Prefeitura de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Transportes e do Departamento de Transportes Públicos (DTP), juntamente com a Aliança Renault-Nissan, a AES Eletropaulo e a Associação das Empresas de Táxi da Frota do Município de São Paulo (Adetax), lança nesta terça-feira, 5 de junho, o programa piloto para veículos elétricos operarem como táxi na Cidade de São Paulo.

O programa tem como base um termo de cooperação firmado entre os órgãos participantes. Esse termo prevê a criação de um grupo técnico para acompanhamento do programa. Serão avaliados o consumo de energia, autonomia e desempenho do veículo e condições de abastecimento.

A primeira fase da operação começa nos próximos dias com dois táxis elétricos operando no ponto da Avenida Paulista com a Rua da Consolação, à disposição de qualquer pessoa que tiver interesse no serviço de transporte com emissão zero de poluentes. O serviço será tarifado como táxi comum.

Totalmente elétrico, o Nissan LEAF, modelo que será utilizado nos testes, é equipado com baterias de íon-lítio que proporcionam uma autonomia de 160 km. O modelo apresenta características de conforto e desempenho compatíveis com os demais veículos do sistema de táxis da Capital, mas sem a emissão de poluentes que contribuem para que o setor de transportes seja responsável por 70% da poluição de São Paulo.

A rede de recarga estará distribuída em sete pontos da Cidade, entre concessionárias Nissan e empresas de táxi. Durante os testes, a AES Eletropaulo irá monitorar o consumo de energia no postos de recarga para mapear a área para implantação de uma rede para esse tipo de veículos. Há dois tipos de recarregadores: os rápidos, nos quais os taxistas poderão fazer a recarga das baterias em até 30 minutos, e os caseiros, com os quais o veículo pode ser "reabastecido" em até 8 horas, durante a noite, período de menor consumo de energia pela população.

Os taxistas que vão dirigir os carros elétricos foram treinados pela Nissan do Brasil, dentro da parceria com a Secretaria Municipal de Transportes (SMT) e com o Sindicato das Empresas de Táxi do Estado de São Paulo (SINETAXI).

Na segunda etapa do projeto, prevista para ser iniciada a partir de outubro, serão acrescentados outros oito veículos, formando a primeira frota de táxis elétricos da cidade, ainda em caráter experimental.

Programa Ecofrota

O Programa Ecofrota, lançado em fevereiro de 2011, prevê a utilização progressiva de combustíveis limpos na frota de ônibus de São Paulo, em consonância com a Lei de Mudanças do Clima, que preconiza que todo o sistema de transporte público do Município deverá operar com combustível renovável até 2018. Em 2011, a Prefeitura investiu R$ 47,6 milhões na ampliação da frota que utiliza combustíveis menos poluentes. De fevereiro de 2011 a janeiro de 2012, houve uma redução de 13,9% nas emissões dos poluentes dos ônibus por conta do Programa Ecofrota.

Tecnologias utilizadas

Biodiesel: 1.200 ônibus são abastecidos com uma mistura de 20% de biodiesel de grãos ao diesel já utilizado na Cidade. A utilização do combustível B20 nesses veículos reduz em até 22% a emissão de material particulado, 13% de monóxido de carbono e 10% de hidrocarbonetos

Energia elétrica: A Prefeitura, por meio da SPTrans, vai renovar 140 dos 190 trólebus que circulam na cidade. 67 veículos novos já estão operando com poluição zero.

Diesel de cana: 160 ônibus abastecidos com 10% de diesel de cana estão circulando na Cidade. Os testes realizados anteriormente apresentaram uma redução de até 41% de fumaça preta, comparado com os veículos abastecidos com diesel B5.

Etanol: 60 veículos abastecidos com etanol operam com redução de emissão de material particulado, NOx e sem liberar enxofre no ar de São Paulo.

O restante da frota utiliza combustível B5 S50, ou seja, uma mistura de diesel de petróleo adicionado a 5% de biodiesel.

Coordenadoria de Comunicação - SMT

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