Secretaria Municipal da Saúde
SUS 35 anos: Capital entrega saúde em grandes números

Profissional realiza exame de ressonância magnética no Hospital Municipal do Campo Limpo (Foto: Acervo/SMS)
Promover saúde e prover assistência a uma população SUS dependente estimada em mais de 7 milhões de pessoas, em uma cidade com 1.521 quilômetros quadrados, com enormes distâncias e diferenças, é um desafio de grandes proporções, encarado todos os dias pelos cerca de 121 mil profissionais que compõem o Sistema Único de Saúde do município de São Paulo.
Neste território, onde vivem mais de 12 milhões de pessoas, a rede municipal de saúde está estruturada em 1.056 equipamentos voltados à atenção primária, atenção especializada e hospitalar, entre eles 479 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), a porta de entrada do SUS, além de 103 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), 34 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), 27 Hospitais Municipais de nível secundário e terciário responsáveis pelos atendimentos mais complexos, e 17 Hospitais Dia (HDs) que realizam consultas, exames e cirurgias de pequeno e médio porte, entre outros serviços.
Em 2016, o município contava com apenas 451 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Hoje são 479 UBSs e 34 UPAs. Ao todo, nos últimos quatro anos, foram entregues 100 equipamentos, entre novos e novas instalações. Até o fim do governo, em 2028, a meta é entregar ainda 25 UBSs e 15 UPAs, sendo que, destas, três já foram entregues neste ano. São quase 200 obras em fase de construção, reforma ou requalificação neste momento, incluindo 13 hospitais municipais que, nos próximos anos, agregarão mais 1.500 leitos à rede hospitalar da capital.
“Nos últimos anos protagonizamos uma revolução na saúde pública da capital, por meio de parcerias estratégicas que permitiram a expansão da rede, a requalificação de equipamentos; investimentos em tecnologia e qualificação dos trabalhadores; a experiência do munícipe na rede municipal hoje está muito além daquela de uma década atrás, em todos os aspectos”, afirma o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco. “Somos mais de 122 mil pessoas trabalhando para garantir que os princípios da universalidade, integralidade e equidade que norteiam o SUS sejam aplicados, todos os dias, de forma humanizada, além da construção de iniciativas inovadoras que impactam diretamente a vida das pessoas”, enfatiza.
Atenção primária
Somente nas 479 UBS, que funcionam como a porta de entrada para a Rede de Atenção à Saúde (RAS), foram realizados 92 milhões de atendimentos em 2024. Nestes equipamentos atuam mais de 27 mil trabalhadores, incluindo 1.719 equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), nas quais, por sua vez, entre outros profissionais, trabalham mais de 9 mil agentes comunitários de saúde (ACSs), que acompanham as famílias ao longo do tempo, reforçando a longitudinalidade do atendimento e o vínculo com a comunidade.
Ainda na atenção primária, a saúde bucal ganhou destaque nos últimos anos; em 2024, foram mais de 2 milhões de consultas, viabilizadas pela ampliação do número de consultórios e equipes nas UBSs; hoje são 984 equipes, presentes em 444 UBSs, 31 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) e 2 Centros de Cuidados Odontológicos (CCOs). Além de avaliação e tratamento, as equipes de saúde bucal realizaram a instalação de 119 mil próteses dentárias em 2024.
Também nas UBSs está a maior parte das 681 farmácias da rede municipal, que em 2024 entregaram a 31,9 milhões de pacientes usuários do serviço um total de 2,8 bilhões de unidades de medicamentos. Outro número superlativo foi o de fraldas entregues por meio do programa Fralda em Casa, operacionalizado pelos Correios, que mensalmente distribui 5,8 milhões de fraldas nas residências dos pacientes cadastrados e aptos para o programa, cerca de 49 mil em toda a capital.
As UBSs também foram protagonistas do maior programa de certificação de qualidade em atenção básica do mundo, com a acreditação de 368 unidades no nível 1 da Organização Nacional de Acreditação (ONA) de 2023 a 2025, o que impacta diretamente na qualidade dos serviços prestados e segurança do paciente.
A promoção da saúde é outra preocupação na atenção primária, envolvendo múltiplas iniciativas, entre elas as práticas integrativas e complementares em saúde (Pics), que envolvem saberes e terapias da medicina tradicional, como acupuntura, auriculoterapia e práticas corporais chinesas; hoje, praticamente 100% das UBSs ofertam algum tipo de Pics, além de 6 Centros de Referência em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (CRPics). Em 2024, foram realizadas mais de 680 mil sessões coletivas e individuais nestes equipamentos.
Especialidades
Já o atendimento em especialidades, uma das grandes demandas da população, acontece em 96 equipamentos: 13 Ambulatórios de Especialidades (AE), 13 Assistências Médicas Ambulatoriais de Especialidades (AMAs-E), 17 Hospitais Dia e serviços diferenciados e pioneiros como os 2 Centros de Exames da Mulher (Leste e Sul), o Centro de Cuidados Continuados Integrados (CCI Leste), os 6 Centros de Referência de Dor Crônica (CR Dor), além de 14 Serviços de Referência de Mama (SRM) e 29 Polos de Curativos.
Nos 17 HDs, dos quais 12 funcionam 24h, são realizadas em média 40 mil cirurgias por ano, além de cerca de dois milhões de exames. Além disso, iniciativas como o mutirão de pequenas cirurgias, realizado nestes hospitais ao longo dos 100 primeiros dias de 2025, contribuíram para agilizar a realização dos procedimentos cirúrgicos de baixa complexidade.
Outra frente cada vez mais importante para o atendimento em especialidades tem sido a teleassistência, por meio de recursos como a teleconsulta, na qual o paciente vai à sua UBS de referência e, em uma sala especial, com o suporte de um profissional de enfermagem, passa por consulta com um especialista online, e a teleinterconsulta, na qual, durante consulta com o clínico geral, este recebe o suporte online de um especialista. Intensificada a partir de 2023, com a ampliação do número de equipamentos e especialidades, a teleassistência supera 2 milhões de atendimentos na capital.
Saúde digital
Para além da teleassistência, outro grande trunfo tecnológico é o app e-saúdeSP, a plataforma da Saúde paulistana. Lançado em julho de 2020, o app foi criado durante o período da pandemia de Covid-19 para que os paulistanos passassem por avaliação médica por videochamada, sem a necessidade de ir até as unidades de saúde. Hoje, porém, as funcionalidades da plataforma se multiplicaram e permitem a integração dos dados clínicos, laudos de exames e informações sobre as vacinas, reunindo todo o histórico do paciente no SUS da capital.
O e-saúdeSP conta hoje com 4,5 milhões de usuários cadastrados e 4 milhões de atendimentos no Pronto Saúde, a funcionalidade que possibilita a realização de consultas online no app. Outra funcionalidade, o Modera SP, voltado à prevenção do consumo abusivo de álcool, já conta com mais de 78 mil usuários.
Estes investimentos e melhorias têm sido reconhecidos pela população, que nos últimos cinco anos elegeu o SUS como o melhor serviço público da capital na pesquisa "O Melhor de São Paulo", realizada pelo Instituto Datafolha.
A efetividade das UPAs da capital também foi reconhecida. Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre 16 e 21 de julho de 2025, identificou 74% de aprovação pela população.
Imagens de apoio: https://drive.google.com/drive/u/0/folders/12V1cXYupuEqwh63dgzGLXUPgnV6DLJXj
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