Prefeitura de São Paulo

Na última sexta-feira (24), a praça cívica Ulisses Guimarães, no parque Dom Pedro II, recebeu a tradicional festa boliviana “Alasitas”, organizada pela comunidade e pela Coordenação de Imigrantes da Secretaria de Direitos Humanos. Na festa, que homenageia o deus Ekeko, (Deus da Abundãncia), as “alasitas”, palavra indígena que significa miniaturas, são compradas e benzidas com fumaça de incenso pelos yatiris, que são os sacerdotes indígenas da comunidade. As alasitas representam tudo o que eles desejam ter; carros, casas e dinheiro.

Durante o evento, o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sotilli, anunciou a inclusão da festa no Calendário Oficial do Município, ressaltando a importância da comunidade da Bolívia em São Paulo. O secretário também afirmou que a gestão atual está comprometida com a luta pela cidadania do povo boliviano e de todas as comunidades estrangeiras que adotam a capital paulista para viver.

"Passamos da repressão ao apoio total. Há dois anos, fomos reprimidos na Rua Coimbra e hoje temos o apoio do atual governo municipal", declarou o boliviano Luiz Vasquez, organizador da edição 2014 da festa.

Além do artesanato, o evento traz comidas típicas da Bolívia, como o prato paceño (original de La Paz) e a chicha. O paceño é feito de milho (o choclo, de grãos grandes), carne, queijo frito e favas cozidas (vagem). Já a chicha é uma bebida fermentada, que pode ser alcoólica ou não, com variações de ingredientes, sendo um deles o amendoim. O nome “chica” homenageia o estado boliviano que tem o mesmo nome, onde a população tem o costume de consumir a bebida.

Desde 1999, a festa é comemorada pelos bolivianos em diferentes locais da cidade. Em 2013, a Rua Coimbra, na Mooca, reuniu cerca de 30 mil pessoas.