Secretaria Municipal da Saúde
Diagnóstico precoce e confiança ajudaram Fátima a vencer o câncer de mama
Fátima, à esquerda, com o grupo Soul Alegria, voluntários no HSPM, em foto registrada antes da pandemia (Foto: Arquivo Pessoal)
O diagnóstico precoce é um cuidado precioso no tratamento de qualquer doença. Com o câncer não é diferente: quanto mais cedo for descoberto, maiores são as chances de cura. A servidora Fátima Carmassi Nicoletti, 65 anos, é a prova disso. Assistente de gestão de políticas públicas (AGPP) do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), ela relembra a importância do diagnóstico precoce e também destaca o suporte de especialistas e o apoio de familiares e amigos para superar um câncer de mama.
Em 2014, após exames de rotina feitos no HSPM identificarem a presença de um nódulo maligno na mama direita, Fátima se viu diante de um dos maiores desafios de sua vida, mas não se intimidou. A servidora realizou sessões de quimioterapia e acompanhamento clínico e oncológico no próprio hospital. O tratamento de radioterapia foi feito uma unidade de saúde parceira.
Fátima conta que foi acolhida por sua família e colegas de trabalho. Mãe de Fábio e Flávio, se recorda com emoção da frase dita pelo filho caçula ao ser comunicado sobre a doença. “Ele me disse: ‘mãe, você não precisa ter medo do câncer, é o câncer que precisa ter medo de você’.”
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Para ela, ter se mantido confiante durante todo o processo foi determinante para sua cura. “Mantive minha confiança, alegria e fé. Isso fez toda a diferença.”
Além do amparo das pessoas que ama, ela atribui sua força à herança de seus antepassados. Descendente de avós maternos lituanos, que buscaram refúgio no Brasil durante a 2° Guerra Mundial, possui no histórico familiar a determinação para vencer as adversidades. Sem falar o idioma, seus avós vieram para o país com seus filhos ainda pequenos (sua mãe e um tio), enfrentaram o desconhecido e superaram muitos obstáculos até conseguirem se estabelecer.
Trabalho como terapia
Fátima afirma que seu trabalho também foi fundamental em seu processo de cura. A servidora iniciou suas atividades no HSPM em 1998, no atendimento do guichê de ortopedia. Atuou também nos setores de clínica médica, laboratório, superintendência e outros, mas foi no programa de voluntariado e humanização, em 2001, que encontrou sua verdadeira vocação. Em 2013, um ano antes do diagnóstico de câncer, assumiu a coordenação da área em que permanece até hoje.
Participou ativamente da implantação de diversos projetos na unidade, como a Brinquedoteca Hospitalar Betinho (Herbert José de Souza), o programa Música no Hospital e o Voluntários à beira do leito, que promove conversas descontraídas para pacientes internados, entre outros.
“Como paciente pude sentir na pele o que é estar internada e também o quanto é bom receber carinho por meio de visitas e ações de humanização, que colaboram para diminuir o sofrimento e trauma causado pelo processo”, diz ela, que durante seu tratamento recebeu doação de lenços e uma peruca dos programas de voluntariado implantados no HSPM.
Após vencer a doença, Fátima passou a dar ainda mais valor à vida. “Depois do câncer aprendi a correr mais atrás dos meus sonhos”, afirma. Um deles foi um cruzeiro que a levou a Salvador, Búzios e Ilha Bela, no Brasil, e a Punta del Leste e Montevidéu, no Uruguai, e Buenos Aires, na Argentina.
Fora do HSPM, os papéis que ocupa com mais orgulho são os de dona de casa, esposa, mãe, sogra e avó de duas meninas e um menino. Ela se define como uma pessoa alegre, que gosta de cantar, ama o sol e o mar. Para aliviar o estresse, gosta de passear em shoppings e ver vitrines.
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