Prefeitura de São Paulo

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo oferece apoio gratuito para quem deseja parar de fumar, por meio do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT). As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) realizam acolhimento aos fumantes, promovendo inicialmente a reflexão sobre a possibilidade de abandonar o cigarro. Em 312 unidades da rede, são realizadas atividades específicas de combate ao tabagismo. E neste 31 de maio, Dia Mundial sem Tabaco, o objetivo é conscientizar a população sobre os riscos do tabagismo. 

O tratamento oferecido pelo PNCT abrange todas as formas de consumo de tabaco, incluindo cigarros, charutos, cachimbos e o narguilé (cachimbo de água). Também são considerados os produtos de uso oral, como os mastigáveis ou mantidos na boca. Além disso, dispositivos eletrônicos para vaporização de nicotina, como os cigarros eletrônicos (vapes), têm ganhado popularidade entre adolescentes, devido ao alto teor de nicotina, sabores agradáveis e design discreto.

As UBSs oferecem orientações para lidar com a abstinência, a dependência psicológica e os gatilhos associados ao vício, utilizando técnicas como relaxamento, autocontrole e prevenção de recaídas. O tratamento pode incluir também Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics) e medicamentos, quando necessário. O programa prevê três meses de acompanhamento e um ano de acompanhamento, com reuniões em grupo e suporte baseado na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que ajuda o paciente a compreender como o tabagismo afeta a saúde. Também são discutidos os riscos do tabaco, os benefícios e a melhor estratégia para parar de fumar.

Riscos à saúde
O tabagismo está associado a diversas doenças, com risco de desenvolvimento de câncer de pulmão, infarto, bronquite crônica e enfisema pulmonar, além de derrame cerebral, em comparação a não fumantes.

Além disso, o vício contribui para o desenvolvimento de tuberculose, infecções respiratórias, úlceras gastrointestinais, impotência sexual, infertilidade, osteoporose, catarata, entre outras doenças. Embora muitas dessas condições estejam ligadas à fumaça do tabaco, produtos sem combustão, como o rapé, também estão associados a cânceres de cabeça, pescoço, esôfago, pâncreas, além de diversas doenças bucais.

Cigarros eletrônicos
Os cigarros eletrônicos representam riscos semelhantes — ou até superiores — aos cigarros tradicionais. Apesar de populares, não há comprovação de que sejam eficazes para parar de fumar. Ambos os tipos de produto causam prejuízos à saúde, e os efeitos adversos estão sendo cada vez mais documentados.

“Enquanto o cigarro convencional revela seus malefícios de forma mais clara, o eletrônico muitas vezes se disfarça como algo recreativo, prazeroso e inofensivo”, alerta a coordenadora de controle ao tabagismo da Divisão de Saúde Mental da Coordenadoria de Atenção Básica da SMS, Liamar Ferreira.

Quem deseja aproveitar a data do Dia Mundial sem Tabaco para iniciar uma nova vida livre do cigarro, pode procurar a UBS mais próxima e ser encaminhado para uma unidade de referência do Programa de Tratamento do Tabagismo. A localização de todas as unidades da capital está disponível na plataforma Busca Saúde.

Foto: grupo de tabagismo na UBS Vila Aurora (Acervo/SMS)