Subprefeitura M Boi Mirim
‘Juventude Viva’ começará por M´Boi Mirim e Campo Limpo
A Prefeitura de São Paulo aderiu no último dia 25 de outubro ao plano “Juventude Viva”, iniciativa em parceria com o governo federal que tem como objetivo reduzir a vulnerabilidade da juventude negra e de periferia e criar estratégias de prevenção à violência. O plano prevê um investimento de R$ 162 milhões, em cerca de 56 programas e ações de 13 secretarias municipais e 11 ministérios do governo federal. O conjunto de iniciativas foi apresentado no CEU Casablanca, situado no distrito do Jardim São Luís, em evento festivo comandado pelos rappers Negra Li e Max BO.
Para o prefeito, a violência contra jovens na periferia de São Paulo é alarmante. Segundo ele, o plano vai atuar em bairros em que ocorrem mais de 10 mortes violentas por 100 mil habitantes. Em alguns locais este índice chega a 25 mortes por 100 mil.
O programa é direcionado aos territórios com os mais altos índices de violência, tendo como foco a garantia de direitos. Na cidade de São Paulo, as ações serão articuladas pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) e a Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial (SMPIR), em parceria com as demais pastas.
As ações chegarão a dez distritos e oito subprefeituras da cidade. M´Boi Mirim, que engloba Jardim Ângela e Jardim São Luis, e Campo Limpo, que abrange Capão Redondo, receberão o programa ainda em 2013. Já em 2014 as áreas beneficiadas serão Brasilândia, Pirituba, Jardim Helena, Itaim Paulista, São Mateus e Itaquera.
Estamos começando a implantação do plano em São Paulo na zona sul, local com diversos elementos de vulnerabilidade, mas também com muita vitalidade de movimentos sociais de juventude, com altíssima expressão cultural”, explicou o secretário de Direitos Humanos. As regiões prioritárias foram definidas com base nos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Os números mostram que, em 2011, os territórios selecionados para receber o programa concentravam 45% do número total de homicídios de jovens na capital paulista (274 assassinatos somados nos dez distritos de um total de 624 na cidade).
“O extermínio da juventude não ocorre só por armas de fogo, acontece com o ensino das escolas públicas, com a carência de espaços culturais, com transporte precário e com a rede de garantias sociais”, defendeu Isaac Faria, morador do Jardim Ângela. Ele foi um dos jovens que contribuíram no processo participativo que construiu o plano.
Dentre as ações do programa na região, estão previstas a instalação de novos pontos de cultura, construção de um Centro Cultural de Referência, implantação de novos pontos de iluminação pública, atividades esportivas por 24 horas nos finais de semana, praças de conexão wi-fi livre, atendimento psicossocial às vítimas de violência, entre outras medidas. Haverá ainda a criação do Portal da Juventude, promovendo interface de diálogo com os jovens da Cidade, além de divulgação das ações e de propagação de conteúdo para a juventude.
Grupo de maracatu de M'Boi Mirim apresenta-se no CEU Casablanca.
Fotos: crédito João Luiz/Secom
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