Secretaria Municipal de Habitação

Depoimentos

Constantino Amaro de Campos

Constantino Amaro de Campos, 63 anos, é o famoso “Seu Costa”, apelido que, segundo o próprio, ganhou há uns 40 anos atrás. Personagem conhecidíssimo no Jardim Colombo, ele é o responsável pelo forró mais animado da região. “De quinze em quinze dias eu organizo tudo por aqui. Muita música, muita dança, muita diversão e nenhuma confusão. São mais de duas mil pessoas, dá gosto de ver. Agora, se dependesse do povo, tinha forró quase todo o dia, mas eu não agüento. E é preciso ter respeito com a vizinhança. A festa começa as onze da noite e vai até as cinco da madrugada. Eles pedem para continuar, querem ver o sol raiar, mas tem gente querendo dormir. Então é assim, do meu jeito. Começa e termina a hora que eu quero e de quinze em quinze dias”.

Seu Costa chegou no Colombo em 1991 e viu toda a transformação do local. “Para não dizer que não tinha nada, vou falar que tinha luz, água, porém não muita e as ruas eram asfaltadas. Mas posso parar por aí. Não tinha rede de esgoto e todos os barracos eram de madeira. Com muito esforço consegui melhorar a minha moradia. Eu tinha o bar em baixo e a casa em cima, trabalhava duro e investia no negócio. Fui crescendo e consegui um bom padrão de vida”. Quando começaram as obras de urbanização, seu Costa ficou sabendo que o projeto que tinha imaginado e realizado para o sobrado não poderia ficar do jeito que estava. “No início foi um choque para mim, tinha posto um bom dinheiro e fiquei preocupado. Mas depois de muita conversa com a Maria Teresa (Maria Teresa Diniz, coordenadora do Projeto Paraisópolis) e a Bete França (Elisabete França, superintendente de Habitação Popular), tudo se resolveu”.

E se resolveu mesmo. Hoje seu Costa continua com o bar e a casa, praticamente no mesmo lugar onde sempre morou, com toda a infraestrutura necessária e ainda ganhou bastante espaço na frente do imóvel, onde pôs uma mesa de sinuca, freqüentada assiduamente pelos amigos e clientes. “O importante aqui no Colombo é o respeito que cada um tem com o outro. É respeitar para ser respeitado. O resto a gente vai conseguindo com bastante trabalho”.