Hospital do Servidor Público Municipal
06 de julho é o Dia Mundial das Zoonoses

Por Alessandra Ueno
O Dia Mundial das Zoonoses é comemorado no dia 06 de julho por conta de um acontecimento lá do século XIX. Em 1885, uma criança de nove anos foi mordida por um cão contaminado com o vírus da raiva e, então, Louis Pasteur — hoje conhecido como um dos cientistas mais importantes da história —, conseguiu salvá-lo ao administrar a primeira vacina antirrábica.
As zoonoses são doenças transmitidas de forma acidental de animais para humanos, seja de forma direta ou indireta. Alguns dos exemplos mais conhecidos são: raiva, dengue, zika, febre amarela, leptospirose, toxoplasmose, leishmaniose, entre muitas outras.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde Animal e da Organização Mundial da Saúde, mais de 60% das doenças infecciosas humanas são zoonoses. Além disso, das cinco novas doenças humanas que aparecem todos os anos, três delas são de origem animal. No caso da dengue, o Brasil registrou mais de 700 milhões de casos em 2024 e, no mundo, pelo menos metade da população vive em área de risco de contrair a doença.
Para curiosidade, o Ebola e o HIV derivaram de zoonoses, mas a forma atual deles só infecta humanos, isso por conta do surgimento de variações também chamadas de cepas.
Quando se fala em prevenção de zoonoses, é muito mais do que apenas ficar longe de animais silvestres. Existe uma variação nas ações, dependendo se é uma doença causada por vírus, bactéria, mas várias práticas são eficientes na redução do risco, como: acesso ao saneamento básico, controle de qualidade dos alimentos, lavar as mãos com água e sabão antes de comer, higienizar e cozer bem os alimentos, vacinar os animais domésticos, evitar contato com esgoto e águas contaminadas, não deixar água parada, não acumular entulhos e folhas próximos à casa, preservar o meio ambiente para evitar contato com animais silvestres e, por último e mais importante, manter a carteira de vacinação em dia! Vacinando-se você se previne e zela pelas pessoas próximas mais suscetíveis a quadros agravados de dengue.
Colaboração: Dr. Marcos Antonio Cyrillo, Coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do HSPM
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