Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa

Quarta-feira, 24 de Setembro de 2025 | Horário: 17:46
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Mais de 20 mil itens acessíveis de acervo e 107 Óculos-Scanner Orcam MyEye: Bibliotecas Públicas Municipais oferecem inclusão de ponta

A tecnologia assistiva, acervos adaptados e ações culturais tornam as bibliotecas públicas municipais de São Paulo referência em acessibilidade e cidadania

São Paulo, setembro de 2025 – A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa e da Coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas, apresenta as ações de inclusão e acessibilidade realizadas nas bibliotecas públicas municipais da pasta, em consciência ao mês da acessibilidade e à importância e obrigatoriedade garantida por lei da inclusão de PCDs à democratização cultural e ao direito de ir e vir.

As bibliotecas públicas municipais de São Paulo vêm se consolidando como espaços de inclusão, acessibilidade e cidadania. Com iniciativas que envolvem tecnologia assistiva, acervos adaptados, infraestrutura acessível e programação cultural inclusiva, esses equipamentos culturais estão cada vez mais preparados para atender pessoas com diferentes tipos de condição.

 

Óculos inteligente para pessoas com deficiência visual

Para o público com deficiência visual, o destaque vai para os 107 óculos-scanner Orcam MyEye2, que permitem a leitura autônoma de textos impressos. Com esse dispositivo, qualquer material do acervo, livros, revistas, gibis e jornais podem ser acessados por pessoas cegas ou com baixa visão, até mesmo para munícipes com déficit de atenção e dislexia.

Todas as 54 bibliotecas de bairro possuem um modelo do óculos inteligente, que pode ser requisitado a qualquer momento no balcão de atendimento do espaço. Desenvolvido pela “Mais Autonomia Tecnologia Assistiva”, o equipamento pode ser aplicado em placas de rua, mensagens do celular e placas de sinalização. Trata-se de uma pequena câmera inteligente que, acoplada nas hastes de qualquer par de óculos, escaneia e lê instantaneamente textos em português e inglês.

 

Central de Intermediação de Libras para deficientes auditivos

Para o público com deficiência auditiva, todas as bibliotecas oferecem o serviço da Central de Intermediação em Libras (CIL), que permite atendimento mediado por intérpretes. A programação cultural também conta com tradução em Libras, promovendo o acesso a eventos e atividades.

 

Bibliotecas apresentam acervos dedicados e infraestrutura acessível

O acervo acessível das Bibliotecas conta com quase 21 mil itens, entre eles 1.255 audiolivros, 10.914 livros falados, 8.704 livros em braille e livros digitais com narração por inteligência artificial.

Seis bibliotecas funcionam como pólos regionais de acervo braille, oferecendo empréstimos especializados e envio gratuito por cecograma (remessa postal sem custo), ampliando o alcance da leitura. São elas: Álvares de Azevedo, Brito Broca, Mário Schenberg, Paulo Setúbal, Prefeito Prestes Maia e Vicente Paulo Guimarães.

Além dos recursos tecnológicos, há uma capacitação dos bibliotecários e demais funcionários para o atendimento qualificado e acolhedor às pessoas com deficiência, seja ela física, mental ou intelectual. Os treinamentos especializados visam garantir que todos os frequentadores sejam atendidos com empatia e respeito às suas necessidades.

A acessibilidade arquitetônica também tem avançado significativamente, com rampas, banheiros adaptados, piso tátil e balcões de atendimento com altura adequada.

 

Acessibilidade Digital

No campo digital, a plataforma BiblioSP Digital disponibiliza mais de 17 mil títulos com recursos de leitura em voz alta, ajustes de fonte, contraste, espaçamento e cor de fundo, além de audiolivros e um menu específico de acessibilidade. O site do Sistema Municipal de Bibliotecas também é acessível, com audiodescrição e tradução automática para Libras, por meio do aplicativo Hand Talk, garantindo navegação inclusiva para pessoas cegas e surdas.

Algumas bibliotecas contam ainda com salas de computadores e telecentros, que oferecem acesso gratuito à internet e recursos digitais, ampliando as possibilidades de inclusão digital para pessoas com deficiência.

 

Programação Inclusiva pelo Biblioteca Viva

Com centenas de atividades culturais que acontecem mensalmente nas Bibliotecas Públicas Municipais, as bibliotecas reafirmam seus espaços como polos culturais, com programação acessível fazendo parte de forma fixa.

Por exemplo, na Biblioteca Nuto Sant’Anna, em Santana, zona norte de São Paulo, realiza-se um clube de leitura “Página 21”, voltado especialmente a pessoas com síndrome de Down todas as quintas-feiras, às 15h30, promovendo momentos de troca e valorização da diversidade, integração social e estímulo criativo, cultural e lógico.

O programa BebeLêtecas, voltado à primeira infância, é outro caso assertivo de inclusão, com livros táteis e contratação de programação acessível em libras e/ou com audiodescrição. A contação “Engatinhando com as histórias”, da companhia SImbora! Educação, Cultura, Leitura, Literatura e Brincar, que circula as bibliotecas desde agosto, usa, entre os livros para a atividade, livros em braille para crianças com deficiência visual.

Em setembro, “Histórias de um Abraçamento”, da Cia Arte Raiz, levou - e ainda leva - histórias que narram sobre a importância da inclusão da Pessoa com Deficiência em oito bibliotecas públicas municipais diferentes, entre os dias 17 e 30, se preocupando também em promovê-la, já que a contação de história é acessível em Libras. Em outubro, “Sinta, livro e música na biblioteca”, da Borbolina Cia, a companhia leva a mais oito bibliotecas da cidade uma intervenção artística cheia de literatura, música e cenas teatrais da obra ”Sinta o cheiro do mar”, de Stella Tobar, vencedora do Prêmio APCA 2024 de ‘Melhor Monólogo para Crianças’.

Vale destacar, por fim, como programações inclusivas gerais nas Bibliotecas Públicas Municipais, as oficinas de memória para terceira idade todas as segundas às 09h45 na Lenyra Fraccaroli e todas as quartas às 14h na Alceu Amoroso Lima; e as oficinas de segunda, terça, quinta e sexta da Viriato Corrêa, em parceria com o Instituto Pinheiro, voltados ao público idoso, incluindo inglês e espanhol, criatividade e redes sociais.

 

A programação completa das bibliotecas de bairro e dos bosques e pontos de leitura, além de outras novidades e avisos, você encontra no site da CSMB e em nossa redes social. Informações gerais estão disponíveis nas redes sociais e no site da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Consulte online os acervos da biblioteca da cidade aqui

 

Sobre a Coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas (CSMB)

A Coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas (CSMB) é um núcleo filiado à Secretaria de Cultura e Economia Criativa da cidade de São Paulo, responsável direta pela administração de 84 equipamentos culturais ao redor da cidade, incluindo 54 bibliotecas de bairro - além da Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato e as bibliotecas Jayme Cortez e José Paulo Paes dentro dos Centros Culturais da Juventude e Penha, respectivamente - e 29 Serviços de Extensão estabelecidas em praças e parques por meio dos Pontos e Bosques de Leitura. Tendo origem desde a década de 30 como Divisão de Bibliotecas do Departamento de Cultura e reajustada como CSMB desde 2007, tem como objetivo integrar todas as bibliotecas públicas municipais e tornar mais eficiente o desenvolvimento de suas políticas, serviços e estrutura informacional. A fim de promover iniciativas que atendam às necessidades de prover amplo acesso à informação, cultura, leitura e produção de conhecimento, a Coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas promove em seus espaços cursos, oficinas e atrações artísticas mensais e gratuitas para todos os públicos - por meio de programas como “Biblioteca Viva”, “Feira de Trocas de Livros”, “Pegue, Leve e Leia”, “Bibliotecas Temáticas” - e o primeiro serviço de streaming gratuito de leitura - o BiblioSP, que conta com mais de 17 mil livros para leitura online e download.

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