Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência
Centro TEA completa seis meses transformando a vida de pessoas com espectro autista

Ao completar seis meses de atividades nesta quinta-feira (2), o Centro TEA Marina Magro Beringhs Martinez, o primeiro da América Latina, se consolida em São Paulo como um ambiente capaz de transformar a vida das pessoas com espectro autista de todas as idades. São histórias como as de Amanda Machado, 36 anos, e Luiz Guilherme, 13 anos, que participam de oficinas em diversas áreas e ainda usufruem de espaços como horta, jardim sensorial, playground acessível e uma casa mobiliada, além de piscina aquecida e quadra de esportes, ambas cobertas. Inaugurado em abril pela Prefeitura de São Paulo, o equipamento já alcançou 70 mil atendimentos, superando em 10 mil o número previsto inicialmente.
O local promove ainda acolhimento às famílias, com rodas de conversas, orientações sobre direitos, plantão de dúvidas e atividades físicas, entre elas ioga e pilates. Formada por 113 profissionais de diferentes áreas, a equipe multidisciplinar da unidade garante acompanhamento psicológico e serviços especializados em fonoaudiologia e terapia ocupacional para os atendidos. O Centro TEA, da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, realiza oficinas diversas, que incluem musicalização, capoeira, expressão corporal, culinária, jardinagem, empreendedorismo, tecnologia e informática, que também incentivam a autonomia e interação social.
Amanda Machado, de 36 anos, é um exemplo de como o serviço impacta positivamente a rotina das pessoas. A jovem participa de oficinas de artes visuais, coordenação motora e recebe atendimento psicológico. “As atividades desenvolvem bastante a questão social, com a qual eu sempre tive dificuldade de comunicação. Mesmo com o cansaço sensorial, eu consigo me relacionar melhor com as pessoas, tanto com a família, quanto com os amigos”, conta a jovem, que conheceu o Centro TEA em uma reportagem da TV no dia da inauguração.
Para ela, os encontros representam uma mudança significativa em sua rotina. “Você consegue administrar aquilo que aprende nas oficinas com as atividades do dia a dia, e a gente adquire habilidades que acreditava não ter, ou que até tinha, mas não eram desenvolvidas”, afirma.
Marcelo Bruzadelli, pai de Luiz Guilherme também destaca as mudanças vividas por seu filho depois que começou a frequentar o Centro TEA. “Aqui, as pessoas com autismo têm a oportunidade de desenvolver novas habilidades, vencer obstáculos e socializar. Elas podem lidar com a horta, plantar, colher frutos, alecrim, orégano, desenhar. Para uma pessoa sem autismo, isso pode parecer algo comum, mas para alguém com TEA, vencer essas barreiras é uma grande vitória”.
A participação ativa das famílias mostrou-se um elemento fundamental para o progresso e a eficácia dos atendimentos. Isso porque o Centro TEA oferece acolhimento não apenas das pessoas com TEA, mas também ao seu círculo familiar.
Para Cinthia Maria, mãe de Manuela Trindade, 13 anos, o equipamento promove atenção e apoio aos familiares “A gente participa de rodas de conversas, ioga e pilates. “Eu achei isso incrível. Quando eu vim, não imaginava que a gente teria esse espaço e essas ações. Além disso, estamos em um lugar em que podemos falar o que sentimos, somos plenamente compreendidos. Nós encontramos um fortalecimento, um direcionamento, e isso realmente foi uma grata surpresa.”
Com um investimento total de R$ 119 milhões, o Centro conta com uma área de 5.800 m² e oferece toda a infraestrutura necessária para o conforto, a segurança e o estímulo ao desenvolvimento dos usuários e apoio ao círculo familiar.
O Programa de Metas da Prefeitura 2025-2028 da atual gestão prevê a construção de três novos centros nas zonas Sul, Leste e Oeste, o que vai garantir que mais pessoas tenham acesso ao Centro TEA.
Ações inclusivas
Durante os primeiros seis meses de atividades, o Centro TEA promoveu diversos eventos com foco nas famílias de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). como o encontro de mães atípicas advogadas, realizado em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além do encerramento do Circuito de Diálogos sobre Paternidade Atípica, que marcou o encerramento das celebrações no mês do dia dos pais.
Motoristas e cobradores de ônibus que trabalham na linha de ônibus Metrô Tietê – Centro TEA também participaram de uma formação voltada à convivência com pessoas com TEA, proporcionando um transporte mais acessível.
Centro TEA Marina Magro Beringhs Martinez
O Centro TEA atua com base em seis eixos principais: Cultura, Esporte, Trabalho e Empreendedorismo, Cursos de Formação, Bem-estar e Autonomia Social, com o objetivo de promover o desenvolvimento, a inclusão social e a autonomia de crianças a partir de 6 anos de idade, jovens, adultos e idosos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e suas famílias. O espaço leva o nome da procuradora municipal Marina Magro Beringhs Martinez, mãe atípica, falecida em novembro de 2024, e está localizado na Av. Santos Dumont, n° 1.318, na zona norte da cidade.
Para saber mais, acesse:
https://prefeitura.sp.gov.br/web/pessoa_com_deficiencia/centrotea
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