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Os oceanos cobrem cerca de 71% de toda a superfície terrestre (equivalente à 360 milhões de km²) e têm um importante papel em nosso ecossistema. A comunidade científica internacional está prestes a concluir o registo da vida marinha após contabilizar aproximadamente 230.000 espécies, equivalente a 40% do total existente nos oceanos.

Porém, estão sendo destruídos aos poucos pela humanidade, principalmente por meio do descarte de lixo e de poluição desnecessária, um dos materiais que, se descartados de forma incorreta, mais impactam a vida marinha é o plástico e vidro. O vidro demora 4 mil anos para decomposição enquanto o plástico demora 450 anos; outra diferença, é que o vidro é 100% reciclável e o plástico, como é feito de derivados do petróleo, pode não se renovar.

Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), desde 1950, foram produzidos no mundo 8,3 bilhões de toneladas de plástico. Em 1950, a produção era de 2 toneladas, passando para 448 milhões de toneladas de plástico em 2015.

Diante disso, a vida marinha fica em jogo, muitas espécies ingerem esses resíduos e morrem principalmente por asfixia. O Projeto TAMAR (2011) explica que 6 a cada 7 espécies de tartarugas marinhas estão ameaçadas por serem mais propensas a ingerir os resíduos, devido aos seus hábitos alimentares.

Se o oceano é capaz de nos dar uma sensação de liberdade mais intensa do que muitas outras situações, por que não somos capazes de cuidar e zelar por ele com a mesma intensidade? Dia 8 de junho, Dia Mundial dos Oceanos, dia de preservar e lutar pela conscientização dessa necessidade.

Arte Visual: Limpa SP.