Hospital do Servidor Público Municipal
Cuidado com estomias foi tema de aulas para a equipe de Enfermagem
Texto: Alessandra Ueno
É muito comum ouvir sobre a bolsa de colostomia, mas seu uso é para apenas um tipo de condição que faz parte um grupo geral chamado “estomias de eliminação”. Essas são passagens criadas cirurgicamente no abdômen que permitem a saída de fezes ou urina quando o fluxo pelo percurso normal é impedido. Existe a colostomia, a ileostomia e a urostomia.
As estomias não são doenças, são condições ocasionadas por outras doenças ou por complicações clínicas. Falar sobre isso é importante já que, conforme o Ministério da Saúde, mais de 400 mil brasileiros são estomizados. Por isso, a Comissão de Curativos do HSPM organizou, com apoio de empresas parceiras especializadas no assunto, um treinamento sobre os cuidados nestas condições.
“A ideia de realizar a capacitação dos enfermeiros surgiu da necessidade de aprimorar a assistência humanizada e segura aos pacientes com estomias“, explica Iolanda Lopes, enfermeira do HSPM e participante da Comissão.
A capacitação profissional não é só uma questão de treinamento técnico, mas também é importante para envolver os profissionais na avaliação das necessidades específicas dos pacientes.
Um ponto importante é a democratização dos equipamentos coletores (bolsas e acessórios). A Portaria Federal 400/2009 garante a gratuidade e o acesso a elas, mas os profissionais precisam divulgar essa informação, tirar dúvidas dos pacientes e auxiliá-los após a alta para frequentarem serviços especializados e disponíveis gratuitamente.
Luara Freitas, enfermeira estomaterapeuta da Convatec — empresa parceira e fornecedora de equipamentos coletores ao Sistema Único de Saúde (SUS),destaca o papel desses profissionais: “A função do enfermeiro é guiar, ensinar, escolher o material adequado. Se você se formou enfermeiro, você é um professor para a vida toda“.
A falta de divulgação é um grande problema no caso das estomias, muitos pacientes podem não saber como higienizar, trocar a bolsa e nem que têm direito a ela gratuitamente em polos específicos espalhados por todas as regiões de São Paulo.
O treinamento contou com a participação de 85 enfermeiros e buscou abranger todos: plantonistas diurnos, noturnos, das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), Centro Cirúrgico, Pronto-Socorro, Unidades de Internação.
Lembrando: O cuidado não termina no hospital, continua na casa do paciente e por isso que é tão importante informá-lo bem!
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