismo e a ginástica.”

Glauciene também fala sobre a satisfação em trabalhar com os alunos:

“Quando eu digo que saio de casa para trabalhar, na verdade eu me divirto mais do que trabalho, porque é muito legal ver o desenvolvimento deles  não só como atletas, mas como pessoas.”

Ela explica que o projeto abrange todas as faixas etárias:

“Trabalhamos com todas as idades, desde a iniciação até o alto rendimento.”

Um dos alunos, Caio Batista, de 38 anos, compartilha sua experiência:

“Eu participo das aulas aqui na associação e também jogo na seleção brasileira. A gente treina e disputa o Mundial de Futsal Down.”

O trabalho desenvolvido pelos professores e atletas no Centro Esportivo segue crescendo, levando o nome do Brasil a competições internacionais e inspirando novas gerações a acreditarem no poder transformador do esporte inclusivo.

Texto e foto: Amanda Alves | amandavilasboas@prefeitura.sp.gov.br