Prefeitura de São Paulo

A Subprefeitura do Butantã é uma das 32 subprefeituras distribuídas pela cidade de São Paulo e é encarregada pela manutenção de cinco distritos: Butantã, Morumbi, Vila Sônia, Raposo Tavares e Rio Pequeno.

Localizados na Bacia do Pirajussara, uma área hidrográfica com cerca de 72km², a região da Subprefeitura do Butantã, no século XVIII, era cortada por diversos caminhos que tinham como objetivo servir de rota para a circulação do comércio destinado ao consumo interno. Até o ano de 1901, o ano em que o Instituto Butantan foi reconhecido como uma instituição autônoma, a região do Butantã manteve a sua característica rural. Entretanto, graças a influência do instituto, que inicialmente tinha o propósito de desenvolver soros contra a peste bubônica, a região deu um salto a urbanização.

Enfim, no ano de 1915, parte dos sítios e fazendas já tinham sido vendidos para empreendimentos imobiliários. E na segunda metade do século XX, a ocupação territorial alcançou áreas em torno dos eixos rodoviários da Raposo Tavares e da Regis Bittencourt. 

DISTRITO DO BUTANTà

O Distrito do Butantã tem suas origens relacionadas à fundação do Instituto Serumterápico, atual Instituto Butantan. O distrito, cujo nome significa “terra socada e muito dura” ou “lugar de vento forte” em tupi-guarani, recebeu essa denominação por causa de uma fazenda que existia no local antes de sua aquisição pelo governo estadual, em 1898. A compra do terreno tinha como objetivo a instalação de laboratórios para pesquisas de doenças contagiosas.

DISTRITO MORUMBI

No início do século XIX, John Rudge, um empreendedor inglês, chegou ao Brasil junto à frota de D. João VI, em fuga das tropas napoleônicas. Rudge foi o introdutor do chá-da-índia no país, e uma das narrativas mais aceitas afirma que o rei português, apreciador da bebida, concedeu ao inglês terras na área do atual bairro do Morumbi para que ele iniciasse sua plantação.

A urbanização começou a acontecer no distrito do Morumbi em 1948 a partir da divisão das terras de John Rudge em lotes destinados a residências de alto padrão. O desenvolvimento foi impulsionado graças a inauguração do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o MorumBis, em 1970 e pela transferência da sede do governo do estado para o Palácio dos Bandeirantes em 1964. 

DISTRITO DO RIO PEQUENO

Até o início do século XX o Distrito do Rio Pequeno, nome dado graças ao córrego que atravessa a região, era predominantemente rural. Essa característica começou a desaparecer a partir de 1960, dado o início das obras da Cidade Universitária da USP, fato que atraiu muitos trabalhadores de olarias e pedreiras para a região. Atualmente o bairro se tornou um símbolo do contraste de renda, tendo condomínios de luxo, como o Parque dos Príncipes, dividindo o espaço com comunidades, como a São Remo e o Sapé.  

DISTRITO DA VILA SÔNIA

A antiga Vila Japonesa pertencia ao médico Antonio Bueno e a Joaquim Manuel da Fonseca, e recebeu o nome Sônia em homenagem a uma das filhas de Bueno. A região, que surgiu do loteamento da Fazenda Morumbi, demorou para ser urbanizada e foi apenas na década de 60, com a construção do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, que passou a se desenvolver de forma mais intensa. O bairro é marcado pela combinação de ser residencial e tranquilo com a conveniência de uma boa infraestrutura de comércio, serviços e lazer.

DISTRITO DA RAPOSO TAVARES

O Distrito Raposo Tavares é situado no limite oeste do município de São Paulo. A região começou a se desenvolver em 1970, a partir do loteamento da área e apesar de ser cortada pela Rodovia Raposo Tavares, o distrito era considerado remota e de difícil acesso. O bairro cresceu de forma significativa apenas nas décadas de 80 e 90, período marcado pelo aumento populacional e pelo surgimento de condomínios verticais e comunidades. De acordo com o Censo de Densidade Demográfico de 2022, realizado pelo IBGE, o Distrito da Raposo Tavares é lar de mais de 117 mil habitantes