Prefeitura de São Paulo

São Paulo, outubro de 2025 – A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, celebra em outubro os 90 anos do Sistema Municipal de Bibliotecas com o evento “Que Biblioteca Queremos?”, uma programação especial que propõe refletir sobre a história, a memória e o futuro das bibliotecas públicas da cidade. Reunindo bibliotecários, educadores, gestores culturais e leitores, a celebração acontece nos dias 24 e 25 de outubro, com atividades que convidam à escuta, à troca de experiências e à construção coletiva de novos caminhos para o livro, a leitura e o conhecimento.

A programação principal acontece no dia 24 de outubro, na Sala Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo, das 10h às 17h, com mesas que abordam temas essenciais para o presente e o futuro da leitura, cuja participação é livre e gratuita, por meio deste link. A abertura “Memória, identidade e futuro” reúne Pierre Ruprecht (SP Leituras) e André Vieira Araújo (UFPR), com mediação de Beth Pedrosa, para discutir a trajetória das bibliotecas e seus desafios contemporâneos.

Na sequência, a mesa “Entre Páginas, Pixels e Traços: a leitura em suas múltiplas linguagens” reflete sobre as novas formas de leitura e suas interfaces com o digital e o visual, com Rebeca Lins, Camila Cabete (Árvore Livros), Luísa Setton (Vaga-Lume) e Letícia Castro (Editora Veneta). O dia se encerra com “Juventudes e leitura”, encontro que propõe pensar as novas gerações como protagonistas da cultura leitora, com Neide Almeida e Juliana Marques, sob mediação de Alessandra Atti.

O encerramento da celebração acontece no dia 25 de outubro, em todas as bibliotecas da rede, com uma grande ação coletiva: 90 minutos de leitura simultânea, simbolizando o vínculo entre passado, presente e futuro da rede pública de bibliotecas da capital.

Mais do que um marco histórico, o aniversário de nove décadas é um convite para discutir o papel das bibliotecas na formação de leitores, na construção da cidadania e na vida cultural de São Paulo. O evento reforça as bibliotecas como espaços vivos de convivência, criação e transformação social — locais onde as histórias e as vozes da cidade se encontram e se reinventam.

90 anos do Sistema Municipal de Bibliotecas

Com uma trajetória iniciada em 1935, o Sistema Municipal de Bibliotecas de São Paulo é hoje composto por 83 unidades espalhadas pela cidade — espaços que acolhem, inspiram e conectam pessoas por meio da literatura, da memória e da imaginação. Aos 90 anos, o Sistema reafirma seu compromisso com a democratização do acesso à leitura e o fortalecimento das bibliotecas como pilares da cultura e da cidadania.

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Escrito por: Enzo Sapio

Serviço:

Que Biblioteca Queremos? - 90 anos do Sistema Municipal de Bibliotecas

Quando: 24 de outubro, das 10h às 17h

Local: Sala Jardel Filho - Centro Cultural São Paulo - R. Vergueiro, 1000 - Liberdade.

Classificação: Livre - Adultos

Ingressos: Gratuitos - Inscrição obrigatória pelo formulário.

Programação:

Memória, identidade e futuro - Com Pierre Ruprecht e André Araújo
Mediação: Beth Pedrosa
Horário: 11h - 12h

Pierre Ruprecht - é graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Foi professor de metodologia da pesquisa em comunicação, atuou na área de multimeios e formação, foi coordenador geral da assessoria da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e dirigente de planejamento em empresas e projetos na área cultural. Desde 2011, atua como diretor executivo da SP Leituras, organização social focada em leitura, bibliotecas, cultura e conhecimento. A instituição é responsável pela gestão, para a Secretaria da Cultura, Economia e Indústrias Criativas do Estado de São Paulo, da Biblioteca de São Paulo (BSP), da Biblioteca Parque Villa-Lobos (BVL), da BibliON – a biblioteca digital gratuita de São Paulo – e do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (SisEB). A revitalização e gestão da biblioteca corporativa da SABESP também estão sob a responsabilidade da SP Leituras. Ruprecht foi finalista em 2019 e 2020 do Prêmio Governador do Estado de São Paulo para as Artes, na categoria Livro, Leitura e Bibliotecas.

André Vieira Araújo - Doutor em Ciência da Informação pela ECA-USP, com período sanduíche na Università di Bologna (UNIBO). Mestre em História Social pela FFLCH-USP. Bacharel em Biblioteconomia e Documentação pela FFC-UNESP. Professor do Departamento de Ciência e Gestão da Informação (DECIGI) e do Programa de Pós-Graduação em Gestão da Informação (PPGGI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). É um dos idealizadores e organizadores do seminário internacional e itinerante A Arte da Bibliografia. Atua nas áreas da Bibliografia, Organização do Conhecimento, Patrimônio e Memória, História do Livro e das Bibliotecas, Gestão de Documentos e Preservação Documental.

Juventudes e leitura - Com Neide Almeida e Juliana Marques
Mediação: Alessandra Atti
Horário: 13h30 - 14h30

Neide Almeida - Escritora, poeta, educadora e gestora cultural. Socióloga, mestre em Linguística Aplicada e Especialista em Gestão Cultural Contemporânea. Pesquisadora independente na área de literatura. Atua como docente, pesquisadora e consultora na área de leitura, literatura e relações étnico-raciais. Autora de diversos materiais de referência na área de leitura e de literatura. Atualmente, pela Fio.de.Contas Consultoria, realiza ações e eventos, entre eles os Projetos “Literatura à flor da pele” e “Gira de leitura”. Coordena a Coleção Insurgências, Editora Jandaíra, é colaboradora da Revista Emília e integra o Conselho Gestor do Instituto Emília. Desde 2023 faz a curadoria e a mediação dos encontros do Clube de Leitura Poesia Biblion, SP Leituras, SiSeb.. Participou do Grupo de Discussão do PMLLLB de São Paulo; integra o GT de Governança do PELLLB – SP. De 2013 a julho de 2019 coordenou o Núcleo de Educação do Museu Afro Brasil.. Como consultora concebeu e conduziu o curso “Escrita à flor da Pele”, Projeto Espaço Potencial de Vida, Capulanas Cia de Arte Negra.

É autora: da plaquete “Travessias & outros movimentos”, 2025 (no prelo); dos livros “De cabeça feita” , Editora Quelônio (2024); “Nós: 20 poemas e uma Oferenda”, pela Ciclo Contínuo Editorial (2018); da zine “Nambuê”, pela MoriZines (2017). Tem publicado poemas e crônicas em revistas, como a Philos, a Gueto, Kalango e a Revista Emília. Participa de antologias, entre elas “Um girassol nos teus cabelos: poemas para Marielle Franco”, organizado pelo Mulherio das Letras e publicado pela Quintal Edições (2018), e “Nossos poemas conjuram e gritam”, organizada por Lubi Prates, pela Editora Quelônio (2019).

Juliana Marques - Professora de Língua Portuguesa e de Sala de Leitura na rede pública municipal de São Paulo, com mais de 13 anos de experiência. Especialista em mediação literária com juventudes, desenvolve projetos que articulam leitura literária, escrita criativa, fotografia e cineclube, promovendo uma educação pautada pelo afeto, pelo encantamento e pelo pensamento crítico. Participou da formação e curadoria de acervos literários para programas como Minha Biblioteca e Leia para uma criança (Itaú). Atuante também na produção de conteúdo sobre literatura infantil, juvenil e poesia, colabora com a organização de percursos literários e práticas de leitura que valorizam a fruição e o diálogo entre jovens leitores.

Entre Páginas, Pixels e Traços: a leitura em suas múltiplas linguagens - Com Rebeca Lins, Camila Cabete (Árvore Livros), Luísa Setton (Vaga-Lume) e Letícia Castro (Editora Veneta)
Mediação: Elisângela Alves
Horário: 15h30 - 16h30

Rebeca Lins - é consultora de implementação na Árvore, onde atua na expansão de plataformas digitais de leitura em redes públicas, com destaque para a implementação do BiblioSP Digital. Possui mais de oito anos de experiência em sustentabilidade, gestão de projetos e políticas públicas, tendo atuado em organizações privadas, do terceiro setor e academia, como Bayer, Instituto Escolhas e Fundação Getulio Vargas. Doutoranda em Ciências Sociais pela UFES, pesquisa processos decisórios e políticas públicas, com trajetória dedicada à integração entre tecnologia, educação e acesso democrático à leitura

Camila Cabete - uma pioneira no campo da inovação digital na indústria editorial, com formação em História. Sua trajetória começou como líder editorial em uma editora técnica, onde seu interesse pela inovação surgiu em 2009. Desde então, ela se dedicou a explorar novos modelos de negócio e formatos na indústria editorial. Notavelmente, ela desempenhou um papel fundamental na criação da primeira distribuidora de formatos editoriais digitais no Brasil. Com uma passagem marcante de 9 anos como Country Manager na empresa global Rakuten Kobo. Camila atualmente atua como Head de Conteúdo na inovadora Edtech Árvore desde 2021, reconhecida como a primeira Edtech brasileira a vencer na categoria People's Choice no GESAwards. Além disso, ela contribui ativamente para o Comitê de Inovação da CBL, abraçando uma visão positiva sobre os desenvolvimentos do mercado e acreditando no poder transformador da inovação. Adotando o home office desde 2012, ela defende novos modelos de trabalho e enxerga a inovação como uma aliada valiosa para o avanço do potencial humano.

Luísa Setton - nasceu em São Paulo, em 1988. É formada em Ciências Sociais (FFLCH-USP), especialista em Literatura para Crianças e Jovens (ISE-Vera Cruz) e Mestre em Literatura e Crítica Literária (PUC-SP). Atua em projetos de literatura e educação com produção de conteúdo, formação de professores, curadoria de acervo, mediação de leitura e também como gestora de projetos. Pesquisa o livro-imagem e a formação do leitor literário. Trabalhou durante 5 anos no projeto "Leia com uma Criança" (Itaú-Social) em parceria com a Associação Vaga Lume, para quem também presta consultoria de curadoria de acervo desde 2023.

Letícia Castro - é sócia-diretora da Editora Veneta, onde atua com especial atenção à curadoria de quadrinhos. Reconhecida por sua visão sensível e contemporânea, coordena projetos que valorizam a diversidade de narrativas e autores, unindo cultura, crítical e arte gráfica. Em 2022, criou o selo Oh!, voltado à literatura infantil e infantojuvenil, com a proposta de ampliar o repertório de HQs para crianças e jovens, buscando obras que escapem dos eixos tradicionais e revelem novas vozes. Mãe, leitora e pesquisadora atenta ao universo dos quadrinhos, Letícia tem contribuído para tornar o campo editorial brasileiro mais plural, criativo e comprometido com outras formas de ver e contar o mundo.

Sobre a Coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas (CSMB)

A Coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas (CSMB) é um núcleo filiado à Secretaria de Cultura e Economia Criativa da cidade de São Paulo, responsável direta pela administração de 84 equipamentos culturais ao redor da cidade, incluindo 51 bibliotecas de bairro - além da Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato e as bibliotecas Jayme Cortez, Paulo Setúbal, Paulo Duarte, Prefeito Prestes Maia e José Paulo Paes dentro dos Centros Culturais da Juventude e Penha, respectivamente - e 29 Serviços de Extensão estabelecidas em praças e parques por meio dos Pontos e Bosques de Leitura. Tendo origem desde a década de 30 como Divisão de Bibliotecas do Departamento de Cultura e reajustada como CSMB desde 2005, tem como objetivo integrar todas as bibliotecas públicas municipais e tornar mais eficiente o desenvolvimento de suas políticas, serviços e estrutura informacional. A fim de promover iniciativas que atendam às necessidades de prover amplo acesso à informação, cultura, leitura e produção de conhecimento, a Coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas promove em seus espaços cursos, oficinas e atrações artísticas mensais e gratuitas para todos os públicos - por meio de programas como “Biblioteca Viva”, “Feira de Trocas de Livros”, “Pegue, Leve e Leia”, “Bibliotecas Temáticas” - e o primeiro serviço de streaming gratuito de leitura - o BiblioSP, que conta com mais de 17 mil livros para leitura online e download.