Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa
Dia Nacional do Rap: literatura e rimas se encontram na BiblioSP Digital

São Paulo, 7 de agosto de 2025 – A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa e da Coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas, celebra o Dia Nacional do Rap, com uma curadoria especial de obras disponíveis na BiblioSP Digital. Todos os livros estão disponíveis gratuitamente na plataforma e com opção de acessibilidade.
A data, instituída para reconhecer a importância do gênero musical no cenário brasileiro, é marcada pela divulgação de títulos que registram sua história, apresentam biografias de artistas, analisam suas letras e examinam sua presença na cultura contemporânea. Por meio das obras selecionadas, leitores podem explorar desde os primeiros registros e influências até produções recentes, compreendendo como o gênero se consolidou no cenário musical e cultural nacional.
Entre os destaques da seleção está o “Sobrevivendo ao Inferno”, publicação que transpõe para o universo literário o álbum homônimo lançado pelo grupo Racionais MC’s em 1997. O livro reúne as letras originais das músicas, acompanhadas de notas explicativas e contextualizações históricas que permitem compreender o impacto cultural e a relevância do disco no cenário musical brasileiro. A edição também inclui informações sobre a trajetória do grupo, bastidores das composições e referências que influenciaram a produção do álbum, oferecendo um panorama detalhado de sua criação. Disponível para leitura online na BiblioSP Digital, a obra está presente em 46 Bibliotecas Públicas Municipais de São Paulo, garantindo acesso gratuito e ampliado para pesquisadores, estudantes e interessados em conhecer de forma aprofundada um marco da música brasileira.
Outra obra sobre o grupo é o “Racionais MC’s: Entre o Gatilho e a Tempestade”, de Acauam Oliveira, que analisa de forma minuciosa a produção artística dos Racionais MC’s e sua inserção no cenário musical brasileiro. O livro investiga as letras, referências e escolhas estéticas do grupo, examinando o diálogo que estabelecem com a história do rap, a música popular e a literatura.
O livro “Rap e política: percepções da vida social brasileira”, de Roberto Camargos, traz uma análise aprofundada das vivências sociais, culturais e políticas de quem produz e vivencia o rap no cotidiano. Nesta obra de estreia, Camargos se debruça sobre mais de 10 mil composições brasileiras, produzidas desde a década de 1990 até os dias atuais, para apresentar ao leitor um panorama do rap nacional como um universo em expansão, marcado pelo intenso diálogo entre música e vida social. Apesar da diversidade temática, as composições compartilham uma origem comum: as experiências históricas e sociais de uma comunidade musical ainda hoje marginalizada.
“Se liga no som: as transformações do rap no Brasil”, de Ricardo Teperman, apresenta uma introdução à história do rap e à sua incorporação no cenário musical brasileiro. A obra aborda temas como racismo, desigualdade social, batalhas de rua, atuação dos rappers no mercado e a relação com a indústria fonográfica, mostrando como artistas de diferentes posturas do enfrentamento à conciliação revelam questões centrais da sociedade. Longe de oferecer respostas definitivas, o livro propõe reflexões e questionamentos sobre essa forma de expressão em constante transformação.
Por fim, “O que o rap diz e a escola contradiz: um estudo sobre a arte de rua e a formação da juventude na periferia de São Paulo”, de Mônica G. T. do Amaral, resulta de uma pesquisa iniciada a partir do contato com jovens lideranças do Real Parque, atuantes como estagiárias na ONG Casulo. O estudo acompanha suas experiências, expectativas e conflitos entre as diretrizes institucionais e as demandas da comunidade. Entre as prioridades apontadas pelos jovens estavam expressões culturais como break, grafite, rap, além de manifestações nordestinas como capoeira e maracatu, refletindo a origem de muitas famílias da região. A obra examina como esses elementos se conectam à construção de uma estética própria e à busca por reconhecimento cultural e representatividade.
BiblioSP apresenta mais de 17 mil títulos gratuitos
As obras selecionadas representam apenas uma parte do amplo acervo disponível na BiblioSP Digital, que reúne títulos desde ficção a não-ficção, além de materiais de audiovisual e um campo de pesquisa para a procura de livros físicos nas mais de 110 bibliotecas de bairro e dos CEUs.
Podendo ser lido diretamente pela plataforma, o BiblioSP permite que a leitura seja descentralizada, desburocratizada e acessível, para que qualquer pessoa leia diretamente em seu celular, tablet ou computador, seja no conforto de casa, no intervalo do trabalho ou até mesmo no transporte público.
A programação completa das bibliotecas de bairro e dos bosques e pontos de leitura, além de outras novidades e avisos, você encontra no site da CSMB e em nossa redes social. Informações gerais estão disponíveis nas redes sociais e no site da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Consulte online os acervos da biblioteca da cidade aqui
Sobre a Coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas (CSMB)
A Coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas (CSMB) é um núcleo filiado à Secretaria de Cultura e Economia Criativa da cidade de São Paulo, responsável direta pela administração de 84 equipamentos culturais ao redor da cidade, incluindo 54 bibliotecas de bairro - além da Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato e as bibliotecas Jayme Cortez e José Paulo Paes dentro dos Centros Culturais da Juventude e Penha, respectivamente - e 29 Serviços de Extensão estabelecidas em praças e parques por meio dos Pontos e Bosques de Leitura. Tendo origem desde a década de 30 como Divisão de Bibliotecas do Departamento de Cultura e reajustada como CSMB desde 2007, tem como objetivo integrar todas as bibliotecas públicas municipais e tornar mais eficiente o desenvolvimento de suas políticas, serviços e estrutura informacional. A fim de promover iniciativas que atendam às necessidades de prover amplo acesso à informação, cultura, leitura e produção de conhecimento, a Coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas promove em seus espaços cursos, oficinas e atrações artísticas mensais e gratuitas para todos os públicos - por meio de programas como “Biblioteca Viva”, “Feira de Trocas de Livros”, “Pegue, Leve e Leia”, “Bibliotecas Temáticas” - e o primeiro serviço de streaming gratuito de leitura - o BiblioSP, que conta com mais de 17 mil livros para leitura online e download.
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