Subprefeitura Penha
O resgate do Carnaval de Rua da Vila Esperança
A Penha é um dos Distritos mais antigos da capital. Localizado na Zona Leste, é um bairro de identidade multiétnica e multicultural por essência. Descendentes de Africanos, espanhóis, portugueses e, recentemente, bolivianos fazem parte da construção e história da região.
Por volta de 1922, nas ruas da Vila Esperança, acontecia a tradicional festa denominada “Batalha de Confetes”, na qual, os homens se vestiam de mulher para brincar o carnaval, divertindo os foliões.
A Vila Esperança sempre teve um Carnaval diferenciado, com blocos de rua, batalha de confetes, desfiles de carros alegóricos dos clubes locais, que contaram com a presença de personalidades como: Adoniran Barbosa, que se encantou com o Carnaval da Vila e até compôs uma marchinha em que cita a folia nesta região. A marchinha “Vila Esperança” é um clássico e foi imortalizada na versão do grupo Demônios da Garoa.
O antigo Largo da Igreja, hoje totalmente modificado, conhecido como “Praça Onze”, era o centro da folia do Carnaval paulistano, arrastando multidões. As batalhas de confetes tomavam conta da Rua Otília, no Clube Guarany.
O Clube “Vasquinho” foi substituído por um edifício, bem perto de onde surgiu a escola, no Largo do Peixe, conhecida hoje como a quadra da Nenê. Também famoso por seu Carnaval, o extinto “Cinco de Julho” acabou se tornando a Nenê de Vila Matilde, hoje nome da Escola de Samba.
Com o passar dos anos e a crescente competição entre as Escolas de Samba, esses carnavais de rua foram perdendo espaço e ficando apenas na memória de quem os viveu, eternizado nas canções e marchinhas que embalavam os foliões.
Neste ano, buscando resgatar o envolvimento familiar e a participação da população nos Carnavais de Rua, a Subprefeitura Penha está organizando com o Centro Cultural da Penha, Blocos de Carnaval, Escolas de Samba e com o apoio das mídias locais (Penha e Cangaíba), o resgate do Carnaval da família, por meio da tradicional “Batalha de Confetes da Vila Esperança”, que acontecerá no dia 8 de fevereiro, a partir das 15h, na rua Atuaí, ao lado do Metrô Vila Matilde.
Estarão presentes Blocos de diversos bairros e heterogêneos, mostrando a força que tem uma tradição popular. São eles: Bloco Chorões da Tia Gê e Grupo Teatral Espalhafatos, Turma do Tio Gal, Bloco da Favela Chik, Bateria Salmo 150 (Vila Esperança); Centro Cultural da Penha, Grupo Heleno Teatro Ilusion; Bloco N. Sra. do Rosário dos Homens Pretos e Bloco Carnavalesco Estação Brahma SP (Penha); ABC Boca do Povo (Cangaíba); Escola de Samba Filhos do Zaire (Ermelino Matarazzo); Escola de Samba Nova Luz e o Coletivo Kofilabá, com a divulgação da Gazeta Penhense, Revista City Penha e Portal do Cangaíba.
Às 14h, os foliões se encontrarão nos pontos de concentração como: Centro Cultural da Penha (Largo do Rosário, 20); Bar Estação Brahma SP (Rua Cairo, 8 – Metrô Penha); esquina da Rua Mirandinha com Orêncio Vidigal, seguindo o percurso pelas Ruas: Largo do Rosário, Major Ângelo Zanchi, Irapucará, Aquilino Vidal, Cairo, Orêncio Vidigal até encontrar os foliões na Rua Atuaí, na Vila Esperança.
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