Prefeitura de São Paulo

O subrefeito da Penha, Cássio Freire Loschiavo acompanhado pelo vereador Toninho Paiva e por Nilton Roberto Werneck, da Sabesp, reuniu no último sábado, 22 de agosto, na quadra da igreja Santo Onofre, no Jardim Piratininga, uma comissão de moradores daquele bairro e também do Jardim São Franscisco para falar sobre a construção do futuro Parque Várzeas do Tietê. A notícia da construção do parque às margens do Rio Tietê, na capital paulista, levou apreensão aos moradores dessas áreas, preocupados com os rumores de desapropriação. Enfático, o subprefeito fez questão de tranquilizar a todos. “As famílias que habitam essas regiões podem e devem ficar sossegadas, pois suas moradias não serão prejudicadas. Isto é, não será necessária a remoção de casas para a implantação do parque naquele trecho”, afirmou. 

 Vale destacar, que a maioria das casas daquela região, localiza-se num raio de mais de 200 metros do Rio Tietê. Inclusive, o subprefeito aproveitou para esclarecer a todos que, ao contrário dos  rumores falsos de desapropriação, a obra chega para beneficar a população, considerando as melhorias proporcionadas ao entorno. “Um dos objetivos é executar a rede de esgotos no Jardim São Francisco e Jardim Piratininga”, enfatizou.

Nilton Werneck, da Sabesp, esclareceu que como se trata de um projeto complexo e de alto investimento, de nada adianta uma obra visualmente bonita se não existir infra-estrutura básica, que é a canalização do córrego. “Temos de acabar com o córrego sujo”, disse. Ao final da reunião, o subprefeito fez questão de anunciar dois novos representantes oficiais do assunto na região que, partir de agora, terão a missão de levar à comunidade todas as informações e decisões a respeito do assunto. A representante da comunidade do Jardim Piratininga escolhida é Nilsa Andrade de Lino, enquanto o representante do subprefeito é Luiz Roberto Coimbra.

 Sobre o Parque

 O parque será implantado em três etapas e beneficiará diretamente 3 milhões de pessoas da Zona Leste da capital e indiretamente toda a população da Região Metropolitana de São Paulo. Na primeira etapa, o investimento será de R$ 377 milhões, sendo 30% do Estado de São Paulo e 70% financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). No total, o investimento previsto é de R$ 1,7 bilhão.

A primeira etapa será feita em 25 km de extensão às margens do rio Tietê da barragem da Penha até a divisa com o município de Itaquaquecetuba, contemplando os municípios de São Paulo e Guarulhos. A conclusão dessa etapa está prevista para 2012. De acordo com o governador de São Paulo, José Serra, o projeto não visa salvar o Tietê, porque ele está salvo. A intenção é reanimá-lo, devido à na questão do despejo de esgoto no rio, especialmente a cidade de Guarulhos.

Recuperar as várzeas é de fundamental importância para a preservação do meio ambiente. A obra reúne quase todas as secretarias do governo, como Habitação, Saneamento e Energia e Meio Ambiente.

Nas várzeas do Alto do Tietê serão formadas grandes piscinas naturais, que amortecerão as cheias e serão fundamentais para complementar o efeito das obras de aprofundamento da calha do Tietê (41 km) desde a barragem da Penha até a usina Edgard de Souza.